Notícia
Biden mais perto da Casa Branca dá melhor semana desde abril às bolsas da Europa e EUA
Acompanhe aqui o dia dos mercados.
Europa com melhor ganho semanal desde abril
As bolsas europeias subiram esta quinta-feira e estão a caminho do maior ganho semanal desde abril, numa altura em que o candidato democrata às presidenciais norte-americanas, Joe Biden, se perfila como o próximo ocupante da Casa Branca.
O índice de referência Stoxx Europe 600 fechou a somar 1,1%.
Dos principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax ganhou 2%, o espanhol Ibex 35 subiu 2,1%, o francês CAC 40 avançou 1,2% e o britânico FTSE 100 pulou 0,40%.
Os setores de media (+2,8%) e tecnológico (+2,5%) estiveram entre os melhores desempenhos, com o segmento dos microprocessadores a ser impulsionado pelos bons resultados da norte-americana Qualcomm. Já os lucros da alemã ProSieben ajudaram ao otimismo nos media.
Já o setor da energia cedeu 0,2% e o dos cuidados de saúde recuou marginalmente.
Juros mistos na Zona Euro
Com a recuperação das bolsas, devido à aposta na vitória de Joe Biden nas presidenciais norte-americanas, diminuiu a aposta em em ativos seguros, como é o caso das obrigações soberanas – e a menor aposta na dívida faz subir os juros, cenário que hoje se verifica na generalidade da Europa, com algumas exceções.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos seguem a somar 1 pontos base para 0,07%. Já as "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, seguem a mesma tendência, a subir 2 pontos base para 0,639%.
Itália segue em contraciclo, na mesma maturidade, com os juros a recuarem 2 pontos base para 0,665%. Já a dívida a 10 anos de Espanha mantém-se nos 0,09%.
Euro em máximos de 26 de outubro contra o dólar
A moeda única europeia aprecia 0,81% para 1,1821 dólares na terceira valorização seguida contra a divisa norte-americana, o que permite ao euro estar a negociar em máximos de 26 de outubro.
Já o dólar recua pelo terceiro dia consecutivo, com a Bloomberg a sinalizar que a moeda norte-americana transaciona em mínimos de maio de 2018.
A possibilidade agora reforçada de clarificação quanto ao resultado das presidenciais norte-americanas leva à depreciação do dólar nos mercados cambiais em virtude do menor apetite dos investidores por ativos considerados de refúgio, o que atira o dólar para o vermelho e apoia a subida de outras moedas como é o caso do euro.
Petróleo cai em clima de incerteza
As cotações do "ouro negro" seguem a ceder terreno nos principais mercados internacionais, num dia em que a incerteza em torno do resultado das eleições presidenciais nos EUA volta a dominar os mercados.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em dezembro segue a recuar 1,25% para 38,66 dólares por barril.
Já o contrato de janeiro do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, cede 0,99% para 40,82 dólares.
Os investidores estão à espera dos resultados das presidenciais norte-americanas e o democrata Joe Biden está mais perto da Casa Branca, mas a corrida continua renhida.
Convicção em vitória de Biden faz ouro subir mais de 2%
Os metais preciosos e industriais seguem em alta esta quinta-feira animados pela crescente probabilidade de que Joe Biden tenha vencido as presidenciais dos Estados Unidos. A incerteza nos resultados está a enfraquecer o dólar, o que também ajuda as cotações dos metais a subirem.
Os contratos a pronto (spot) do metal amarelo avançam 2,37%, para os 1.948,10 dólares por onça.
Também em alta seguem a prata, com uma valorização de 5,14%, para os 25,12 dólares por onça, e a platina, que sobe 3,81%, cotando nos 905,02 dólares por onça.
Nos metais de uso industrial, o cobre avança 0,45%.
Bitcoin dispara mais de 100% este ano para perto dos 15 mil dólares
O preço da bitcoin está a valorizar 6,24% para os 14,889,25 dólares, tendo beneficiado com a volatilidade verificada nesta semana de eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Assim, está a negociar em máximos desde janeiro de 2018, depois de ter atingido máximos históricos em dezembro do mês anterior, acima dos 19.000 dólares.
Só este ano, a criptomoeda mais famosa do mundo acumula uma valorização de 107%, tendo assim mais do que duplicado o seu valor face ao final do ano passado.
