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Europa pressionada por falta de estímulos da China
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta sexta-feira.
Europa pressionada por falta de estímulos da China
Os principais índices europeus deixaram para trás três sessões consecutivas de ganhos, pressionados pela falta de medidas de estímulo à economia Chinesa, uma região comercial chave para muitas empresas europeias. Os investidores estiveram ainda a avaliar os eventos políticos em França, com a escolha de François Bayrou para liderar o Executivo gaulês.
O índice de referência europeu, o Stoxx 600, recuou 0,53% para 516,45 pontos, assinalando uma descida de 1% na semana - a maior queda em cinco semanas. Entre as maiores descidas esteve o setor mineiro, o de imobiliário e ainda o da saúde.
Entre os principais movimentos de mercado esteve uma das empresas com maior capitalização bolsista no Velho Continente, a Novo Nordisk que perdeu 3,89%, depois de um estudo ter mostrado que o seu fármaco mais vendido, o Ozempic, estava ligado ao aumento do risco de perda de visão.
O parisiense CAC-40 perdeu 0,15%, após a escolha de Bayrou, líder do partido de centro Movimento Democrático, que já era apontado como favorito. "É totalmente um não-evento para o mercado acionista", disse à Bloomberg David Kruk, responsável de "trading" da La Financiere de L’Echiquier.
"Ninguém quer investir em França neste momento, só aqueles que querem entrar no jogo de recuperações de fim de ano em mercados que têm tido performances abaixo dos seus pares", acrescentou.
Entre outros movimentos de mercado, a Munich Re pulou mais de 5%, depois de a resseguradora alemã ter anunciado que prevê alcançar os seis mil milhões de euros em lucros no próximo ano. O crescimento da Munich Re deu ímpeto ao principal índice alemão, o Dax, que chegou hoje a alcançar máximos históricos antes de recuar 0,1%.
O bom desempenho da bolsa de Frankfurt contrasta com a instabilidade política que se vive no país. Na segunda-feira, o chanceler alemão Olaf Scholz submete-se a uma moção de confiança, que pode abrir a porta à queda do governo tripartido e levar a novas eleições.
Entre os restantes índices da Europa Ocidental, o italiano FTSEMIB avançou 0,09%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,14% e o espanhol IBEX 35 caiu 0,11%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,1%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se esta sexta-feira, depois de Christine Lagarde ter apresentado uma mensagem menos "dovish" ao mercado, referindo que as pressões inflacionistas ainda estão presentes, particularmente devido às tensões geopolíticas, aumento dos salários e margens de lucro mais resilientes do que o esperado.
As "yields" da dívida italiana, a dez anos, agravaram-se 4,3 pontos base para 3,391%. As obrigações do país foram as que mais subiram na quinta-feira, ao crescerem 15,9 pontos base - a maior subida diária desde abril.
Por sua vez, os juros das "Bunds" alemãs, de referência para a região, subiram 5,1 pontos para 2,254%, enquanto os da dívida francesa avançaram 5,5 pontos para 3,039%. O "spread" entre a "yield" da dívida francesa e a alemã mantém-se estável em torno dos 78 pontos, após o Presidente francês ter escolhido François Bayrou para liderar o governo francês.
Pela Península Ibérica, as "yields" da dívida portuguesa a dez anos cresceram 6,6 pontos base para 2,669% e foram as que mais se agravaram, num dia em que o Banco de Portugal (BdP) apontou para uma forte deterioração das contas públicas, enquanto os juros da dívida espanhola aumentaram 5,2 pontos para 2,920%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos agravaram-se 5 pontos base para 4,410%.
Sanções da UE à Rússia são impulso ao petróleo. Excesso de oferta em 2025 contém ganhos
Os preços do petróleo estão a negociar em sentido positivo, com os dois principais índices a caminho de ganhos na semana pela primeira vez desde o final de novembro, à boleia de novas sanções ao crude russo e iraniano, bem como sanções da União Europeia à Rússia. No entanto, o cenário de um excesso de oferta no mercado em 2025 limitou os ganhos.
A esta hora, contrato de janeiro do barril de Brent do Mar do Norte, referência para a Europa, avança 1,01%, para 70,73 dólares, enquanto nos Estados Unidos, o contrato de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) valoriza 0,78%, para 73,98 dólares por barril. Os dois "benchmarks" caminham para uma subida de 3% na semana.
"O aumento das sanções da UE contra a Rússia ainda está a repercutir-se nos mercados, e ao mesmo tempo que os EUA estão a sinalizar que se poderão juntar a este pacote, a ideia de menos petróleo russo no mercado vai permanecer na mente dos investidores", disse à Reuters John Evans, analista da PVM.
