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Bolsas europeias batem recorde, euro em máximos e juros em alta com manutenção de estímulos no horizonte
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Bolsas europeias atingem recorde à espera que estímulos continuem de pé
O índice de referência europeu Stoxx600 estabeleceu esta sexta-feira um novo máximo de sempre ao tocar nos 444,93 pontos, o valor de fecho de uma sessão que encerrou a valorizar 0,89%.
Os setores tecnológico (+2,20%) e das viagens (+2,18%) foram os que mais impulsionaram a negociação bolsista na Europa, numa sessão de ganhos para a generalidade dos setores do velho continente.
O índice PSI-20 não foi exceção e terminou o dia a apreciar 1,13% para 5.149,22 pontos numa sessão em que transacionou em máximos de 12 de janeiro.
Com uma subida de 1,34%, o índice germânico DAX liderou as subidas na Europa.
Estes ganhos foram sobretudo alimentados pelo facto de o mercado de trabalho dos Estados Unidos ter registado, em abril, uma evolução muito aquém das expectativas dos analistas.
Este comportamento aliviou a preocupação quanto a uma subida da inflação acompanhada de uma recuperação económica robusta, conjugação de fatores que contribuiria de forma decisiva para uma normalização das políticas monetárias em vigor e consequente redução dos estímulos económicos e descida dos juros diretores.
Deste modo, a perspetiva de que as políticas expansionistas adotadas em resposta à crise pandémica se irão manter por mais tempo do que até aqui se antecipava acabou por reforçar a confiança dos investidores, que assim intensificaram a aposta no mais incerto mercado acionista, ajudando às subidas registadas na Europa, mas também observadas em Wall Street.
Cobre atinge novo recorde acima dos 10.300 dólares
O cobre, que tem estado no centro do ‘rally’ das matérias-primas, alcançou esta sexta-feira um novo recorde, alimentado pelo otimismo em torno da recuperação global da pandemia da covid-19.
O metal, que é um termómetro económico, tem batido máximos sucessivos para superar agora os 10 mil dólares. As medidas de estímulo e a distribuição de vacinas estão a suportar as perspetivas de um ressurgimento da procura que deve limitar o fornecimento, ao mesmo tempo que o papel crucial do cobre na transição da energia verde deve sustentar os ganhos de longo prazo.
Ao mesmo tempo, a falta de investimento nas minas pode deixar o mercado com falta de fornecimentos necessários para dar resposta à procura.
Em Londres, o cobre tocou nos 10.378,50 dólares por tonelada, uma subida de mais de 30% desde o início do ano e mais do dobro face aos mínimos de março do ano passado.
Juros agravam-se no euro com retoma menos robusta nos EUA
O custo de financiamento das economias da Zona Euro está a agravar-se esta sexta-feira depois de os dados revelados nos Estados Unidos acerca do mercado de trabalho indiciarem que a recuperação da maior economia mundial segue com menor força do que se acreditava.
A evolução muito aquém das expectativas poderá travar a esperada normalização das políticas monetárias, caminho já anunciado pelos bancos centrais de Inglaterra e Canadá, das autoridades monetárias da generalidade das maiores economias mundiais.
Neste contexto, a taxa de juro associada à dívida portuguesa com maturidade a 10 anos soma 3,9 pontos base para 0,500%, a terceira subida seguida que coloca a "yield" lusa em máximos de 22 de junho de 2020.
As "yields" referentes às obrigações soberanas da Espanha e da Itália com o mesmo prazo crescem 3,1 e 4,5 pontos base para 0,484% e para 0,960%, estando também estas taxas de juro a subir pela terceira sessão consecutiva.
Mais moderado é o agravamento da taxa de juro correspondente às obrigações germânicas a 10 anos, que sobe 0,2 pontos base para -0,225%.
Otimismo em torno da procura anima petróleo
O petróleo está em alta esta sexta-feira, preparando-se para completar a segunda semana consecutiva de ganhos, impulsionado pelo otimismo em torno da recuperação da procura, depois de uma série de indicadores positivos, dos Estados Unidos à Europa.
Em Nova Iorque, o crude avança 0,23% para 64,87 dólares, elevando para 2% o ganho acumulado na semana. Já o Brent, transacionado em Londres, valoriza 0,35% para 68,31 dólares, o que traduz um avanço de 1,5% desde o início da semana.
Para o UBS, o ‘ouro negro’ tem margem para continuar a valorizar, em parte devido à disciplina da OPEP e seus aliados no que diz respeito à oferta. Ainda que o cartel esteja a aumentar ligeiramente a produção, os especialistas acreditam que o mercado vai absorver a oferta adicional.
"A forte recuperação da procura na segunda metade do ano, juntamente com a continuação da boa disciplina de produção por parte da OPEP+, deverá restringir consideravelmente a oferta e dará suporte aos preços do petróleo", disse Eugen Weinberg, responsável de research de commodities do Commerzbank, citado pela Bloomberg.
