Notícia
Covid-19 penaliza bolsas europeias e ouro recua de máximos de nove anos
Acompanhe aqui o dia nos mercados, minuto a minuto.
Impostos de Trump abalam Dow e S&P 500 mas Nasdaq marca novos recordes
As bolsas norte-americanas encerraram em terreno misto, com a decisão do Supremo Tribunal dos EUA de permitir que o Ministério Público aceda às declarações de impostos de Trump a abalarem o Dow e o S%P 500. Já o Nasdaq ficou indiferente a esta decisão e fixou novos máximos históricos.
O Dow Jones fechou a ceder 1,39% para 25.706,09 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 0,56% para 3.152,05 pontos.
Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq Composite terminou com um ganho de 0,53% para se fixar nos 10.547,75 pontos, um recorde de fecho – tendo durante a sessão estabelecido um novo máximo histórico, nos 10.578,10 pontos.
O Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu hoje que um procurador do ministério público de Nova Iorque poderá consultar os registos de impostos do presidente norte-americano.
Apesar de, pelo menos por agora, se manter vedado o acesso ao Congresso, esta decisão acabou por constituir um golpe para a Administração Trump, o que abalou o Dow Jones e o S&P 500.
O mesmo não aconteceu com o Nasdaq, que continuou a ser sustentado por tecnológicas de peso, como a Alphabet, Apple e Microsoft.
Petróleo cai com receios de menor procura nos EUA
A matéria-prima está a perder terreno, penalizada pelos receios de que o contínuo aumento de casos de covid-19 nos EUA reduza o consumo de combustível no país, por força de novas medidas de restrição.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em agosto cede 2,91% para 39,71 dólares por barril.
Já o contrato de setembro do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 1,94% para 42,45 dólares.
Ambos os crudes estiveram já a perder mais de 3% na sessão desta quinta-feira.
O forte aumento de novos casos de covid-19, especialmente nos Estados Unidos – onde mais de três milhões de pessoas já foram infetadas –, suscita receios de uma nova queda do consumo de combustível numa altura em que tinha começado a retomar devido aos desconfinamentos.
Agora, com novas restrições a serem impostas em muitos estados norte-americanos, como a Califórnia e o Texas, a procura por combustível deverá voltar a regredir.
Os EUA reportaram mais de 60.000 novos casos de vírus na quarta-feira, o maior incremento diário reportado por um país num só dia. Os casos têm estado a aumentar em 42 dos 50 estados norte-americanos nas últimas duas semanas.
"Os casos de covid-19 continuam a aumentar nos EUA e os operadores questionam-se sobre quando é que isto terminará, quando é que a tendência vai mudar", comentou à Reuters uma analista petrolífera da Rystad Energy, Louise Dickson.
"Mas, tal como nos EUA, o Brasil e outros países continuam também a ser afetados pela covid-19, pelo que a procura corre riscos", acrescentou.
Europa forte no vermelho com covid-19 a enfraquecer economias
As principais praças europeias reuniram-se no vermelho, numa altura em que o pessimismo acerca do impacto da pandemia na economia toma conta dos investidores.
Apesar de, nos Estados Unidos, o número de pedidos de subsídio de desemprego ter ficado aquém do esperado, o que é um ponto de esperança, as notícias de despedimentos dão um mau sinal sobre o mercado de trabalho e o futuro poder de compra da população. O Wells Fargo, o maior empregador do país, anunciou que ivai dispensar milhares de trabalhadores na sequência da pandemia. Isto, ao mesmo tempo que o número de mortes por covid-19 na Florida bate recordes.
Esta quinta-feira fica ainda marcada pela eleição do próximo presidente do Eurogrupo, depois de Mário Centeno ter decidido não se recandidatar ao fim de dois anos e meio de mandato. Entre os candidatos estão os responsáveis de Espanha, Luxemburgo e Irlanda. O mandato do próximo presidente deverá começar a 13 de julho.
O índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, o Stoxx600, desliza 0,89% para os 363,20 pontos. Com perdas de mais de 1% fecharam Madrid, Londres, Paris e Lisboa.
Juros de Espanha voltam a cair abaixo dos de Portugal
Os juros de Portugal e de Espanha têm protagonizado uma disputa nas últimas semanas que tem conhecido várias oscilações, com constantes ultrapassagens na escala de risco.
Hoje foi a vez da taxa de referência espanhola cair abaixo da portuguesa, após ter acumulado uma redução de 0,3 pontos base para os 0,399%. Por sua vez, os juros a dez anos de Portugal subiram 0,4 pontos base para os 0,401%.