Dólar em alta de olhos na Fed. Euro recupera
O dólar segue a negociar em alta esta sexta-feira e a caminho da melhor performance semanal num mês, com os investidores focados na possibilidade de a Reserva Federal cortar de forma mais gradual as taxas diretoras no próximo ano, face a um cenário de maior resiliência da economia norte-americana.
O índice do dólar - que mede a força da "nota verde" contra as principais moedas - avança 0,07%, para 107,031 dólares.
Já a moeda única europeia encontra-se a recuperar da descida que se seguiu à decisão do Banco Central Europeu de cortar juros em 25 pontos base na quinta-feira e avança 0,21% para 1,0490 dólares.
A libra segue a desvalorizar 0,45% para 1,2616 dólares, depois de novos dados terem indicado que a economia britânica encolheu mais do que era previsto em outubro. Os analistas esperavam um crescimento de 0,1% do PIB do Reino Unido, mas a nova leitura revelou uma contração de 0,1% - aumentando os receios de uma estagnação da economia.
Ouro em queda mas a caminho de ganhos na semana
O ouro está a desvalorizar pressionado por retirada de mais valias, após ter atingido máximos de cinco semanas na quinta-feira. No entanto, o metal caminha para um saldo semanal positivo, numa altura em que as atenções estão a voltar-se para o encontro de política monetária da Reserva Federal onde é esperado o terceiro corte de juros do ano, em 25 pontos base.
O metal recua 0,79% para 2.659,56 dólares por onça, mas deverá registar um ganho de 1% na semana.
Em particular, os investidores vão atentar nos comentários do presidente da Fed, Jerome Powell, numa altura de maior incerteza relativamente à política monetária nos Estados Unidos em 2025, dado o desconhecido impacto e medidas protecionistas que o próximo inquilino da Casa Branca pretende impôr.
Contas da Broadcom renovam euforia em torno da inteligência artificial em Wall Street
Os principais índices em Wall Street voltaram aos ganhos esta sexta-feira, com as contas da Broadcom a fornecerem novo impulso à euforia em torno das cotadas ligadas à inteligência artificial. No entanto, o índice de referência mundial segue a caminho da primeira semana de quedas em mais de um mês.
O S&P 500 soma 0,33% para os 6.071,41 pontos, enquanto o Nasdaq Composite ganha 0,69% para 20.039,40 pontos. Já o Dow Jones desliza 0,07% para 43.883,92 pontos. Por sua vez, o mais restrito Nasdaq 100 pula 1,15%, após ter tocado máximos históricos logo na abertura da sessão.
Entre os principais movimentos de mercado, a Broadcom escala mais de 20%, atingindo uma capitalização bolsista acima de um bilião de dólares, depois de ter revelado lucros no quarto trimestre fiscal que ficaram acima do esperado pelos analistas. o CEO da companhia Hock Tan revelou ainda que as receitas derivadas de inteligência artificial mais do que triplicaram este ano.
A Broadcom contingiou outras fabricantes de "chips" como a Micron e a Nvidia que valorizam 4,23% e 1,16%.
Euribor cai e a três meses para novo mínimo depois de o BCE ter cortado as taxas
A Euribor desceu hoje a três, seis e 12 meses e no prazo mais curto para um novo mínimo desde março de 2023, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter descido na quinta-feira, como esperado, as taxas diretoras em 25 pontos base.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,843%, continuou acima da taxa a seis meses (2,639%) e da taxa a 12 meses (2,405%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou hoje para 2,639%, menos 0,017 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.
No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, recuou hoje, para 2,405%, menos 0,016 pontos.
A Euribor a três meses também caiu hoje, ao ser fixada em 2,843%, menos 0,043 pontos do que na sessão anterior e um novo mínimo desde 17 de março de 2023.
A média da Euribor em novembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio.
A média da Euribor em novembro desceu 0,160 pontos para 3,007% a três meses (contra 3,167% em outubro), 0,214 pontos para 2,788% a seis meses (contra 3,002%) e 0,185 pontos para 2,506% a 12 meses (contra 2,691%).
Na quinta-feira, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez este ano e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base,
Em 17 de outubro na Eslovénia, o Banco Central Europeu (BCE) tinha descido as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda vez consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa em alta apesar de "farol" Lagarde menos "dovish". Dax atinge novos máximos
As principais praças europeias arrancaram a última sessão da semana em alta, apesar de o "benchmark" para a negociação da região estar a registar perdas. Os investidores estão divididos em relação ao futuro da política monetária da Zona Euro, depois de Christine Lagarde ter enviado mensagens contraditórias ao mercado na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Banco Central Europeu.
