Notícia
Europa em novos recordes. Juros da dívida portuguesa agravam-se
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Stoxx 600 marca recordes com otimismo em torno dos resultados das cotadas
O índice bolsista de referência na Europa fechou em alta, atingindo um novo recorde, com o otimismo em torno dos lucros robustos das cotadas a ofuscar os receios acerca do aumento da inflação.
O Stoxx 600 fechou a somar 0,28%, para 488,09 pontos, o que constituiu um recorde de fecho. Durante a sessão estabeleceu mesmo um novo máximo histórico, nos 488,12 pontos.
O retalho e as "utilities" (água, luz e gás) tiveram o melhor desempenho, ao passo que o setor mineiro recuou com a descida dos preços dos metais – isto numa altura em que a produção de aço na China diminuiu.
O BNP Paribas disparou depois de anunciar que está a ponderar vender o seu braço norte-americano, Bank of the West.
Já a Royal Dutch Shell avançou, animada pelo facto de ter informado que pretende simplificar a sua estrutura.
A postura acomodatícia dos bancos centrais e a época forte de resultados ajudaram as bolsas do Velho Continente a atingirem novos picos, contribuindo para aliviar os receios em torno do aumento da inflação e da probabilidade de o aumento de casos de covid poder prejudicar o crescimento económico.
Além disso, os estrategas do Morgan Stanley têm boas perspetivas para as praças europeias em 2002 e estimam melhores retornos na Europa do que nos EUA.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 valorizou 0,5%, o alemão Dax subiu 0,3%, o britânico FTSE ganhou 0,1%, o espanhol IBEX 35 pulou 0,2% e o italiano FTSEMIB avançou 0,5%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,4%.
"A beneficiar o mercado estão os dados tranquilizadores que chegaram da China durante a noite", destaca Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades, na sua análise diária.
A seu ver, "a resiliência atual dos mercados de ações pode ser vista como um forte sinal de confiança dos investidores em relação aos ativos mais arriscados". Por fim, o término das interrupções na cadeia de abastecimento, os fortes resultados corporativos e o ambiente ‘dovish’ proporcionado pelo BCE estão a sustentar a postura de negociação de risco a curto prazo".
Ouro recua mas mantém-se em máximos de cinco meses
O metal amarelo está a ceder ligeiramente, depois de um rally de sete sessões consecutivas, com o aumento dos juros da dívida soberana dos EUA a pressionar.
Ainda assim, as cotações do ouro mantêm-se em torno dos máximos de 15 de junho atingidos na semana passada quando o metal precioso viu reforçada a atratividade como cobertura contra a inflação.
O ouro a pronto (spot) segue a ceder 0,3% para 1.858,70 dólares por onça no mercado londrino.
No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do metal precioso recuam 0,3%, para 1.862 dólares por onça.
A subida da "yield" das obrigações soberanas dos Estados Unidos está a diminuir a atratividade do ouro, já que o metal precioso não remunera juros.
Dólar ganha terreno face ao euro
No mercado cambial, o dólar segue em alta, face às principais divisas. Após o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luís de Guindos, ter defendido que a inflação é transitória, o euro desacelerou. A moeda única segue assim a depreciar-se 0,262% para 1,142 dólares.
A reiterar o que o BCE tem dito sobre a escalada dos preços, o espanhol afirmou esta segunda-feira que a atual fase de inflação mais alta, que em parte reflete a subida dos preços da energia e os constrangimentos nas cadeias de abastecimento, pode não ser durar tanto quanto esperado.
Acrescentou que, para evitar a materialização de riscos que têm sido identificados pela autoridade monetária, é necessário incentivar o impulso da retoma e evitar cenários que possam comprometer a estabilidade de preços. O BCE pretende, por isso, continuar a contribuir para condições financeiras favoráveis no mercado.
Portugal vê yields subirem após a Fitch
O juro das obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos estão novamente a agravar em mercado secundário. A yield benchmark do país avança 1,5 pontos percentuais para 0,384% na primeira sessão após a avaliação da Fitch.
A agência de notação financeira afirmou, na sexta-feira passada, a classificação de Portugal como BBB, nível de investimento, com perspetiva estável, descartando riscos no curto prazo relacionados com o 'chumbo' do Orçamento do Estado, mas admitindo "incerteza" para lá de 2022.
Este agravamento acompanha a tendência europeia já que por toda a Zona Euro, os juros das dívidas estão a subir. Em Espanha, a subida é de 2 pontos para 0,476% e, em Itália, de 2,9 para 0,981%. O benchmark europeu - as Bunds alemãs a 10 anos - negoceiam esta segunda-feira com um juro menos negativo, nos 0,247%.
Isto apesar de a Bloomberg ter avançado que o Banco Central Europeu (BCE) estará a comprar cerca de 50% de dívida soberana dos Estados-membros da União Europeia (UE), através dos seus programas para o efeito, acima do limite estabelecido pela própria instituição.
Assim, o ritmo de compras atual supera o limite dos 33% que foi definido pela autoridade bancária em 2015, quando o programa de compra de dívida foi lançado (o APP, na sigla em inglês), na altura pelo ex-presidente Mario Draghi. A compra de dívida supranacional é de 60% e para o APP é de 50%, diz a agência.
Petróleo cede com perspetiva de maior oferta
Os preços do "ouro negro" seguem em terreno negativo, pressionados pela perspetiva de maior oferta e menor procura.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em dezembro recua 0,89% para 80,07 dólares por barril.
Já o contrato de dezembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,95% para 81,39 dólares.
As cotações estão a ser penalizadas pela expectativa de um aumento da oferta de crude, ao passo que os custos mais altos da energia e o aumento de casos de covid estão a pesar na procura.
