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Semana começa no verde para a Europa. Continental sobe mais de 10%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.
Semana começa no verde para a Europa. Continental sobe mais de 10%
As principais bolsas europeias arrancaram a semana com ganhos e registaram a melhor sessão em seis semanas. Na liderança, seguiram as ações do setor de defesa, devido às perspetivas de maiores gastos militares na Europa sob a presidência de Donald Trump nos EUA, que levaria os países da NATO a gastarem 2% ou mais do PIB em defesa.
O índice de referência da Europa, o Stoxx 600, somou 1,13%, com os setores da construção (1,96%), da banca (1,77%) e da saúde (1,48%) a registarem os melhores desempenhos. Por outro lado, o retalho (- 0,37%) e a mineração (-1,06%) travaram o índice de maiores ganhos, com este último a ser prejudicado com o último pacote de estímulo à economia chinesa, que não surtiu os efeitos desejados no setor.
O índice que agrega as empresas de defesa subiu 2,6% impulsionado por empresas como a italiana Leonardo e as alemãs Hensoldt e Rheinmetall, que subiram perto de 4%.
Entre os principais movimentos de mercado, destaque para a alemã Continental, que avançou mais de 10%, depois de ter divulgado que os lucros da empresa saltaram 60% no terceiro trimestre.
Já a dinamarquesa Novo Nordisk somou quase 4%, depois de uma revisão em alta do desempenho da empresa pela JP Morgan.
As ações da dona da Glovo, a Delivery Hero, subiram mais de 5% num momento em que a subsidiária Talabat acaba de anunciar uma oferta pública inicial (IPO).
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 1,21%, o francês CAC-40 valorizou 1,2%, o italiano FTSEMIB avançou 1,56% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,4%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,47% e o britânico FTSE 100 avançou 0,65%.
Os investidores estarão atentos divulgados durante a semana, como a inflação da Zona do Euro, o PIB do terceiro trimestre e os números do emprego. Também a ata da reunião de política monetária de outubro do Banco Central Europeu, onde cortou a taxa de juro em 25 pontos base, deve ser divulgada esta quinta-feira.
Juros registam descida na Zona Euro. Itália tem maior alívio
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registaram um alívio, num momento em que os investidores receiam que a crise política na Alemanha leve o país a eleições antecipadas, o que se poderá refletir no preço das "bunds".
Para já, esta segunda-feira a "yield" da dívida alemã, com maturidade a dez anos e "benchmark" no mercado europeu, cedeu 4 pontos base para 2,323%.
Os juros da dívida portuguesa também a 10 anos caíram 5,2 pontos base, para os 2,804%, enquanto no país vizinho recuaram 4,6 pontos, até aos 3,056%.
A rendibilidade da dívida francesa registou um alívio de 4,1 pontos base para 3,076% e a da dívida italiana diminuiu 6,3 pontos até 3,591%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas também recuaram, em 0,9 pontos base, para 4,423%.
Tarifas impulsionam dólar para máximos de um ano e levam euro a mínimos de seis meses
Os ganhos da semana passada continuam e a semana começa em alta para o dólar, que tocou máximos de um ano, impulsionado ainda pela reeleição de Donad Trump para a Casa Branca.
Depois de cortar a taxa de juro em 25 pontos base, a Reserva Federal evitou dar orientações mais objetivas sobre quanto e quando se podem esperar novas descidas. A combinação destes dois fatores ajudou a apoiar a moeda americana.
"O mercado está finalmente a começar a ver os riscos das tarifas e importância para o crescimento económico dos EUA e as perspetivas de inflação com mais atenção e seriedade", disse Paresh Upadhyaya, da Amundi, à Bloomberg. "Temos uma tempestade perfeita para um dólar mais forte".
A subida das tarifas, que está a beneficiar o dólar, prejudica a economia da Zona Euro, levando o euro a cair para mínimos de seis meses.
O índice do dólar da Bloomberg sobe 0,56% para 1.277,81 pontos - depois de ter atingido o nível mais alto desde novembro passado. Os "traders" acreditam que as políticas comerciais de Donald Trump vão impulsionar o dólar e pressionar as principais moedas, incluindo o euro.