No resto da Europa a tendência é também díspar. A referência para o bloco, a Alemanha, viu a sua taxa cair 2,4 pontos base para os -0,467%, enquanto que os juros de Itália subiram 2,1 pontos base para os 1,220%.
Na Grécia, a taxa helénica continua a ser menos arriscada do que a rival italiana, tendo alargando o "spread" entre ambas com uma redução de 0,6 pontos base para os 1,084%.
Ouro recua de máximos de cerca de nove anos
Apesar de um início de sessão europeia positivo, o ouro foi perdendo força ao longo da sessão e perde agora 0,73% para os 1.795,77 dólares por onça.
Interrompe assim um "rally" de cinco sessões a valorizar, que lhe permitiu subir para o valor mais alto desde setembro de 2011.
Segundo a Bloomberg, as entradas em ETF de ouro este ano já superaram o recorde anual estabelecido há mais de uma década, o que mostra que os investidores continuam receosos e a jogar pelo seguro. Os especialistas acreditam que os ganhos do metal precioso podem não ficar por aqui.
Libra avança para máximos de quase um mês frente ao dólar. Euro recua
A libra está a valorizar pela quinta sessão consecutiva frente ao rival norte-americano dólar, com os investidores a reagirem ao plano de 30 mil milhões de libras anunciado pelo ministro das Finanças Rishi Sunak. Contudo, os riscos de um Brexit sem acordo travam maiores ganhos.
A moeda britânica avança 0,02% para os 1,2613 dólares, um máximo desde o dia 16 de junho, que só não é mais vincado devido às difíceis relações com a União Europeia.
Ontem, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson avisou a chanceler alemã que o Reino Unido está preparado para seguir em frente no Brexit sem acordo comercial caso a União Europeia mostre que não está preparada para alcançar um compromisso.
Já o euro assume uma tendência contrária ao desvalorizar 0,37% para os 1,1288 dólares.
Wall Street em alta após dados sobre o emprego
As bolsas dos Estados Unidos abriram em alta esta quinta-feira, 9 de julho, depois de ter sido divulgado que os novos pedidos de subsídio de desemprego no país caíram mais do que o esperado, alimentando o otimismo em torno da recuperação económica.
O índice tecnológico Nasdaq ganha 0,75% para 10.571,68 pontos enquanto o S&P500 valoriza 0,16% para 3.174,49 pontos. Já o Dow Jones contraria a tendência com uma queda ligeira de 0,06% para 26.052,24 pontos.
Antes da abertura do mercado, foi revelado que os novos pedidos de subsídio de desemprego diminuíram em 99 mil para 1,31 milhões na semana passada, quando as estimativas apontavam para um total de 1,38 milhões.
Os dados estão a dar novo ânimo aos investidores, que continuam mais focados na reabertura das economias do que nas notícias menos positivas sobre a evolução do vírus. Isto porque Hong Kong reportou a maior subida de novos casos desde o início da pandemia, ao mesmo tempo que nos Estados Unidos foram contabilizados 55 mil casos nas últimas 24 horas que elevaram o número de infetados no país para mais de 3 milhões, mais de um quarto do total a nível global.
Bolsas europeias sobem após duas sessões de perdas
Depois de duas sessões consecutivas de perdas, as bolsas europeias estão em alta esta quinta-feira, 9 de julho, com os investidores confiantes nas medidas de apoio garantidas por governos e bancos centrais para sustentar a retoma económica. A ajudar às subidas estão ainda algumas notícias positivas no capítulo dos resultados, como é o caso dos números reportados pela SAP. A maior empresa de tecnologia da Europa está a subir 7% depois de ter anunciado receitas acima do esperado no segundo trimestre, impulsionadas pela recuperação da procura na Ásia.
Nesta altura, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, avança 0,48% para 368,24 pontos, depois de uma sessão de ganhos nas principais praças asiáticas, que também contribuiu para o otimismo na Europa.
A bolsa de Xangai avançou pelo oitavo dia consecutivo, alargando para mais de 9% os ganhos acumulados esta semana, sustentada pelos apoios do governo e pelos dados positivos sobre a evolução das vendas a retalho no país.
Os investidores estão assim menos focados no aumento dos novos casos de covid-19 e mais concentrados na reabertura contínua das economias. A confiança nas medidas de apoio mantém-se, mesmo quando o número de infeções nos EUA superou os 3 milhões, mais de um quarto do total global.
Enquanto os bancos centrais "tiverem a intenção de continuar a estimular a economia global, os mercados continuarão a subir", afirmou Shana Sissel, diretora de investimentos do Spotlight Asset Group, na Bloomberg TV.