"O preço do barril de crude tem estado em queda durante a sessão de segunda-feira, uma tendência que se estende também ao gás natural. Este padrão de perdas, que tem caracterizado a ultima semana, deve-se a expectativas no mercado num momento em que começa a surgir alguma quebra na procura, devido à recente subida dos preços, e também ao receio de que o aumento do numero de casos de covid acabe por reduzir a procura de energia no médio prazo", sublinha Ricardo Evangelista, diretor executivo da ActivTrades Europe SA, na sua análise diária.
"Por outro lado, o fortalecimento do dólar americano que se tem verificado, bem como a possibilidade de que os EUA virem a pôr no mercado parte das suas reservas estratégicas de petróleo, como parte de um esforço para reduzir a inflação, também estão a contribuir para a recente tendência de queda do preço do barril de crude", acrescenta.
Wall Street arranca semana "no verde" com investidores mais otimistas
Wall Street arranca a semana em leve alta, com os investidores mais otimistas em relação à recuperação económica e ao tema das disrupções nas cadeias de distribuição.
No arranque, o industrial Dow Jones está a valorizar 0,32% para 36.214,53 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq avança 0,27% para 15.903,04 pontos. O S&P 500 avança 0,23% para 4.693,81 pontos.
No S&P 500, as empresas do setor das "utilities", da tecnologia e ainda da indústria estão a liderar os ganhos. Digeridos os indicadores macroeconómicos da semana passada, nomeadamente a subida da inflação nos EUA, a continuidade da época de resultados das cotadas, com vários resultados acima das expectativas, está a suportar o otimismo dos investidores.
Além da "earnings season", as atenções estão ainda viradas para o encontro virtual entre Joe Biden, o Presidente dos EUA, e Xi Jinping, o Presidente chinês. O encontro entre os líderes de duas das maiores economias do mundo acontece num momento de tensão crescente entre Pequim e Washington.
Bolsas europeias em leve alta com resultados em foco
As bolsas europeias estão a negociar em leve alta na manhã desta segunda-feira, a caminho de máximos históricos, numa altura em que os investidores estão ainda a apalpar terreno neste início de semana. Os resultados das empresas e os dados económicos vão preenchendo a agenda para já.
O Stoxx 600, índice que agrupa as 600 maiores empresas da região, ganha 0,12% para os 487,31 pontos.
O espanhol BBVA é um dos que mais cai no "velho continente", depois de os rumores que dão conta que o banco se prepara para adquirir a totalidade da sua unidade na Turquia, apesar de toda a instabilidade que se vive em torno da lira.
Nas últimas semanas, a postura dos bancos centrais e os números apresentados pelas empresas têm sido capazes de manter uma postura ascendente nos mercados em todo o mundo, com a Europa incluída. Mas o novo avanço da covid-19, principalmente nos países com o nível de vacinação mais baixo, podem comprometer a tendência.
Ouro perde com dados da China; euro em leve alta
O ouro, ativo cuja cotação tende a beneficiar de alguma turbulência nos mercados, está hoje a perder tração devido aos dados económicos acima do esperado na China, relativos à produção industrial e às vendas a retalho.
O metal precioso está a encolher 0,18% para os 1.861,57 dólares por onça. Já o euro ganha 01,03% para os 1,1448 dólares.
Juros da Zona Euro perdem força com Lagarde no Parlamento
Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro estão a cair na manhã desta segunda-feira, dia em que a presidente do banco central Europeu (BCE) estará presente no Parlamento Europeu, na comissão de Economia, para abordar temas como o aumento e perspetivas da inflação.
Na Alemanha, que serve de referência para o bloco, os juros a dez anos estão a cair 2 pontos base para os -0,282%, ao passo que em Itália perdem 5,1 pontos base para os 0,902%. Em Portugal, a "yield" com a mesma maturidade encolhe 2,6 pontos base para os 0,343%.
Petróleo em queda com Biden pressionado para abrir torneira
Os preços do petróleo estão a cair na manhã desta segunda-feira, numa altura em que o presidente dos EUA, Joe Biden, está a ser pressionado pelos pares para abrir a torneira das reservas de petróleo que o país detém.
O objetivo desta pressão é abrandar, de forma imediata, a escalada de preços que se vai fazendo sentir no setor da energia no país que afeta os cidadãos, de acordo com a maioria democrata do Senado norte-americano.
O Brent, que serve de referência para Portugal, está a perder 0,47% para os 81,78 dólares por barril, enquanto que o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) perde 0,56% para os 80,34 dólares.
Futuros da Europa em leve queda com investidores a apalparem terreno
Os futuros das ações europeias estão a cair na manhã desta segunda-feira, numa altura em que os investidores estão ainda a apalpar terreno para perceber como estão a recuperar as maiores economias do mundo.
No "velho continente", os futuros do Stoxx 50 - que agrupa as 50 maiores empresas da região - perde 0,1%, depois de uma sessão mista no mercado asiático com ganhos no Japão (0,4%) e na Coreia do Sul (1%) e perdas na China (-0,2%).
Em Pequim, as vendas a retalho e a produção industrial superaram as expectativas no mês de outubro, contrastando com os dados abaixo da expectativa que foram divlgados na semana anterior.
O dia será marcado ainda pelo encontro virtual entre os presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, num momento que pode ser visto como o reatar do acordo comercial entre ambos ou de um agudizar de tensões.
As fortes variações da inflação um pouco por todo o mundo continuam a pesar no sentimento, uma vez que colocam em cheque a atuação dos bancos centrais. Dada a subida de preços, é expectável que os apoios monetários se reduzam.
No Twitter, o empresário Elon Musk, dono da Tesla, pôs a hipótese de vender mais ações da Tesla, numa resposta ao senador democrata Bernie Sanders.