Euro em máximos com mercado laboral dos EUA a dececionar
A moeda única europeia valoriza 0,62% para 1,2140 dólares na segunda subida seguida contra a divisa norte-americana, o que deixa o euro a negociar nos mercados cambiais em máximos de 26 de fevereiro relativamente à moeda da maior economia mundial.
O euro acumula uma valorização de 0,99% ao longo desta semana.
Por seu turno, o dólar segue em queda pela segunda sessão e negoceia em mínimos de 26 de fevereiro, sendo que a divisa americana regista perdas de 1,03% na semana.
A causar esta quebra do dólar está a evolução do mercado laboral muito aquém daquilo que eram as previsões dos analistas.
Não só o número de novos postos de trabalho criado em abril foi de apenas cerca de um quarto do esperado, como também os salários avançaram a um ritmo abaixo do estimado.
Desilusão com relatório do emprego nos EUA deixa tecnológicas em alta
Os índices norte-americanos abriram com tendência positiva esta sexta-feira, com o mercado a reagir aos números dececionantes do relatório mensal do desemprego, que ficaram muito abaixo do esperado.
Os economistas apontavam para que em abril tivessem sido criados 1 milhão de novos empregos, mas o relatório divulgado às 13:30 mostra "apenas" 266 mil novos postos de trabalho.
A evolução representa um balde de água fria para quem está a apostar numa recuperação rápida da maior economia do mundo, pelo que as ações mais dependentes do ciclo económico estão a sofrer as consequências. Já as cotadas que têm sido mais castigadas com as perspetivas económicas animadoras, como tecnológicas, estão agora a beneficiar.
O Nasdaq soma 0,75% para 13.729,98 pontos e o Dow Jones valoriza 0,19% para 34.616 pontos. O S&P500 avança 0,35% para 4.216,38 pontos.
Entre as grandes tecnológicas, que subiram fortemente no ano passado, as ações da Microsoft, Apple, Amazon e Facebook ganham mais de 1%. Em sentido inverso, entre as cotadas mais dependentes da atividade económica, a Boeing, o Goldman Sachs e a Chevron pressionam os índices.
"É uma grande surpresa", que vai afetar a grande rotação a que estávamos a assistir, disse à Bloomberg Matt Maley, da Miller Tabak. O relatório do emprego tamb+em teve forte impacto no mercado cambial (o dólar caiu) e no mercado de dívida soberana (a "yield" das obrigações dos EUA a 10 anos caiu mais de 10 pontos base).
Cobre atinge novo recorde com aposta na retoma da economia
O cobre, que é considerado um dos melhores barómetros sobre o estado da economia, atingiu esta sexta-feira um novo máximo histórico, com uma subida de 1,5% para 10.246,5 dólares por tonelada.
O cobre está a ser a locomotiva que está a impulsionar a cotação das matérias-primas em geral, já que os investidores estão cada vez mais confiantes que a recuperação da economia global vai provocar uma forte subida na procura de "commodities".
Ainda hoje a China revelou que o comércio externo do país cresceu 26,6% em abril, com um forte crescimento das exportações e das importações naquela que é a segunda maior economia do mundo e a maior consumidora de muitas matérias-primas.
Outros metais, como o ferro e o aço, também estão a negociar em níveis recorde, levando o índice da Blooomberg para medir o desempenho das matérias-primas a atingir um máximo desde 2011.
Esta escalada dos metais não-ferrosos tem estado a ser sustentada pelas medidas de estímulo às economias, taxas de juro em torno de zero e sinais de que as economias estão a recuperar da pandemia de covid-19.
Também o maior impulso que está a ser dado às energias mais limpas está a fazer subir o consumo de cobre, que é usado em inúmeros segmentos, como os veículos elétricos e os sistemas de energia solar, o que faz com que as reservas do metal fiquem pressionadas.
Esta matéria-prima é conhecida por Dr. Cobre, por ser considerado o único metal com doutoramento em economia, já que é um indicador do crescimento económico.
Petróleo caminha para segunda semana de ganhos
O petróleo inverteu da tendência negativa de ontem e está a acompanhar o movimento de alta que beneficia quase todas as matérias-primas, com os investidores a apostarem que a retoma rápida da economia global abre espaço para mais ganhos nas "commodities".
O Brent em Londres valoriza 0,26% para 68,27 dólares e o WTI em Nova Iorque soma 0,19% para 64,83 dólares. No acumulado da semana o petróleo negociado em Londres valoriza mais de 2%, estando assim bem posicionado para marcar a segunda semana consecutiva de ganhos. Desde o início do ano o WTI soma 33,6% e o Brent em Londres ganha mais de 30%, apesar da subida de casos de covid-19 em várias regiões ter colocado um travão na escalada da matéria-prima.
"A situação na Índia continua a ser bastante penalizadora para os preços", refere Edward Moya, analista sénior de mercado da OANDA, acrescentando que o WTI poderá subir 10% a 15% assim que a situação na Índia melhorar.