A nota verde avança 0,58% para 0,9391 euros, e, face à divisa nipónica soma 0,80% para 153,86 ienes. O iene registou o pior desempenho entre os pares.
Ouro continua a recuar. Incerteza na trajetória da Fed levanta preocupações
Os preços do ouro - e dos metais, em geral - continuam a registar perdas no início de mais uma semana, pressionados pelas dúvidas que ainda pairam sobre o mercado em relação à reeleição de Donald Trump nos EUA e como as suas políticas podem afetar o caminho da política monetária definida pela Reserva Federal (Fed) antes das eleições.
A esta hora, o metal amarelo cede 2,61% para 2.613,73 dólares por onça, estendendo as perdas da última semana, em que desvalorizou 2%.
Além disso, o ouro está a ser pressionado pela força do dólar, que caminha para máximos de um ano. A nota verde ainda beneficia do rescaldo das eleições norte-americanas, que deram a vitória ao Partido Republicano, cujas prometidas medidas poderão dar ainda mais força à divisa do país.
Os analistas consultados pela Reuters acreditam que a atenção do mercado está a virar-se para a "segunda ronda" das eleições, ou seja, "a probabilidade de as tarifas serem promulgadas relativamente cedo na presidência de Trump e a consequente forte procura pelo dólar. Um dólar mais forte está a pesar nos preços do ouro pela primeira vez em meses, isto porque está associado a uma hipótese de que a Fed possa adiar o ciclo de flexibilização monetária", como explicou Daniel Ghali, da TD Securities.
O presidente do banco central, Jerome Powell, deve prestar declarações esta semana a que o mercado estará de olho, assim como nos dados do índice de preços no consumidor e no produtor, pedidos semanais de subsídio de desemprego e números de vendas no retalho, divulgados ao longo da semana.
Noutros metais, a prata cede 2,68% para 30,47 dólares por onça. Já a platina recua 0,46% para 968 dólares e o paládio perde 0,64% para 986 dólares.
Procura chinesa fraca continua a pressionar os preços do petróleo
As cotações do crude estão a recuar mais de 2% e estendem as perdas registadas desde a semana passada, num momento em que os investidores digerem a contínua procura fraca por parte da China, o maior importador de crude do mundo.
Os dados da economia chinesa revelados este fim-de-semana revelaram uma inflação "anémica" para o consumidor em outubro, a par de uma queda nos preços à saída das fábricas.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 2,94% para 68,33 dólares por barril. Os contratos para o mês seguinte do WTI estão perto do valor mais baixo desde junho, ou seja, a contração de curto prazo no mercado físico está a diminuir, uma reviravolta face ao sentimento que se seguiu às eleições nos EUA.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, desvaloriza 2,65% para 71,91 dólares.
O "ouro negro" está também a ser pressionado por um dólar mais forte, o que faz com que os preços do petróleo se tornem menos apetecíveis.
Esta quarta-feira, a Administração de Informação sobre Energia norte-americana vai divulgar as projeções a curto prazo para o mercado, seguida pela Agência Internacional de Energia no dia seguinte. Os investidores estarão atentos a estes relatórios, ao mesmo tempo que vão olhar para mais um indicador de inflação nos EUA, o índice de preços no consumidor, divulgado também na quarta-feira.
Os analistas acreditam que a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) de adiar o previsto aumento da produção e o intensificar do conflito no Médio Oriente fomentaram um clima de risco que, entretanto, se dissipou, tirando força aos ganhos do crude.
Wall Street em alta ainda a beneficar do "rally" das eleições
Os principais índices em Wall Street abriram em alta pela quinta sessão consecutiva, à exceção do Nasdaq Composite, estendendo os ganhos obtidos após a reeleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos, ao mesmo tempo que o dólar avança para máximos de um ano.
Além disso, os investidores aguardam por mais dados relativos à inflação na maior economia do mundo, que pode dar mais pistas em relação aos próximos passos da Reserva Federal.
Esta quarta-feira é divulgado o índice de preços no consumidor. O mercado prevê que se tenha registado um aumento do mesmo ritmo do de setembro, quando subiu 0,2%.
