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Europa fecha no vermelho com investidores à espera de atas da Fed
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quarta-feira.
Europa fecha no vermelho com investidores à espera de atas da Fed
As bolsas europeias fecharam no vermelho, numa altura em que os investidores analisam dados económicos mais fracos do que o esperado na China e aguardam a divulgação das atas da última reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Dados divulgados esta quarta-feira na China mostram que a indústria dos serviços no país evoluiu ao ritmo mais lento em cinco meses. O índice PMI, do Caixin, passou de 57,1 em maio para 53,9 em junho.
O Stoxx 600, referência para a região, desvalorizou 0,73%, com o setor das utilities (água, luz e gás) a ser o que mais caiu (-1,88%). Também o do petróleo & gás e o dos serviços financeiros fecharam o dia entre as maiores quedas, (-1,67% e -1,43%, respetivamente).
Entre as principais praças europeias, o alemão Dax perdeu 0,63%, o francês CAC-40 caiu 0,80%, o italiano FTSE Mib deslizou 0,59%, o britânico FTSE 100 desvalorizou 1,03% e o Aex, em Amesterdão, cedeu 1,13%. Já o espanhol Ibex 35 perdeu 1,06%. Por cá, o PSI recuou 0,36%.
A Fed divulga esta quarta-feira as atas do último encontro de política monetária do banco central, a 13 e 14 de junho, do qual saiu a decisão de manter os juros inalterados no intervalo entre 5% e 5,25%. O "dot plot" (mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores), contudo, dava conta de mais aumentos este ano. A expectativa dos investidores é de que o documento hoje divulgado providencie mais pistas sobre o curso da política monetária.
Juros mistos na Zona Euro
Os juros da dívida soberana na Zona Euro fecharam mistos, num dia em que o Banco Central Europeu (BCE) divulgou que as expectativas sobre a inflação na região voltaram a recuar em maio. Já em abril tinham registado uma queda significativa.
A expectativa média da inflação na Zona Euro para os próximos 12 meses recuou de 4,1% em abril para 3,9% em maio. Já no que diz respeito ao aumento dos preços no consumidor para os próximos três anos manteve-se inalterada nos 2,5%.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, agravou-se 2,3 pontos base para 2,473%, enquanto os juros da dívida pública italiana aliviaram 2,9 pontos base para 4,160%.
Os juros da dívida soberana portuguesa com a mesma duração subiram 0,5 pontos base para 3,179%, os juros da dívida espanhola cresceram 0,2 pontos base para 3,525% e os juros da dívida francesa aumentaram 1,9 pontos base para 3,015%.
Fora da região, os juros da dívida britânica agravaram-se 8,1 pontos base para 4,488%,
Expectativas mais otimistas sobre inflação impulsionam euro
O euro subiu 0,27% durante a sessão desta quarta-feira para 1,0908 dólares, no mesmo dia em que a sondagem do Banco Central Europeu (BCE) revelou que as expectativas sobre a inflação na Zona Euro caíram em maio.
Entretanto, a moeda única negoceia agora na linha de água. a somar 0,03% para 1,0882 dólares.
A média das expectativas da inflação na Zona Euro para os próximos 12 meses caiu de 4,1% em abril para 3,9% em maio.
Já as expectativas sobre a evolução dos preços para os próximos três anos mantiveram-se inalteradas em 2,5%.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras 10 divisas – sobe 0,10% para 103,143 pontos, antes de serem divulgadas as atas da última reunião da Fed, depois de na semana passada o presidente do banco central, Jerome Powell, ter deixado claro que os juros diretores vão continuar a subir.
Petróleo sobe com novos cortes da oferta
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta nos principais mercados internacionais, com os cortes adicionais da oferta a ofuscarem os receios em torno da economia global.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 2,79% para 71,74 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,43% para 76,58 dólares.
No arranque deste mês, além do renovado corte da oferta por parte dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+), a Arábia Saudita fechou a torneira a mais um milhão de barris por dia e já veio dizer esta semana que renovará esse corte adicional, e unilateral, no mês de agosto – tendo a Rússia anunciado também uma redução diária extra de 500.000 barris e a Argélia de 20.000 barris.
Voo dos falcões esconde brilho do ouro
O ouro recua ligeiramente (-0,08%) para 1.924,03 dólares por onça, numa altura em que os investidores aguardam a divulgação das atas referentes à última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
Os investidores procuram pistas sobre o futuro da política monetária do banco central que se tem pautado por um discurso "hawkish", tendo o seu líder, Jerome Powell, apontado para a possibilidade mais duas subidas da taxa dos fundos federais este ano.
O ouro já deslizou cerca de 6% desde o pico de maio pressionado por esta retórica "hawkish".