Wall Street a caminho da melhor semana desde abril com Biden mais perto de Washington
Os três maiores índices dos Estados Unidos estão a valorizar acima de 1% pela quarta sessão consecutiva, a caminho daquela que será a melhor semana dos últimos sete meses, altura em que os mercados em todo o mundo começaram a recuperar das pesadas quedas de março.
Por esta altura, o S&P 500 ganha 1,59% para os 3.498,04 pontos, enquanto que o Dow Jones avança 1,52% para os 28.263,32 pontos.
O tecnológico Nasdaq Composite continua a ser levado ao colo pelas suas coqueluches e ganha 1,73% para os 11.794,64 pontos.
Os investidores estão a descontar um Senado pintado de "vermelho" (com maioria Republicana) e que isso seja sinónimos de bloqueio para quaisquer tentativas de apertar a regulação e aumentar os impostos sobre as empresas, por parte de uma possível administração Biden.
Por outro lado, uma divisão entre Senado e Câmara dos Representantes poderá significar que os apoios orçamentais sejam mais modestos ou tardem em chegar.
O foco irá mudar para a Reserva Federal dos Estados Unidos, daqui a pouco, quando Jerome Powell - líder do banco central - anunciar o que foi decidido na nova reunião de política monetária.
"A grande questão é saber se a atual incerteza atrasa os estímulos orçamentais"
Darrel Spence, economista do Capital Group, considera que "enquanto há risco de uma incerteza geral, a grande questão é se essa incerteza atrasa os estímulos orçamentais até depois das eleições ou mesmo para o próximo ano, o que provavelmente prejudicaria a economia do país".
Independentemente de quem quer que venha a ser o próximo presidente dos Estados Unidos da América, uma coisa parece ser certa: os mercados querem a maior união possível para que seja aprovado o novo pacote de estímulos orçamentais, a ser discutido desde julho deste ano, e cujo desfecho continua por definir.
Nesse cenário, seria mais favorável que o próximo partido a liderar a Casa Branca, fosse também o partido com maioria conquistada no Senado e na Câmara dos Representantes.
"Embora eu espere que a volatilidade continue no curto prazo, as necessidades dos clientes permanecem as mesmas", acrescenta Mike Gitlin, gestor de ativos de renda fixa do Capital Group.
Futuros dos EUA apontam para novos ganhos robustos
Os futuros do índice norte-americano S&P 500 levam um ganho de 2% apontando para uma nova abertura em alta, depois do seu dia com maior subida desde junho deste ano.
Nesta semana, o índice de referência em Wall Street acumula um ganho superior aos 5%, com as tecnológicas a impulsionarem os ganhos e prestes a liderarem pelo segundo dia consecutivo.
Os futuros do Nasdaq 100 sobem por esta altura 2,8%.
Libra dispara quase 1% após nova injeção do Banco de Inglaterra
O Banco de Inglaterra optou por reforçar o seu programa de compras de ativos em cerca de 166 mil milhões de euros (150 mil milhões de libras), na sua reunião de política monetária desta quinta-feira, levantando a libra a disparar.
Agora o novo pacote tem um montante atribuido total de 875 mil milhões de libras (964,95 mil milhões de euros).
Numa nova de estímulos monetários para ajudar a economia do país, devido à segunda vaga de propagação do coronavírus, a instituição alargou pela quarta vez desde março a sua bazuca.
A libra esterlina avança 0,64% para os 1,3071 dólares, o que representa um máximo desde 22 de outubro deste ano.
O Banco de Inglaterra espera agora que a economia britânica encolha 16,2% no terceiro trimestre, revindo em baixa os 18,3% anteriormente previstos. Espera que no quarto trimestre a contração seja de 2%.
A taxa de depósitos foi mantida em mínimos históricos nos 0,1%.
Ouro sobe acima dos 1.900 dólares por onça
O preço do ouro está novamente a subir, com os investidores a aguardarem pelo resultado final das eleições norte-americanas, numa altura em que Joe Biden ganha vantagem.
O metal precioso ganha agora 0,75% para os 1.917,44 dólares por onça.
Brent recua após três sessões a valorizar. Medo com o pós-eleições atinge preços
Os preços do petróleo estão a cair na sessão europeia desta quinta-feira, depois de três sessões consecutivas a subir, numa altura em que os investidores começam a descontar a imprevisibilidade do pós-eleições presidenciais nos Estados Unidos.
