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Europa avança após dados animadores sobre recuperação económica. Petróleo continua a subir
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Europa avança após dados animadores sobre recuperação económica
As principais bolsas europeias regressaram aos ganhos, após os comentários do Banco de Inglaterra e a revelação de dados que sinalizam uma recuperação económica.
O Stoxx 600, o índice de referência que agrupa as 600 maiores cotadas do continente, avançou 0,9%, a maior subida desde dia 20 de maio.
O setor do turismo e lazer liderou as subidas, ao avançar 1,8%, impulsionado pelos ganhos das empresas de jogos. Já a tecnologias ganharam 1,7%, com as ações a subirem após um parecer judicial a dar razão ao modelo de negócio da Deliveroo no que diz respeito ao âmbito laboral.
As telecomunicações foram o único setor no vermelho, que cedeu 0,1%.
Nas principais praças europeias, o índice britânico FTSE 100 subiu 0,5%, o alemão DAX avançou 0,9% e o francês CAC 40 somou 1,2%. Também o espanhol IBEX 35 encerrou no verde, com ganhos de 1,3%.
Dólar perde força com queda do desemprego nos EUA
O dólar perdeu força perante os 10 principais pares, com os investidores a reagir aos últimos dados da economia americana.
O euro valoriza 0,03% face à nota verde para os 1,1930 dólares, e a libra segue a subir 0,1% para os 1,3976 dólares.
O comportamento da divisa norte-americana deve-se às últimas interpretações da Fed em relação aos dados da economia americana, que mostram uma queda no emprego.
Durante a manhã, a nota verde esteve estabilizada, ma acabou por ceder algum terreno durante a tarde.
"O dólar manteve a estabilidade que tem caracterizado a semana, durante a primeira parte da sessão de negociação desta quinta-feira, numa altura em que os mercados competem para ver quem acerta a direção que a Fed tomará depois dos discursos conflituantes da Reserva Federal nos últimos dias", sublinha Ricardo Evangelista, analista sénior da ActivTrades.
"Enquanto o presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell, minimizou a tempororariedade da inflação, no seu discurso diante a Casa dos Representantes, o presidente da Fed de Atlanta, Raphael Bostic, demonstrou preocupação, afirmando que o atual aumento dos preços pode levar mais tempo, do que o esperado, a estabilizar", refere o mesmo analista.
Assim, remata, "torna-se cada vez mais claro que existem duas visões distintas a coexistir dentro da Fed e que esta incerteza poderá condicionar o desempenho do dólar e das outras moedas nos próximos meses".
Crescimento na Alemanha e queda de stocks nos EUA sustentam crude
O "ouro negro" prossegue o movimento de subida, sustentado pela queda dos inventários norte-americanos e pela melhoria acelerada da atividade económica na Alemanha.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em agosto segue a somar 0,26% para 73,27 dólares por barril, em máximos de outubro de 2018.
Já o contrato de julho do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,27% para 75,39 dólares, níveis que não atingia desde abril de 2019.
A impulsionar a tendência está a aceleração da atividade económica na Alemanha, bem como a queda dos stocks norte-americanos de crude na semana passada. Os inventários diminuíram em 7,61 milhões de barris, o que constituiu a quinta semana consecutiva de redução das reservas – o maior ciclo semanal de quedas desde janeiro.
Ouro estabiliza depois de comentários da Fed
O preço do ouro está a estabilizar, depois da queda em reação aos comentários da Reserva Federal norte-americana em relação à boa recuperação económica nos Estados Unidos.
O metal precioso valoriza 0,27%, a negociar nos 1.783,47 dólares por onça.
A ideia de que a inflação superior à esperada é fruto de pressões transitórias voltou ontem a ser reafirmada pelo líder da Fed, Jerome Powell, enquanto os responsáveis das Reservas Federais de Dallas e Atlanta adiantaram que o banco central pode começar a reduzir o programa de compra de ativos antes do esperado.
A incerteza face à economia e a ideia de que o mercado estará ainda sujeito a ajustes tem impulsionado a procura por ouro, que é considerado um ativo-refúgio para os investidores. No entanto, o cenário de sustentação não tem sido forte.
"O ouro continua a ser negociado dentro de um padrão que sucede a uma ruptura e que pode indiciar uma tendência de continuidade ou reverter, entre os $1.800 e os $1.760, sendo que, por agora, não existem sinais de reversão", refere Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades, na sua análise diária.
O atual sentimento de otimismo global, aponta o analista, "fez com que os traders e outros investidores de médio prazo mudassem de postura, passando de ativos mais defensivos e seguros para ativos mais arriscados, o que representa um catalisador de baixa para o ouro. Além disso, também a falta de direção do dólar americano está a aumentar a pressão de baixa sobre o ouro".
"Tecnicamente falando, a situação não é tranquilizadora depois da falsa superação de alta de ontem, que levou o preço do metal precioso para perto do nível inferior do seu padrão triangular, aumentando a probabilidade de ressurgimento da tendência de baixa na próxima sessão de negociação. Uma quebra deste padrão poderia levar o preço aos seus níveis de suporte localizados nos $1.760 e $1.740 e abriria a porta para uma queda ainda mais acentuada", acrescentou.
Wall Street abre em alta com o S&P 500 a renovar novo máximo histórico
Os três principais índices dos Estados Unidos abriram a sessão desta quinta-feira em alta, com novos máximos históricos a serem atingidos, apesar de os dados do emprego terem ficado aquém do previsto.