"Com as eleições e outro corte nas taxas de juro ainda a atuar no mercado, a questão é se ainda é possível continuar a empurrar o mercado para novos máximos", disse a Morgan Stanley. Os dados de inflação desta semana podem determinar se o mercado mantém os seus ganhos".
O S&P avança 0,23% para 6.009,26 pontos, enquanto o Dow Jones sobe 0,9% para 44.383,02 pontos. Em contraciclo, o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,1% para 19.267,66 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, a Tesla sobe perto de 8%, ainda beneficiando do "rally" que registou à boleia das eleições dos EUA. Já a Apple e a Nvidia descem quase 2%.
A AbbVie afunda mais de 12% após dois ensaios do medicamento da farmacêutica para o tratamento de esquizofrenia não terem atingido o objetivo.
Euribor sobe a 3 e 6 meses mas a 12 meses cai para mínimo desde outubro de 2022
A Euribor subiu hoje a três e seis meses e desceu a 12 meses para um novo mínimo desde outubro de 2022.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 3,040%, continuou acima da taxa a seis meses (2,831%) e da taxa a 12 meses (2,528%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, avançou hoje para 2,831%, mais 0,009 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a setembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,26% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representavam 33,37% e 25,46%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, recuou hoje para 2,528%, menos 0,006 pontos do que na sexta-feira e um novo mínimo desde 06 de outubro de 2022.
Noutro sentido, a Euribor a três meses subiu hoje, ao ser fixada em 3,040%, mais 0,008 pontos do que na sessão anterior.
A média da Euribor em outubro desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em setembro e com mais intensidade nos prazos mais curtos.
Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.
Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.
Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Bolsas europeias avançam após três semanas de queda
As principais praças europeias arrancaram no verde esta segunda-feira, tentando acompanhar os ganhos de sexta-feira em Wall Street. Após três semanas com saldo negativo, as bolsas do Velho Continente estão a beneficiar de bons resultados de algumas cotadas.
O Stoxx600 sobe 0,97%, para 511,52 pontos, com os setores da construção, dos seguros e dos bens industriais a liderarem os ganhos.
O alemão DAX sobe 1,06%, o parisiense CAC40 ganha 1,1% e o britânico FTSE100 avança 0,69%.
Já o espanhol IBEX35 e o italiano FTSEMIB valorizam 0,72%.
Entre os principais movimentos do mercado, o Natwest avança 1,89% após o banco ter comprado mil milhões de libras em ações à Coroa britânica. Já a sueca Delivey Hero ganha 1,75% após a empresa de entrega de comida ter revelado que pretende cotar a sua unidade Talabat no Dubai.
A alemã Continental dispara 6,44% após ter reportado um salto de 62,8% nos lucros trimestrais, para 486 milhões de euros.
Juros na Zona Euro aliviam
Os juros das dívidas soberanas dos países da Zona Euro estão a aliviar esta segunda-feira. No caso da Alemanha, os analistas advertem que a perspetiva de eleições antecipadas poderá levar a um maior apetite pela dívida germânica e fazer subir as "yields".
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos cedem 2,9 pontos base, para os 2,827%, enquanto no país vizinho recuam 3,2 pontos, até aos 3,070%.
Já a "yield" da dívida alemã, "benchmark" no mercado europeu, cai 2,7 pontos base para 2,336%. As dívidas francesa e italiana registam uma queda de igual dimensão nos juros: 3,5 pontos base para 3,082% e 3,620%, respetivamente.
Dólar volta a avançar com impulso de Trump e Fed
A moeda norte-americana prossegue esta segunda-feira os ganhos dos últimos dias perante as principais divisas. A dar força ao dólar está a reeleição de Donald Trump para a presidência dos EUA e a convicção de que a Reserva Federal (Fed) irá ser mais comedida no alívio das taxas diretoras.
O dólar ganha 0,3% face à moeda única europeia, cotando nos 0,9358 euros, e avança 0,75% perante a divisa nipónica, para os 153,78 ienes.
A "nota verde" sobe ainda 0,18% em relação à libra esterlina e 0,38% face ao franco suíço.