Ouro alarga “rally” na sexta sessão consecutiva de ganhos
O ouro está a valorizar pela sexta sessão consecutiva, depois de ter tocado ontem no valor mais alto desde setembro de 2011.
Os investidores continuam a apostar neste ativo de refúgio numa altura em que o aumento dos novos casos de infetados com covid-19 continua a motivar preocupações sobre a retoma global e a duração desta crise sanitária.
Na sexta sessão consecutiva de ganhos, o ouro avança 0,20% para 1.812,49 dólares, depois de ter tocado ontem nos 1.818,02 dólares, o valor mais alto em quase nove anos.
Segundo a Bloomberg, as entradas em ETF de ouro este ano já superaram o recorde anual estabelecido há mais de uma década, o que mostra que os investidores continuam receosos e a jogar pelo seguro. Os especialistas acreditam que os ganhos do metal precioso podem não ficar por aqui.
"Os argumentos para a subida do ouro acima dos 1.800 dólares são bastante fortes,com o dólar americano mais fraco, o aumento dos casos de covid-19 e alguns responsáveis da Fed a questionarem a recuperação dos EUA ", disse Warren Patterson, chefe de estratégia de commodities do ING Groep, em Singapura, citado pela Bloomberg. "Parece que é apenas uma questão de tempo até testarmos os máximos de todos os tempos".
Juros da dívida em queda na Zona Euro
Os juros da dívida pública estão a descer na generalidade dos países do euro, numa altura em que, apesar do relativo otimismo dos investidores com os apoios à recuperação da economia, se mantêm os receios quanto à evolução da pandemia do coronavírus.
Por cá, a yield associada às obrigações a dez anos desliza 0,4 pontos base para 0,393%, depois de ter quebrado ontem um ciclo de cinco sessões consecutivas de alívio.
Na vizinha Espanha, os juros a dez anos descem 0,8 pontos base para 0,394%, praticamente igualando o prémio exigido pela dívida portuguesa na mesma maturidade.
Já em Itália a yield cai 0,2 pontos para 1,197% e na Alemanha recua 0,8 pontos para -0,450%.
Dólar próximo de mínimos de três semanas antes dos dados do desemprego
O dólar segue com uma ganho muito ligeiro depois de já ter tocado hoje no valor mais baixo desde 16 de junho, com a subidas dos ativos de maior risco, dos últimos dias, a retirar atratividade a este ativo de refúgio.
O índice que mede a evolução do dólar face às principais congéneres mundiais avança agora ligeiros 0,03%, antes de serem conhecidos os dados sobre os pedidos de desemprego nos Estados Unidos, que darão uma imagem mais clara sobre o impacto do coronavírus na recuperação do mercado de trabalho. Isto numa altura em que o surto ainda não parece controlado na maior economia do mundo, com estados como o Texas, Flórida e Arizona a reportarem aumentos nos novos casos de infetados.
Segundo economistas consultados pela Bloomberg, os novos pedidos de subsídio de desemprego deverão ter atingido 1,38 milhões na semana passada, o que compara com 1,43 milhões na semana anterior.
Já o euro soma 0,07% para 1,1339 dólares.
Petróleo em queda ligeira com aumento das reservas nos EUA
O petróleo está em queda nos mercados internacionais, com o aumento das reservas nos Estados Unidos a alimentar novos receios em relação à procura, enquanto os novos casos de covid-19 continuam a subir em algumas regiões do mundo.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desliza 0,32% para 40,77 dólares, enquanto o Brent, transacionado em Londres, cai 0,25% para 43,18 dólares.
Segundo dados do governo dos Estados Unidos, as reservas no centro de Cushing, um dos principais pontos de armazenamento do país, aumentaram em 2,2 milhões de barris na semana passada, a primeira subida desde o início de maio.
A nível nacional, as reservas subiram em 5,65 milhões de barris, na semana passada, de acordo com os dados da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos. No entanto, os inventários de gasolina registaram a maior queda desde março, sugerindo que há cada vez mais pessoas a regressarem ao trabalho.
Futuros sobem na Europa
Esta quinta-feira marca mais uma sessão de ganhos para as ações europeias depois de mais de um dia de subidas nas praças asiáticas à boleia do otimismo no mercado acionista da China. A bolsa de Xangai já sobe cerca de 9% esta semana.
Em Tóquio, Coreia do Sul, e Austrália a sessão também foi de ganhos.
Os investidores estão otimistas quanto à possibilidade de governos e bancos centrais continuarem a apoiar a recuperação da economia, mesmo quando a pandemia já tiver abrandado.
Isto apesar de ainda haver focos preocupantes, sobretudo nos Estados Unidos, com os novos casos a aumentar ainda em estados como o Arizona e o Texas.