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"Earnings season" animam Europa. Só espanhol Ibex 35 perdeu
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
"Earnings season" animam Europa. Só espanhol Ibex 35 perdeu
As bolsas europeias remataram em terreno positivo, num dia em que resultados corporativos acima do esperado ofuscaram dados económicos menos robustos na Zona Euro. O PMI compósito da Zona Euro desceu em outubro para o valor mais baixo em três anos.
O Stoxx 600 valorizou 0,44% para 435,09 pontos, com os setores dos recursos naturais e das utilities (água, luz e gás) a liderarem as subidas (2,69% e 1,72%, respetivamente). Já o setor da banca e o automóvel foram os que desvalorizaram (-0,97% e -0,78%, respetivamente).
Entre as principais movimentações, a Hermès valorizou 2,78%, num dia em que divulgou vendas acima do esperado pelos analistas no terceiro trimestre. As vendas da fabricante de artigos de luxo cresceram 16% (acima dos 13% estimados), tendo aumentado tanto no mercado europeu como no norte-americano.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax 35 valorizou 0,54%, o francês CAC-40 somou 0,63%, o italiano FTSE Mib avançou 0,05%, o britânico FTSE 100 subiu 0,2% e o AEX, em Amesterdão, cresceu 0,35%. O espanhol Ibex 35 foi o único a registar perdas (-0,22%), o que pode ser explicado pelo facto de a banca - que foi o setor que mais desvalorizou esta sessão - ter um maior peso neste índice.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas aliviaram esta terça-feira, o que se traduz numa maior aposta dos investidores nas obrigações. A procura pela dívida pública, que é vista como um ativo com menor risco, acentuou-se num dia em que novos dados mostram que a atividade económica empresarial caiu para o valor mínimo em três anos.
Isto num dia em que os investidores voltaram também a mostrar um maior apetite pelo risco, com as ações europeias a registarem ganhos.
A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos recuou 2,6 pontos base para 3,478%, enquanto a das Bunds alemãs com o mesmo prazo cedeu 4,5 pontos base para 2,823%.
A rendibilidade da dívida pública italiana perdeu 1,3 pontos base para 4,819%, os juros da dívida espanhola aliviaram 2,9 pontos base para 3,931% e os juros da dívida francesa desceram 3,1 pontos base para 3,447%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica caíram 5,9 pontos base para 4,534%.
Petróleo cai mais de 1% com eventual recuo na invasão terrestre de Gaza
O petróleo está a desvalorizar, num dia em que os investidores analisam os sinais de que Israel poderá estar a repensar a invasão terrestre da Faixa de Gaza. Os ganhos dos últimos dias resultaram, sobretudo, de receios de que o conflito se alastrasse a outras regiões do Médio Oriente, de onde provém a maior parte das exportações de petróleo.
Além disso, novos dados económicos na Zona Euro aumentaram os receios de uma possível queda na procura por crude.
O West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, desliza 1,52% para 84,19 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, perde 1,38% para 88,59 dólares por barril.
"Uma disrupção material do fornecimento mantém-se um risco que está provavelmente a ser atenuado por preocupações quanto à procura", afirmou Amarpreet Singh, analista no Barclays, numa nota enviada aos clientes a que a Bloomberg teve acesso.
Ouro perde com dólar mais forte
O ouro está a desvalorizar, penalizado pelo dólar, que recuperou terreno num dia em que os investidores se preparam para conhecer as contas da Microsoft e da Alphabet. A robustez da moeda norte-americana tende a penalizar o metal precioso, que, por ser cotado em dólares, se torna menos atrativo para quem compra com moedas estrangeiras.
O ouro a pronto, negociado em Londres, perde 0,52% para 1.962,5 dólares por onça, depois de arrecadar ganhos nas últimas semanas à boleia da incerteza geopolítica no Médio Oriente. O metal amarelo valorizou mais de 7% desde o ataque do grupo radical Hamas a Israel, a 7 de outubro.