Apesar de todas as praças estarem a negociar no verde, o Stoxx 600 recua 0,12% para 518,57 pontos e encaminha-se para encerrar a semana com uma queda de 0,3%, interrompendo uma série de três ganhos semanais. A negociação nas bolsas europeias tem sido muito volátil esta semana, numa altura em que os investidores têm sido confrontados com vários fatores de pressão e de crescimento por todo o mundo.
As atenções do mercado viram-se agora para a França, particularmente para Emmanuel Macron, que vai anunciar esta sexta-feira o novo primeiro-ministro do país. O nome escolhido vai ter a difícil tarefa de devolver a estabilidade política à França e de aprovar um novo orçamento – tarefa que Michel Barnier não conseguiu cumprir com sucesso.
Entre as principais movimentações de mercado, a Munich Re dispara quase 6%, depois de a resseguradora alemã ter anunciado que prevê alcançar os 6 mil milhões de euros em lucros no próximo ano. A empresa prevê que só o seu negócio de resseguros registe um resultado líquido de 5,1 mil milhões.
O crescimento da Munich Re está a dar ímpeto ao principal índice alemão, o Dax, que avança 0,25% para um novo máximo histórico. O bom desempenho da bolsa de Frankfurt contrasta com a instabilidade política que se vive no país. Na segunda-feira, o chanceler alemão Olaf Scholz submete-se a uma moção de confiança, que pode abrir a porta à queda do governo tripartido e levar a novas eleições.
Entre as restantes principais praças da Europa Ocidental, Madrid avança 0,70%, Londres cresce 0,12%, Amesterdão sobe 0,09% e Milão valoriza 0,35%.
Juros continuam a agravar-se na Zona Euro com Lagarde menos "dovish"
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro continuam a agravar-se esta sexta-feira, depois de terem avançado de forma significativa na sessão de ontem. Isto depois de Christine Lagarde ter apresentado uma mensagem menos "dovish" ao mercado, referindo que as pressões inflacionistas ainda estão presentes no bloco de países, particularmente devido às tensões geopolíticas, aumento dos salários e margens de lucro mais resilientes do que o esperado.
As "yields" da dívida italiana, a dez anos, são as únicas que recuam a esta hora, embora só aliviem 0,1 pontos para 3,347%. As obrigações do país foram as que mais se agravaram na quinta-feira, ao crescerem 15,9 pontos base para 3,348% - a maior subida diária desde abril e o valor mais elevado desde novembro.
Por sua vez, os juros das "Bunds" alemãs, de referência para a região, sobem 1,7 pontos para 2,220%, enquanto os da dívida francesa avançam 0,5 pontos para 2,989%.
Pela Península Ibérica, as "yields" da dívida portuguesa a dez anos crescem 1,8 pontos base para 2,650%, enquanto os juros da dívida espanhola aumentam 0,9 pontos para 2,877%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos estão em contraciclo, ao recuarem 1,2 pontos base para 4,348%, numa altura em que a economia do Reino Unido registou uma contração de 0,1% em outubro.
Dólar prestes a registar a melhor semana em um mês
É a melhor semana do dólar em mais de um mês. A divisa norte-americana prepara-se para encerrar o conjunto das cinco sessões com uma valorização de mais de 1% contra as suas principais rivais, apoiada por decisões de política monetária de outros países e blocos.
Depois de ter negociado no vermelho após a decisão do Banco Central Europeu na quinta-feira, o euro encontra-se praticamente inalterado face ao dólar, caindo apenas 0,01% para 1,0467 dólares. Um corte de 25 pontos base já era largamente esperado pelo mercado, mas "as declarações de Christine Lagarde deixaram cair uma referência de longa data de que a política teria de permanecer restritiva", realçam os analistas da Ebury, numa nota.
Já a libra encontra-se a cair 0,32% para 1,2632 dólares, depois de um novo relatório ter indicado que a economia britânica encolheu mais do que era previsto em outubro. Os analistas esperavam mesmo um crescimento de 0,1% no PIB do Reino Unido, mas o instituto de estatística do país acabou mesmo por indicar uma contração de 0,1% - aumentando os receios de uma economia estagnada.
O dólar também se encontra a valorizar face à moeda japonesa, ao crescer 0,40% para 153,24 ienes. Isto numa altura em que os analistas esperam que o Banco do Japão mantenha as taxas de juro inalteradas na próxima reunião, embora continuem a perspetivar um endurecimento da política monetária para o futuro.