O Brent - negociado em Londres e que serve de referência para Portugal - cai 0,75% para os 40,92 dólares por barril, enquanto que o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) recua 0,92% para os 38,80 dólares por barril.
Na semana passada, registou-se uma queda de 8 milhões de barris por dia nos inventários de crude norte-americano, facto que fez subir os preços da matéria-prima na sessão transata.
Euro ganha força ao dólar pela terceira sessão seguida
O euro está novamente a apreciar face ao dólar norte-americano, registando três subidas nas últimas três sessões.
Hoje, a moeda única da União Europeia ganha 0,30% para os 1,1760 dólares.
Já a libra esterlina aproveita também para subir 0,18% face ao dólar dos Estados Unidos.
Juros de Portugal perto de mínimos. "Yield" italiana a 5 anos negativa pela primeira vez
Os juros da dívida dos países da Zona Euro continua em queda nesta sessão, com o decorrer das eleições dos Estados Unidos a promover uma corrida a ativos considerados mais seguros como o mercado secundário de dívida.
Em Portugal, a taxa de referência continua de braços dados com os mínimos históricos atingidos ontem n casa dos 0,04%. Hoje, perde 1,1 pontos base para os 0,050%. Na vizinha Espanha o cenário é idêntico, com os juros a caírem 1,2 pontos base para os 0,075%.
Pela primeira vez na sua história, os juros de Itália com maturidade de cinco anos caíram para território negativo, graças à brisa de incerteza que chega do outro lado do oceano. A taxa a dez anos perde 3,8 pontos base para os 0,647%.
Nos Estados Unidos, para onde todas as atenções do mundo estão voltadas, os juros a dez anos caem 3,8 pontos base para os 0,725%, um mínimo desde outubro do ano passado.
Europa ganha pelo quinto dia seguido com tecnologia a liderar
As ações europeias estão a valorizar pelo quinto dia consecutivo, naquele que é o maior ciclo de ganhos desde abril deste ano, com o setor da tecnologia a liderar.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores cotadas da região - valoriza 0,90% para os 366,59 pontos, com o setor da tecnologia a valorizar quase 3%. Entre as cotadas, a Dialog, a ASM e a Logitech são quem mais ganha.
Depois de parte de uma sessão marcada pelo sobe e desce nas bolsas, com a volatilidade a tomar conta dos mercados, a abertura em alta de Wall Street - depois de Joe Biden conquistar o Michigan - veio trazer alguma segurança aos ganhos, que permanecem ainda hoje.
Entre os índices, a praça de Milão e Paris vão liderando os ganhos, enquanto que na Suíça e no Reino Unido, seguem com ganhos menores.
Para além das eleições presidenciais nos Estados Unidos, os investidores estão a olhar para a temporada de resultados empresariais, com o banco Société Généralé a subir, após ter duplicado os lucros, face Às estimativas dos analistas.
Futuros da Europa em alta com possível vitória de Biden. Ásia em máximos de quase três anos
Os futuros das ações na Europa e nos Estados Unidos continuam a negociar em alta, como reação à mais provável vitória do candidato Democrata Joe Biden, nas eleições presidenciais norte-americanas, depois de ter conquistado o estado de Michigan.
Assim, os futuros do Stoxx 50 - índice que agrupa as 50 maiores cotadas da Europa - ganham 0,6%, enquanto que os futuros do norte-americano S&P 500 avançam 1,6%.
Durante a madrugada em Lisboa, a sessão asiática foi igualmente pintada de "verde", registando um máximo desde fevereiro de 2018, devido ao disparo do setor tecnológico e ao setor de saúde.
Os ganhos foram transversais na região, como no Japão (+1,4%), em Hong Kong (+2,9%), na China (+1,3%) ou na Coreia do Sul (+2,4%).
Joe Biden venceu no Michigan e em Wisconsin, colocando-o à beira de se tornar o próximo líder da Casa Branca, apesar do atual presidente Donald Trump estar a pedir a recontagem de votos em alguns estados cruciais.
O fracasso dos democratas em conquistar uma "onda azul", garantindo o Senado e a Câmara dos Representantes, reduz o entusiasmo em torno do enorme pacote de estímulos orçamentais, embora seja esperada alguma ajuda ainda no decorrer deste ano.
Por outro lado, este fracasso coloca ainda mais pressão na atuação da Reserva Federal dos Estados Unidos, que será obrigada a continuar a injetar dinheiro na economia enquanto não chegar um entendimento no quadro orçamental.