Notícia
Europa cede no último dia de maio mas fixa quarto ganho mensal consecutivo
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas públicas aliviaram na generalidade do espaço da moeda única.
A taxa de juro associada às obrigações de Portugal com prazo a 10 anos deslizou 0,8 pontos base para 0,455%, descida acompanhada pelas "yields" correspondentes aos títulos soberanos da Espanha e da Itália, que caíram respetivamente 0,1 e 0,4 pontos base para 0,471% e para 0,908%.
Foi a segunda queda consecutiva para o custo de financiamento destas três economias, com as obrigações destes periféricos a beneficiarem da procura dos investidores por ativos mais seguros.
Como tal, também a taxa de juro referente às obrigações soberanas alemãs, a dívida de referência para o bloco do euro, caiu, no prazo a 10 anos, 0,5 pontos base para -0,189%.
Europa recua pela primeira vez em nove dias mas soma quarto mês de ganhos
As bolsas europeias recuaram na derradeira sessão de maio, com exceção da praça grega, tendo o Stoxx 600 aliviado dos máximos históricos de sexta-feira e registado a primeira queda nas últimas nove sessões.
O dia foi marcado pelos feriados nos EUA e Reino Unido, com o volume negociado a ser bem inferior ao habitual.
Ainda assim, o Stoxx 600 soma o quarto mês consecutivo com saldo positivo e acumula uma subida de 12% desde o início do ano, impulsionado pelas garantias do BCE de que não irá abrandar os estímulos devido às pressões inflacionistas temporárias, sendo que a inflação na Alemanha atingiu em maio a maior subida desde outubro de 2018. Os preços também aceleraram em Espanha e Itália, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira.
A maioria dos setores fechou no vermelho hoje, com destaque para as "utilities".
Ouro a caminho de maior subida mensal dos últimos 10 meses
Os preços do metal amarelo estão a negociar em alta, mantendo o seu estatuto de valor-refúgio numa altura em que existem receios de aumento da inflação.
O ouro a pronto (spot) segue a somar 0,09% para 1.904,30 dólares por onça no mercado londrino.
No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro valorizam 0,18%, para 1.905,90 dólares por onça.
Os receios em torno da inflação a nível mundial e de uma desaceleração do crescimento têm impulsionado os preços do metal precioso, que subiram 8% este mês e regressaram ao patamar dos 1.900 dólares por onça.
O ouro está a caminho da maior subida mensal dos últimos 10 meses (desde julho do ano passado), animado assim pelos riscos associados à inflação e também pela depreciação do dólar (que marca o seu segundo mês consecutivo de descida) – o que torna mais atrativos os ativos denominados na nota verde, como é o caso do metal amarelo, para quem negoceia com outras moedas.
Petróleo sobe com melhoria das perspetivas para a procura
O "ouro negro" segue em terreno positivo, impulsionado pelas boas perspetivas quanto ao nível da procura no próximo trimestre.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em julho segue a ganhar 1,15% para 67,08 dólares por barril.
Já o contrato de julho do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma também 1,15% para 69,51 dólares.
Os preços estão a ser sustentados pelo panorama otimista para o crescimento da procura por combustível no terceiro trimestre, numa altura em que os investidores estão já a focar as atenções na reunião de amanhã Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+).
Os membros da OPEP+ reúnem-se para debater as quotas de produção e o mercado espera que os aumentos de oferta já delineados para junho e julho se mantenham, podendo o grupo definir já o volume de produção a partir de agosto – que deverá continuar a aumentar de forma gradual.
Mesmo com o eventual aumento das exportações do Irão, no caso de levantamento das sanções de que é alvo devido ao seu programa nuclear, o mercado conseguirá absorver esse crude adicional, considera a OPEP.
Dólar cede e encaminha-se para segundo mês de queda
O euro avançava 0,11% face à nota verde, cotando nos 1,2205 dólares, com a divisa norte-americana a permanecer sob pressão.
A cotação do dólar face a um cabaz das principais divisas prepara-se para registar o segundo mês consecutivo com saldo negativo.
A moeda norte-americana recuou para mínimos de três anos face à divisa chinesa, com os dados económicos do gigante asiático a permanecerem robustos.
O euro também ganha terreno face à moeda britânica, avançando 0,21%, para as 0,8611 libras esterlinas.
Bolsas recuam de recordes
As bolsas europeias estão divididas entre ganhos e perdas esta segunda-feira, com os investidores à procura de catalisadores que dêem uma direção ao mercado, depois dos recordes sucessivos alcançados na semana passada.