Petróleo praticamente inalterado após maior queda em duas semanas
Os preços do petróleo estão a negociar praticamente inalterados esta manhã, depois de terem registado a maior queda em duas semanas na sexta-feira. A matéria-prima esteve a ser pressionada pelo mais recente anúncio da China, que apresentou um novo pacote de medidas de estímulo à economia que desapontou os investidores. Os mercados esperavam propostas de maior peso para apoiar o consumo nacional.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,06 % para 70,34 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, valoriza 0,08% para 73,93 dólares.
Os mercados têm estado a avaliar as perspetivas para a procura global de crude em 2025, bem como as repercussões que a eleição de Donald Trump como o novo inquilino da Casa Branca pode ter sobre o mercado petrolífero. Esta terça-feira, a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) vai divulgar o seu relatório mensal, onde deve atualizar as projeções de crescimento da procura mundial de petróleo para o próximo ano. Em outubro, o cartel reduziu as suas previsões de crescimento para 105,9 milhões de barris por dia – menos 100 mil do que a expectativa anterior.
"O mercado do crude atingiu um valor justo e sente-se confortável no nível dos 70 dólares", afirma Chris Weston, diretor de pesquisa do Pepperstone Group. "É verdade que temos o risco das eleições nos EUA que podem afetar as perspetivas de crescimento, mas não esperamos que essa batalha morda e tenha impacto esta semana", concluiu.
Ouro continua a ceder com apetite pelo risco em alta
O ouro, um dos principais portos de abrigo dos investidores em alturas mais voláteis, continua a recuar esta segunda-feira, depois de a reeleição de Donald Trump para a Casa Branca e o corte de 25 pontos base nas taxas diretoras por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana ter retirado fatores de incerteza do mercado.
A penalizar o metal amarelo está também a valorização do dólar face às principais divisas.
O ouro cede 0,55%, para os 2.669,93 dólares por onça, depois de ter caído quase 2% na semana passada.
O maior apetite dos investidores pelo risco está também a desviar as atenções para as ações e criptoativos, por exemplo.
Ásia no vermelho após estímulos desapontantes na China. Europa aponta para o verde
As expectativas eram elevadas, mas as autoridades chinesas voltaram a desiludir os mercados. O pacote de estímulos económicos anunciado na sexta-feira, que compreende um aumento do teto da dívida dos governos locais para 35,52 biliões de yuans, não agradou os investidores e levou as bolsas chinesas a terminarem a sessão, maioritariamente, no vermelho.
O Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 1,8%, enquanto o Shanghai Composite encerrou a ceder 0,1%. Já o CSI 300, "benchmark" para a negociação continental, conseguiu terminar à tona, apesar de ter chegado a perder quase 1,4%. A pressionar as bolsas chinesas estiveram ainda os novos dados da inflação no país, que continuam a ficar abaixo do esperado.
Em outubro, a taxa de inflação desacelerou para os 0,3%, quando em setembro se tinha cifrado nos 0,4%. É o número mais baixo em quatro meses e mostra que a China continua a enfrentar grandes pressões deflacionistas.
A eleição de Trump como o 47.º Presidente dos EUA também afetou o sentimento da negociação desta segunda-feira. Vários economistas esperavam um pacote de estímulos mais robusto para enfrentar as tarifas sobre produtos chineses que o novo presidente pretende impor – e, no rescaldo dos resultados eleitorais, a UBS decidiu rever em baixa as expectativas de crescimento da nação asiática para 2025 e 2026.
Pelo Japão, o Nikkei 225 encerrou em ligeira alta ao valorizar 0,08%, enquanto o Topix caiu 0,09%. O banco central do país prevê aumentar as taxas de juro até 1% no segundo semestre fiscal de 2025 da autoridade monetária – que começa em setembro. Isto se os preços e a economia evoluírem na medida do esperado.
Nas restantes praças asiáticas, o sul-coreano Kospi caiu 1,15% para mínimos de dois meses, enquanto o australiano S&P/ASX 200 cedeu 0,43%. Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura em alta, com o Euro Stoxx 50 a valorizar 0,4% no "premarket".