Esta queda reflete-se nos ETF (Exchange traded funds) correlacionados com o metal amarelo que já viram escapar 40 toneladas do metal precioso nas últimas 12 sessões, segundo as estimativas da Bloomberg.
Wall Street no vermelho à espera das atas da Fed
Wall Street começou a sessão em terreno negativo, com os investidores à espera da divulgação das atas da última reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana, as quais podem dar pistas sobre o futuro dos juros diretores nos EUA.
O industrial Dow Jones cai 0,39% para 34.283,55 pontos, enquanto o S&P 500 desvaloriza 0,32% para 4.441,33 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,29% para 13.777,70 pontos.
A Reserva Federal norte-americana vai divulgar as atas do último encontro de política monetária, realizado a 13 e 14 de junho, quando decidiu fazer uma pausa na subida da taxa dos fundos federais, que se manteve no intervalo entre 5% e 5,25%.
O "dot plot" sinalizava, ainda assim, mais aumentos dos juros diretores este ano – e o presidente da Fed, Jerome Powell, veio dizer no Fórum BCE, em Sintra, que o banco central o deverá fazer pelo menos mais duas vezes até dezembro.
Powell referiu ainda um dia depois do Fórum em Madrid, durante um evento promovido pelo Banco de Espanha, que o banco central pode continuar a alternar entre pausas e subidas dos juros diretores, mas que também não fecha a porta a subidas consecutivas da taxa dos fundos federais. Ou seja tudo está em aberto e a única certeza é que o caminho "hawkish" está traçado.
Euribor desce a três meses e sobe a seis e a 12 meses
As taxas Euribor desceram hoje a três meses e subiram a seis e a 12 meses, face a terça-feira, para novo máximo no prazo mais longo.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje para 4,165%, mais 0,001 pontos, face a terça-feira, um novo máximo desde 20 de novembro de 2008.
Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representava 41% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 33,7% e 22,9%, respetivamente.
A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,862% em maio para 4,007% em junho, mais 0,145 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, subiu hoje, ao ser fixada em 3,895%, mais 0,007 pontos que na terça-feira, depois de ter subido em 23 de junho até 3,933%, também um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,682% em maio para 3,825% em junho, mais 0,143 pontos.
A Euribor a três meses, por sua vez, caiu hoje para 3,589%, menos 0,024 pontos, face ao dia anterior, depois de na segunda-feira ter atingido um novo máximo desde 04 de dezembro de 2008 (3,613%).
A média da Euribor a três meses subiu de 3,372% em maio para 3,536% em junho, ou seja, um acréscimo de 0,164 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 15 de junho, o BCE voltou a subir os juros, pela oitava reunião consecutiva, em 25 pontos base - tal como em 4 de maio -, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.
Antes, em 27 de outubro e em 08 de setembro as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Economia chinesa penaliza bolsas europeias
As principais praças europeias abriram no vermelho, depois de durante a sessão asiática terem sido divulgados dados das PMI nos serviços que mostraram o menor crescimento em cinco meses, o que está a pesar no sentimento, uma vez que os sinais de recuperação económica na China se vão cada vez mais desvanecendo.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recua 0,49% para 459,04 pontos, com todos os setores a desvalorizar. A tecnologia regista as maiores quedas de 1%, juntamente com o setor mineiro que perde 0,93%.
Os índices europeus têm registado menor volume de negociação no início de junho, depois de uma forte primeira metade do ano. A influenciar poderá também estar um feriado nos Estados Unidos, na terça-feira, em que as bolsas se encontraram encerradas e voltam a reabrir hoje.
O foco do mercado irá estar na divulgação das atas da reunião de junho da Reserva Federal norte-americana em que o banco central optou por manter os juros diretores inalterados.
"Parece que as últimas declarações dos vários banqueiros centrais apontam para mais subidas de juros, que terão de ser digerias. A mais baixa liquidez durante o verão poderá esconder alguns movimentos interessantes nos mercados dadas as reunião dos bancos centrais e as apresentações de resultados das cotadas", afirmou Leonardo Pellandini, analista do Banco Julius Baer, à Bloomberg.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax desvaloriza 0,65%, o francês CAC-40 cede 0,38%, o italiano FTSEMIB recua 0,27%, o britânico FTSE 100 perde 0,41% e o espanhol IBEX 35 cai 0,45%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,58%.
Em Lisboa, o PSI está na linha d'água nos 5.965,8 pontos.
Juros da Zona Euro inalterados antes de resultados do inquérito às expectativas dos consumidores
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão praticamente inalterados, a agravar-se ligeiramente, com os investidores focados em discursos de alguns membros do Banco Central Europeu (BCE), bem como nos resultados do inquérito do BCE às expectativas dos consumidores.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, está inalterada nos 2,450%, enquanto os juros da dívida pública italiana crescem 0,2 pontos base para 4,191%.