Neste arranque de semana o volume de negociação também é mais baixo do que o habitual já que a bolsa de Londres e as praças dos Estados Unidos estão encerradas devido à comemoração de feriados.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, está a descer 0,02% para 448,89 pontos, depois de sete sessões consecutivas de ganhos, que o levaram a bater sucessivos máximos históricos.
Por cá, o PSI-20 recua 0,47% para 5.217,46 pontos, penalizado sobretudo pela Navigator, que perde 5,29% para 2,862 euros, depois de ter revelado na sexta-feira que os seus lucros desceram para os 23,5 milhões de euros. Entre janeiro e março, período que ficou marcado pelo confinamento, a Navigator registou uma redução de 16% nas vendas para quase 341 milhões de euros.
Petróleo sobe mais de 1%
O petróleo está a subir mais de 1% nos mercados internacionais, com os investidores focados no encontro da OPEP+ agendado para amanhã, onde o cartel e seus aliados irão decidir se mantêm a decisão de aumentar a produção em julho.
Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 1,31% para 67,20 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, valoriza 1,30% para 69,63 dólares.
Juros a subir no velho continente
Os juros da dívida soberana na Europa estão a subir no arranque da semana. As yields das bunds alemãs a 10 anos, vistas como a referência para o mercado europeu, sobem 2,4 pontos base, para -0,160%.
Já os juros da dívida portuguesa na mesma maturidade também estão a subir neste início da semana, ao avançarem 2,1 pontos base, para 0,484%, enquanto em Espanha o agravamento é de 2,2 pontos base esta segunda-feira, para os 0,491%.
Esta semana, os investidores vão estar de olhos postos nos dados sobre a inflação, tanto na Zona Euro como no mercado norte-americano. A semana passada foi marcada pelo alívio dos juros depois de uma escalada recente, após os comentários de Christine Lagarde, a líder do Banco Central Europeu (BCE). Lagarde anunciou na semana passada que o BCE não vai alterar as políticas seguidas até aqui.
Euro em ligeira vantagem face ao dólar
O euro, a moeda única da União Europeia, começa a semana com um avanço ligeiro face ao dólar norte-americano. A divisa europeia valoriza 0,03% para os 1,2196 dólares.
Ainda na Europa, a libra esterlina, uma divisa de destaque para o velho continente, recua 0,08% perante o dólar, para os 1,4177 dólares.
Do outro lado do Atlântico, o dólar aprecia 0,04%. Tanto nos EUA como em Inglaterra os principais mercados vão estar encerrados esta segunda-feira, devido a feriados nacionais.
Ouro a caminho da maior subida mensal desde julho
O ouro começa a semana a valorizar 0,03%, com a onça a negociar nos 1.904,39 dólares.
Este metal precioso está a caminhar para a maior subida mensal registada desde julho, amparada pelos receios da inflação. O ouro, habitualmente visto como um ativo-refúgio, tem tendência a ser mais procurado em tempos de incerteza.
Os receios da inflação surgem na expectativa de novos dados sobre o emprego nos Estados unidos, que poderão dar algumas pistas sobre a recuperação económica do país, que é a principal economia mundial.
"Tem sido um grande mês para o preço do ouro devido a uma série de razões - um dólar norte-americano mais fraco, 'bond yields' ligeiramente mais baixas e uma surpresa nos índices de preços no consumidor nos EUA que iniciaram receios sobre a inflação", indica o analista John Feeney, à agência Bloomberg. "Há também uma preocupação crescente sobre uma nova vaga de covid-19 no sudeste da Ásia, o que está a fazer com que os investidores tenham receio de uma recuperação global mais lenta".
Futuros em queda na Europa
Os futuros das ações europeias estão em queda ligeira esta segunda-feira, apontando para um arranque de semana negativo nas bolsas do Velho Continente, depois de terem sido revelados dados sobre a indústria chinesa, em maio, que ficaram abaixo do esperado e que sugerem que a recuperação da segunda maior economia do mundo poderá ter perdido ímpeto.
Os futuros do Euro Stoxx 50 descem 0,2%, enquanto os do norte-americano S&P 500 sobem 0,1%.
Na sessão asiática, o chinês Shanghai Composite negociou pouco alterado, o Hang Seng de Hong Kong desceu 0,6% e o japonês Topix perdeu 1,3%, devido aos receios sobre um prolongamento do estado de emergência para conter o coronavírus.
Esta segunda-feira, tanto a bolsa de Londres como as bolsas dos Estados Unidos estão encerradas devido à comemoração de feriados.