Também o paládio e a platina seguem a tendência, com perdas de 0,51% para 1.115,82 dólares e de 1,27% para 886,85 dólares, respetivamente.
No mercado cambial, o euro desliza 0,67% para 1,0597 dólares, num dia em que foi conhecido que o PMI (Purchasing Manager’s Index) compósito da Zona Euro abrandou para o valor mínimo de três anos em outubro.
Wall Street no verde com contas das "big tech" em foco
As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, num dia em que os investidores se preparam para os resultados trimestrais de duas gigantes tecnológicas: a Microsoft e a Alphabet. O apetite pelo risco aumenta ligeiramente à medida que cresce a especulação de que o recente "sell-off" das obrigações foi excessiva.
O S&P 500, referência para a região, sobe 0,51% para 4.238,64 pontos, depois de na última sessão ter caído para mínimos de maio. O industrial Dow Jones cresce 0,6% para 33.133,07 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite soma 0,46% para 13.078,18 pontos.
Entre as principais movimentações, a Microsoft valoriza 0,44%, a Alphabet avança 1,27% e a Spotify, que apresentou contas antes da abertura da sessão, soma 8,98%. A plataforma de streaming de música regressou aos lucros no terceiro trimestre (65 milhões) depois de vários trimestres com prejuízos.
Entre as "big tech", a Microsoft e a dona da Google são as primeiras a apresentar contas, numa semana em que também a Amazon e a Meta mostram os resultados do terceiro trimestre. Os resultados destas empresas são vistos com especial atenção, uma vez que a Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon e Nvidia são responsáveis por cerca de um quarto da capitalização bolsista do S&P 500.
"Os resultados das 'big tech' são muito importantes para o mercado em geral, uma vez que estas ações foram responsáveis por levar todo o mercado acionista tão longe este ano (...) resultados fortes podem ser precisamente o que é preciso para terminar o movimento de correção que começou no final de julho", afirmou David Trainer, CEO da New Constructs, em declarações à Bloomberg.
Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a segunda-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje para 4,154%, mais 0,009 pontos do que na segunda-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal referentes a agosto de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,7% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,4% e 23,2%, respetivamente.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, também subiu hoje, para 4,102%, mais 0,006 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
No caso da Euribor a três meses, esta desceu hoje face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,941%, menos 0,015 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base - tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 04 de maio --, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 26 de outubro, em Atenas.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Dados económicos pressionam Europa mas Lisboa rompe tendência
O "benchmark" europeu Stoxx 600 desvaloriza 0,25% para 432,09 pontos, invertendo a tendência de arranque da sessão, que dava esperanças de um dia de ganhos, depois de cinco de perdas.
Entre os 20 setores que compõem o índice de referência, banca e setor automóvel comandam a tabela das perdas. Já imobiliárias e recursos primários lideram os ganhos.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt recua 0,25%, Madrid perde 0,10% e Paris cai 0,16%.
Londres desvaloriza 0,39%, Amesterdão cede 0,38% e Milão regista uma queda de 0,52%. Por cá, a bolsa de Lisboa rompe a tendência e cresce 0,22%.
O mercado mantém-se atento aos fatores geopolíticos, em concreto o conflito no Médio Oriente e aos mais recentes dados sobre a atividade económica no bloco.
O índice de gestores de compras da S&P Global abrandou em outubro para 46,5 pontos, bastante abaixo da linha vermelha dos 50 pontos e renovando mínimos de três anos.
Além disso, os investidores estão a digerir os bons resultados apresentados por algumas empresas do bloco.
As ações da Hermes International crescem 1,33%, depois de a empresa ter reportado uma subida nas vendas, impulsionada pelos clientes de elevado património na Europa e nos EUA.
A Puma sobe 4,1%, após os lucros trimestrais terem ficado ligeiramente acima das estimativas dos analistas.
Juros aliviam de forma expressiva na Zona Euro
Os juros corrigem na Zona Euro, acompanhando a tendência de alívio da "yield" norte-americana a 10 anos, cumprindo as estimativas de alguns analistas que já tinham antecipado que os juro das "Treasuries" já tinha alcançado um pico.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para o mercado europeu – alivia 7,7 pontos base para 2,791%.