Os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade agravam-se 0,2 pontos base para 3,176%, ao passo que os juros da dívida francesa somam 0,1 pontos base para 2,997% e os da dívida espanhola acrescem 0,3 pontos base para 3,526%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica a dez anos agravam-se 2,9 pontos base para 4,435%.
Euro ganha face ao dólar. Olhos postos na Fed
O euro está a valorizar face ao dólar norte-americano, numa altura em que os investidores se encontram a aguardar mais pistas sobre o futuro da política monetária levada a cabo pelo central dos Estados Unidos, que deverá constar das minutas da reunião de junho da Fed.
A moeda única europeia avança 0,15% para 1,0895 dólares.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras 10 divisas – está inalterado nos 103,037 pontos.
Ouro recua ligeiramente, com foco nas atas da Fed
O ouro está a recuar ligeiramente e a negociar com oscilações limitadas, com o foco dos investidores na divulgação das atas da reunião de política monetária da Reserva Federal norte-americana relativas à reunião de junho esta terça-feira.
O metal amarelo cede 0,04% para 1.924,67 dólares por onça.
"As minutas da Fed devem divulgar um debate em que há mais subidas dos juros diretores por vir. Isto pode causar alguma fraqueza ao ouro no curto-prazo, mas a médio-prazo aqueles que procuram maior segurança devem começar a investir" neste metal, que estará mais barato, disse Clifford Bennet, economista-chefe da ACY Securities à Reuters.
Dados na China desapontam. Petróleo negoceia sem direção definida
O petróleo está a negociar misto, com os investidores a avaliarem, ao mesmo tempo, cortes na produção por parte da Arábia Saudita, Rússia e Argélia e dados económicos que mostram um abrandamento na economia chinesa - o maior importador de crude do mundo.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – sobe 1,68% para 70,96 dólares por barril, invertendo as perdas registadas na sessão asiática, enquanto o Brent do Mar do Norte – negociado em Londres e referência para as importações europeias – segue a recuar 0,43% para 75,92 dólares por barril.
Os cortes na produção por parte da Arábia Saudita em um milhão de barris diários já a partir de julho e da Rússia de 500 mil barris por dia em agosto não foram suficientes para levar a uma alta nos preços. As preocupações com a procura global e mais subidas das taxas de juro continuam a preocupar o mercado e podem levar a uma quebra do crescimento económico ainda maior e a um menor consumo petrolífero.
Os investidores estão esta quarta-feira atentos as atas do último encontro de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos à procura de mais pistas sobre o que poderá ser decidido nos próximos meses.
"Os preços do petróleo têm estado sob pressão devido a maiores preocupações com uma desaceleração das economias globais e a possibilidade mais subidas dos juros diretores nos Estados Unidos e na Europa", disse Tomomichi Akuta, analista da Mitsubishi UFJ Research and Consulting, à Reuters.
"O mercado deve provavelmente andar para trás e para a frente durante algum tempo, focado nos indicadores económicos na China e na política monetária dos bancos centrais, acrescentou, prevendo que o Brent se mantenha em cerca de 75 dólares por barril.
Abrandamento da economia chinesa penaliza bolsas asiáticas. Europa aponta para perdas
Os principais índices europeus estão a apontar para uma abertura em baixa, com os investidores focados num conjunto de dados económicos que permitirão melhor compreender o estado da economia europeia.
Esta quarta-feira são conhecidos os números do índice composto de gestores de compras (PMI) na Zona Euro de junho, bem como o índice de preços no produtor relativos a maio. É ainda conhecida a produção industrial em França.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 deslizam 0,2%.
Na Ásia, a sessão foi negativa, com o mercado focado na divulgação de dados relativos à indústria dos serviços (PMI) de junho da Caixin que mostrou o maior abrandamento no crescimento da atividade económica em cinco meses, abaixo do que era perspetivado. Uma das razões, indica a Reuters, será o abrandamento da procura no período de recuperação pós-pandemia.
Os "traders" estão ainda focados na visita da secretária de Estado do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, a Pequim que tem início esta quinta-feira, numa altura de crescentes tensões em torno do comércio ligado a tecnologias de semicondutores e inteligência artificial entre os dois países.
"O facto de o PMI dos serviços ter eliminado qualquer esperança de uma recuperação na economia chinesa, mesmo depois de medidas de estímulo terem sido anunciadas traz o foco de volta para o abrandamento do 'momentum' na China e o recente aumento da ansiedade geopolítica", afirmou o analista Charu Chanana da Saxo Capital Markets à Bloomberg.
Na China, Xangai recuou 0,6% e, em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,1%. Na Coreia do Sul, o Kospi cedeu 0,4%, enquanto no Japão, o Topix deslizou 0,1% e o Nikkei desceu 0,4%.