Juros da periferia em queda, mas "yield" alemã em alta
Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro estão a assumir posturas díspares na manhã desta sexta-feira, com os países da chamada periferia a verem os juros cair, ao contrário do que acontece na Alemanha.
A "yield" do "bund" alemão está a subir 0,3 pontos base para os -0,224%, enquanto que os juros de Itália estão a perder 0,1 pontos base para os 0,914%, voltandoa encurtar o "spread", ou a diferença, entre ambos os valores.
Na Península Ibérica, os juros de Portugal e Espanha caem 0,1 pontos base para os 0,460% e 0,451%, respetivamente.
Europa sobe para máximos históricos com resultados a darem força
Os índices na Europa estão a registar uma subida conjunta na última sessão desta semana, com os resultados positivos e os indicadores económicos da China e dos Estados Unidos a darem um impulso extra.
O Stoxx 600 - que serve de referência para a região e agrupa as 600 maiores cotadas - está a valorizar 0,3% para os 442,47 pontos, tendo estado já a negociar em máximos históricos.
O alemão Dax, com sede em Frnkfurt, está a valorizar mais de 1%, à boleia da Adidas, que dispara 8%, depois dos resultados terem superado as expectativas dos investidores. A empresa mostrou uma subida nas receitas, bem como uma revisão em alta do lucro esperado.
O principal índice da região está a ganhar nesta última sessão da semana, marcada por muita volatilidade, que começou precisamente, com os investidores a afastarem-se do risco devido ao aumento de casos de covid-19 em algumas regiões.
Os investidores aguardam ainda pelos dados referentes ao emprego nos Estados Unidos, que serão divulgados nesta sexta-feira, depois de os dados da balança comercial da China terem superado a previsão tanto em termos de exportações, como de importações.
Dólar na linha de água a aguardar 1 milhão de empregos
O mercado cambial segue pouco alterado, com os investidores a aguardarem pelo importante relatório mensal do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que será revelado às 13:30 (hora de Lisboa).
O dólar cede 0,02% para 1,2063 dólares. Uma leitura abaixo do consenso de 1 milhão de novos empregos pode ser devastadora para as perspetivas de curto prazo do dólar, ao passo que um aumento de 1,5 milhões a 2 milhões pode surpreender alguns, acrescenta o Westpac, citado pela Dow Jones.
Futuros em alta com indicadores económicos na mira
Os futuros das ações europeias estão a negociar em alta na pré-abertura de sessão desta sexta-feira, apontando para um início de dia com ganhos em toda a região, numa altura em que os investidores esfregam as mãos com uma série de indicadores económicos positivos.
Para já, os futuros do Stoxx 50 - índice que agrupa as 50 maiores cotadas da região - avançam 0,7% e os futuros do norte-americano S&P 500 ganham 0,3%. Durante a madrugada em Lisboa, a sessão asiática pintou-se de ganhos desde a China (0,1%) até à Coreia do Sul (0,7%).
Os investidores estão a aguardar pelos dados do emprego nos EUA, que serão divulgados nesta sexta-feira. Os dados comerciais mais recentes da China mostraram que as exportações aumentaram bem acima das expectativas e as importações tiveram o crescimento mais rápido desde 2011.
Os investidores estão a focar-se no crescimento nas maiores economias do mundo, afastando as preocupações por enquanto de que uma recuperação mais rápida do que o esperado poderá levar a os bancos centrais a retirar os estímulos monetários.
China’s latest trade data showed exports rose well ahead of expectations and imports saw the fastest growth since 2011. Traders shrugged off news overnight that the Biden administration is likely to preserve limits on U.S. investments in certain Chinese companies.
U.S. economic reports helped sentiment, as applications for state unemployment insurance fell to a fresh pandemic low, and separate data showed a rebound in productivity. Traders now turn to Friday’s payrolls numbers, which expected to show a million jobs added in April. Treasuries held steady.
Investors are focusing on strengthening growth in the world’s largest economies, shaking off concerns for now that a faster-than-expected rebound could spur excessive inflation. The Federal Reserve remains committed to near-zero interest rates to bring about a full recovery, though an announcement of a
pullback in its heavy monthly bond purchases seems increasingly likely in the second half of this year.
"Most of the developed markets are going to treat the spike
in inflation as transitory unless they start to see significant
pass-through of commodity prices and wage inflation," Binay
Chandgothia, portfolio manager at Principal Global Investors,
said on Bloomberg TV.
Increased attention to stretched valuations could spur more
talk of the Fed adjusting policy. The central bank’s semi-annual
financial stability report noted rising appetite for risk across
a variety of asset markets could exacerbate vulnerabilities in
the U.S. financial system.
Elsewhere, spot iron ore broke $200 a ton for the first
time, and oil climbed above $65 a barrel.
For more markets updates see the MLIV
These are some of the main moves in markets:
Stocks