Por esta altura, o S&P 500 avança 0,55% para os 4.265,34, o que representa um novo máximo histórico, mas não é o único. Também o tecnológico Nasdaq Composite, com uma valorização de 0,77%, consegue pairar sobre essa marca, negociando nos 14.380,28 pontos. O Dow Jones segue a valorizar também (0,61%).
Apesar do otimismo, os dados sobre o emprego mostraram um número de pedidos de subsídio de desemprego superior (411.000) na semana terminada a 19 de junho, superior ao que era esperado (380.000) pelos analistas questionados pelo Dow Jones.
Mas a força está a surgir de empresas ligadas ao setor das infrastruturas, numa altura em que o pacote de apoio orçamental a este ramo, por parte do governo norte-americano, está a ser negociado.
O setor da banca mostra-se igualmente confiante, antes de a Reserva Federal dos EUA divulgar os dados sobre os testes de stress efetuados, que serão divulgados apenas depois do fecho.
Juros da Zona Euro em leve alta atentos a Banco de Inglaterra
Os juros da dívida dos países da Zona Euro estão a subir na manhã desta quinta-feira, dia em que o Banco de Inglaterra irá revelar as decisões sobre política monetária e as novas projeções macroeconómicas.
Na Alemanha, a "yield" sobe 0,7 pontos base para os -0,173%, enquanto que em Itália a subida é de 0,1 pontos base para os 0,895%.
Na Península Ibérica, os juros de Portugal e Espanha sobem 0,6 pontos base para os 0,439% e 0,453%, respetivamente.
Bolsas europeias avançam de olho nos dados do emprego nos EUA e no Banco de Inglaterra
As principais praças europeias estão a valorizar na sessão desta quinta-feira, numa altura em que os investidores aguardam os dados referentes ao emprego nos Estados Unidos, que serão divulgados antes da abertura de Wall Street, bem como pelas perspetivas sobre a inflação no Reino Unido.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores cotadas europeias - está a subir 0,57% para os 455,68 pontos, com os setores industriais, de saúde e de consumo a contribuírem para esta subida na manhã de hoje.
Com este índice a pairar perto dos máximos históricos atingidos na semana passada, os investidores procuram novos catalisadores a que se agarrar. Assim, os dados do emprego norte-americanos e as projeções da inflação britânica, divulgadas hoje pelo Banco de Inglaterra, podem ser assumir importância.
Comentários da Fed fazem ouro pairar sobre a "linha de água"
O ouro está a negociar sem uma tendência definida depois dos comentários de membros da Reserva Federal dos EUA terem apontado diferentes velocidades de "desconfinamento" dos seus estímulos monetários extraordinários.
O metal precioso está por esta altura a negociar na "linha de água" nos 1.776,88 dólares por onça.
Petróleo volta a subir com inventários em queda nos EUA e na China
Os preços do petróleo estão a valorizar ligeiramente na manhã desta quinta-feira, depois de os dados sobre o consumo desta matéria-prima nos EUA e também na China terem dado sinais otimistas quanto à procura.
O Brent, que serve de referência para Portugal, sobe 0,23% para acima dos 75 dólares por barril, enquanto o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) avança 0,25% para acima dos 73 dólares por barril.
Os inventários de gasolina nos EUA caíram de forma inesperada na semana passada, enquanto a oferta de petróleo caiu pela quinta semana consecutiva, o maior ciclo de recuos desde janeiro deste ano.
Do outro lado, na China, os "stocks" de petróleo também encolheram para mínimos deste ano, de acordo com os dados disponibilizados pela Kayrros.
Os preços do petróleo podem estar a enfrentar turbulência a médio-prazo, com o indicador RSI (Relative strength index), que mede a força com que um ativo é comprado ou vendido, a entrar em território sobreaquecido, o que, por norma, significa que vem lá uma correção de preços.
Futuros da Europa em leve queda com posição da Fed a baralhar
Os futuros das ações europeias estão a negociar em leve queda na pré-abertura desta quinta-feira, numa altura em que os comentários de vários membros da Reserva Federal dos EUA em direções opostas estão a baralhar os investidores.
Por esta altura, os futuros do Stoxx 50 - índice que agrupa as 50 maiores empresas da Europa - estão a perder 0,3%, ao passo que os futuros no norte-americano S&P 500 avançam 0,2%.
Na sessão asiática, que se deu durante a madrugada em Lisboa, registaram-se ganhos na Coreia do Sul (0,4%), enquanto que na China (-0,2%), onde o banco central acelerou uma injeção de dinheiro pela primeira vez desde março, o sentimento foi o oposto.
Ontem, em Wall Street, um "rally" da Tesla ajudou o tecnológico Nasdaq Composite a renovar máximos históricos.
No seio da Reserva Federal dos EUA (Fed), os comentários díspares dos seus membros está a deixar os mercados confusos, na manhã desta quinta-feira, levando os investidores a afastarem-se dos ativos de maior risco.
Por um lado, Jerome Powell, líder do banco central, coloca água na fervura, dizendo que a atual subida da inflação se deve a fatores temporários, pelo que a instituição irá continuar a apoiar a maior economia do mundo durante mais tempo.
Mas do outro, o governador do banco central de Dallas, bem como o seu homólogo de Atlanta, abriram a porta a uma retirada de estímulos mais cedo do que a Fed tinha previsto na sua última reunião de política monetária, dizendo que poderá começar a abrir mão destes apoios extraordinários já nos próximos meses.
Hoje será a vez do Banco de Inglaterra partilhar as suas decisões de política monetária.