Os juros das obrigações portuguesas que vencem em 2033 subtraem 6,3 pontos base para 3,441%.
A rendibilidade da dívida italiana com a mesma maturidade recua 7,1 pontos base para 4,762%.
A "yield" dos títulos espanhóis a 10 anos anos alivia 8,1 pontos base para 3,880%.
Esta segunda-feira, a rendibilidade das obrigações norte-americanas a 10 anos superou a fasquia dos 5%, pela primeira vez em 16 anos, tendo entretanto aliviado para um nível ligeiramente abaixo deste patamar.
Euro com perdas ligeiras face ao dólar
O euro recua ligeiramente (-0,07%) para 1,0661 dólares, numa altura em que os investidores aguardam a reunião do BCE, agendada para esta quinta-feira, e que ditará o futuro dos juros diretores na Zona Euro.
O índice do dólar da Bloomberg – que mede a força da nota verde contra outras divisas – soma 0,07%, depois de ter chegado a cair durante a madrugada e primeiros momentos da manhã em Lisboa.
O indicador já deslizou mais de 1% desde o nível máximo alcançado este mês. A nota verde foi pressionada nos últimos dias pelo agravamento das "yileds" da dívida norte-americana nos EUA.
"O dólar parece mais sensível aos movimentos em baixa do que em alta das ‘yields’, o que pode ser um sinal de que a recuperação está a perder força", alerta David Forrester, estratega sénior de câmbio do Crédit Agricole CIB, sem Singapura, citado pela Bloomberg.
Ouro brilha com queda do dólar e estabilização dos juros
O ouro negoceia em alta num dia em que o dólar recua e depois de cair esta segunda-feira, pressionado pelo agravamento das "yields" das obrigações norte-americanas, já que o metal amarelo não remunera em juros.
O metal precioso soma 0,32% para 1.979,13 dólares por onça. Prata, paládio e platina seguem esta tendência positiva.
Esta segunda-feira, os juros das "Treasuries" a 10 anos saltaram para a fasquia dos 5%, pela primeira vez desde 2007, tendo entretanto aliviado.
Os investidores aguardam agora o discurso do líder da Reserva Federal (Fed) norte-americana, que será proferido esta quarta-feira em Washington, na tentativa de encontrar pistas sobre o futuro dos juros diretores nos EUA.
Petróleo negoceia em alta
O petróleo negoceia em alta, depois de desvalorizar esta segunda-feira, impulsionado pelo facto de não haver, para já, novos desenvolvimento no conflito entre Israel e o Hamas que belisquem o sentimento dos investidores.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – valoriza 0,22% para 85,68 dólares por barril.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 0,26% para 90,06 dólares por barril.
Os EUA vão enviar mais tropas para o Médio Oriente, de forma a dissuadir o Hezbollah de agravar o conflito. Entretanto, o Hamas libertou mais duas reféns. Entre os apelos para que Israel não realize a ofensiva terrestre à Faixa de Gaza crescem.
Ásia veste-se de verde para fechar sessão. Futuros europeus sem rumo
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 permanecem praticamente inalterados, numa altura em que os investidores mantêm o foco no conflito entre Israel e o Hamas e não perdem de vista o desempenho das "yields" da dívida norte-americana.
Os juros das obrigações dos EUA estabilizaram, depois de esta segunda-feira a "yield" das "Treasuries" ter alcançado a fasquia dos 5%, pela primeira vez em 16 anos.
Pela Ásia, a China fechou mista, com Xangai a subir 0,2% e Hong Kong a cair 0,8%.
O sentimento foi influenciado, em parte, pela notícia de que o fundo soberano chinês decidiu comprar "exchange traded funds" (ETF) para sustentar os preços.
No Japão, o Topix somou 0,37% e o Nikkei arrecadou 0,49%. Na Coreia do Sul, o Kospi valorizou 0,88%.