Ouro em ligeira alta prepara-se para encerrar a semana a crescer 2%
O ouro está a negociar em ligeira alta e encaminha-se para fechar a semana no verde, à boleia de um reforço das reservas deste metal precioso por parte do banco central chinês e das expectativas de um novo corte nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Nem a desvalorização de quase 1% registada na quinta-feira, com os investidores a aproveitarem para retirar mais-valias, está a desencaminhar o ouro, que se prepara para fechar a semana a crescer quase 2%. A esta hora, o metal amarelo valoriza 0,06% para 2.682,28 dólares por onça – muito perto dos máximos históricos atingidos em finais de outubro.
Um corte de 25 pontos base já na próxima semana por parte da Fed está, praticamente, incorporado no mercado, mas os investidores antecipam uma pausa no ciclo de alívio da política monetária em janeiro. "Eu acho que a Fed vai mesmo entregar o esperado corte de 25 pontos, mas o ‘dot plot’ deve ficar menos ‘dovish’. Embora deva dar algum impulso ao ouro na próxima semana, não deve afetar muito a negociação", afirma Matt Simpson, analista da City Index, à Reuters.
O ouro tende a beneficiar de uma política monetária mais flexível, uma vez que não rende juros. Só este ano, o metal precioso avançou quase 30%, impulsionado ainda por uma corrida ao ouro por parte dos bancos centrais mundiais e por um adensar das tensões geopolíticas no Médio Oriente e na Ucrânia.
Sanções no horizonte dão ímpeto ao petróleo
Os preços do petróleo estão a negociar em alta e encaminham-se para voltar a registar uma semana com um saldo positivo, numa altura em que as perspetivas de novas sanções contra o crude russo e iraniano estão a eclipsar um excedente de oferta que se espera para 2025. Isto acontece depois de a União Europeia ter avançado com mais um pacote de sanções direcionadas ao crude importado da Rússia.
A esta hora, o barril de Brent do Mar do Norte, referência para a Europa, avança 0,31%, para 73,64 dólares, enquanto nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate (WTI) valoriza 0,40%, para 70,30 dólares por barril.
A atual secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, afirmou na quarta-feira que o cenário atual no mercado petrolífero, com os preços a ser bastante pressionados pela perspetiva de um excedente de oferta no próximo ano, dão espaço de manobra aos EUA para restringirem ainda mais o crude russo. Novas medidas podem ser implementadas antes do fim da administração Biden, numa altura em que a escolha de Donald Trump para conselheiro de Segurança Nacional prometeu exercer "pressão máxima" sobre as importações iranianas.
Já o Canadá está a considerar responder à ameaça do presidente-eleito com novas tarifas sobre a exportação de matérias-primas para os EUA, o que inclui petróleo e urânio. No entanto, esta medida será apenas implementada em último recurso, caso a administração Trump, que toma posse a 20 de janeiro, se recuse a negociar.
Autoridades chinesas voltam a desiludir. Ásia e Europa no vermelho
As bolsas asiáticas encerraram a derradeira sessão da semana em baixa, numa altura em que as autoridades chinesas falharam, mais uma vez, a devolver a confiança e o otimismo aos mercados. Isto depois de a conferência anual económica do país ter terminado sem grandes pormenores sobre políticas fiscais e só com algumas menções a estímulos ao consumo.
As ações chinesas encabeçaram as quedas da sessão, com o Hang Seng, de Hong Kong, e o Shanghai Composite a desvalorizarem ambos 1,7%. Mesmo assim, a promessa das autoridades do país de reduzir as taxas diretoras e os rácios de reserva dos bancos levou os juros das dívidas a 10 anos a caírem abaixo de 1,8% - é a primeira vez na história que acontece.
"O mercado ainda tinha alguma esperança que esta conferência anual fornecesse mais pormenores sobre pacotes de estímulo ao consumo e de liquidação das existências imobiliárias, mas os resultados foram um pouco dececionantes", começa por afirmar Jason Chan, do Bank of East Asia. "Os investidores poderão ter de esperar, mesmo, pela implementação de mais políticas fiscais no primeiro trimestre" de 2025, explica.
Já no Japão, o Topix e o Nikkei 225 também encerraram em queda, com os dois principais índices a recuarem cerca de 1%, esta sexta-feira. Os investidores continuam divididos em relação ao futuro da política monetária do país. Embora uma nova subida nas taxas de juro seja certa, ainda existem reservas sobre quando poderá acontecer.
Na Coreia do Sul, o Kospi já conseguiu recuperar de todas as perdas que registou após o Presidente ter decidido impor lei marcial no país – uma decisão que foi rapidamente revertida pelo Parlamento sul-coreano. O principal índice da nação asiática avançou 0,50%.
Pela Europa, a desilusão com as autoridades chinesas também está a pesar e a negociação de futuros aponta para uma abertura em território negativo.