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Abertura dos mercados: Bolsas europeias em máximos de três semanas. Petróleo e ouro em queda

As bolsas europeias estão a negociar em máximos de três semanas, enquanto o euro negoceia em queda, depois de um membro do Banco Central Europeu ter avançado que a autoridade monetária vai acelerar a compra de activos no âmbito do programa de flexibilização quantitativa.

Investidores reagem com alguma apreensão ao resultados das eleições na Grécia no início da sessão
Reuters
19 de Maio de 2015 às 08:47
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Os mercados em números

 

PSI-20 sobe 0,75% para 6.152,12 pontos

Stoxx 600 valoriza 1,25% para 403,07 pontos

Topix avançou 0,41% para 1.633,33 pontos; Nikkei subiu 0,68% para 20.026,38 pontos

"Yield" da dívida portuguesa a 10 anos cai 11,9 pontos base para 2,296%

Euro recua 1,03% para 1,1199 dólares

Petróleo em Londres cai 0,91% para 65,67 dólares por barril

 

Bolsas europeias em máximos de três semanas

 

As bolsas europeias estão a negociar em alta pela segunda sessão consecutiva, impulsionadas sobretudo pelo sector automóvel. A Volkswagen e a Renault registam ganhos superiores a 3% depois de ter sido divulgado que a venda de automóveis europeus cresceu 6,9% em Abril pelo 20º mês consecutivo. 

 

O índice de referência para a a Europa, o Stoxx600, valoriza 1,25% para 403,07 pontos, o valor mais elevado das últimas três semanas.  

 

Yields da dívida europeia aliviam

 

Os juros da dívida dos países europeus estão a aliviar esta terça-feira, com a expectativa de que o Banco Central Europeu vai aumentar o ritmo de compra de activos no âmbito do programa de flexibilização quantitativa neste e no próximo mês. Os juros associados à dívida alemã a 10 anos caem 6,4 pontos base para 0,585%. 

 

Já a 'yield' associada à dívida portuguesa no mesmo prazo alivia 11,9 pontos base 2,296%. Como a descida dos juros portugueses é mais acentuada do que a queda das yields alemãs, o risco da dívida portuguesa também está a cair - desce 3,6 pontos para 169,8 pontos base.  Este "spread", ou prémio de risco, mede o preço exigido pelos investidores para comprarem dívida portuguesa em detrimento da alemã.

 

Euro cai mais de 1% face ao dólar

 

O euro perde 1,03% para 1,1199 dólares após Benoit Coeure, membro do Banco Central Europeu, ter admitido que o banco central pode acelerar a compra de activos nos meses de Maio e Junho. "O aumento das compras de activos que os analistas vão assistir nas próximas semanas nada têm a ver com a recente volatilidade dos mercados", garantiu o membro do Banco Central Europeu, Benoit Coeure. 


O banco central vai acelerar a compra de activos durante Maio e Junho para assegurar a tradicional baixa liquidez, que caracteriza os meses de verão, assegurou Benoit Coeure. "Se necessário, este aumento será equilibrado com uma redução em Setembro, quando a liquidez volta, novamente, a aumentar", acrescentou. 

 

Crude em Nova Iorque negoceia na casa dos 59 dólares

 

O petróleo segue em queda nos mercados internacionais. Os investidores aguardam a divulgação dos dados oficiais do governo norte-americano sobre as reservas de crude dos Estados Unidos, que deverão ter caído pela terceira semana consecutiva.

 

Segundo dados estimativas compiladas pela Bloomberg, as reservas de crude terão diminuído em 2 milhões de barris na semana que terminou a 15 de Maio.

 

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque desce 0,56% para 59,10 dólares enquanto o Brent, transaccionado em Londres, desce 0,91% para 65,67 dólares.  

 

Ouro cai pela primeira vez em seis sessões

 

O metal precioso está em queda depois de cinco sessões de subidas, com os investidores a aguardarem a divulgação das minutas da Fed sobre a última reunião de política monetária para obterem pistas sobre o ‘timing’ da subida dos juros. A divulgação das minutas está agendada para amanhã.

 

O ouro cai 0,4% para 1.220,50 dólares a onça, depois de ter atingido os 1.232,44 dólares na sessão de ontem, o valor mais elevado desde meados de Fevereiro.

 

 

Destaques do dia 

 

CaixaBI prevê aumento de 9% nos lucros da Mota-Engil. Os lucros da Mota-Engil deverão ter aumentado 9% no primeiro trimestre para oito milhões de euros face a período homólogo. Segundo a estimativa do CaixaBI, a subida do resultado líquido deve-se à melhoria dos lucros operacionais.

 

Bancos defendem mais regulação com receio de bolha financeira. Os líderes do HSBC, UBS, Deutsche Bank e BlackRock subscreveram uma declaração conjunta do Fórum Económico Mundial, solicitando a aplicação de regulação macroprudencial para estabilizar o sistema financeiro.

 

FMI: Normalização vai trazer juros da dívida mais altos a Portugal. Portugal está a beneficiar da "caça à rendibilidade", num contexto de juros baixos, o que explica os mínimos das taxas da dívida. Algo que, diz o FMI, poderá acabar com a normalização da política monetária. E aí, a factura com os juros subirá.

 

Goldman Sachs reviu em baixa perspectivas para os preços do petróleo e lucros das petrolíferas. O Goldman Sachs reviu em baixa as suas perspectivas para os preços do petróleo a longo prazo, antecipando que o barril de Brent ronde os 55 dólares em 2020. Já para 2015, o banco revê em alta os preços estimando que o barril de Brent negoceie nos 58 dólares por barril e que o WTI negoceie nos 52 dólares.

 

CTT e Atlântico disputam compra do ActivoBank. Dos quatro candidatos à compra do banco electrónico do BCP e cujo interesse era conhecido, dois vão avançar com ofertas. Fidelidade pode ficar pelo caminho, por causa do interesse da Fosun no Novo Banco. Finantia terá desistido.

 

Atenas nega que precise de mais empréstimos ou de impor perdas aos depositantes. O Governo grego diz que não precisa de um terceiro resgate e que os bancos não imporão perdas, como sucedeu em Chipre, em caso de recapitalização. Porta-voz diz que há quatro "linhas vermelhas" que Tsipras não pisará, mas espera acordo nesta semana. Já Bruxelas volta a pedir mais empenho e adverte para excesso de optimismo.

 

O que vai acontecer hoje

 

Resultados. Wal-Mart e Vodafone apresentam os resultados relativos ao primeiro trimestre deste ano.

 

Alemanha. Divulgação do indicador de expectativas económicas do instituto alemão ZEW, em Maio.

 

Zona Euro. Divulgação dos dados dabalança comercial, em Março, e do índice de preços no consumidor, em Abril.

 

Estados Unidos. Divulgação dos números da construção de novas habitações, em Abril.

 

FMI. O secretário do Tesouro dos EUA, Jacob Lew, e a directora do FMI, Christine Lagarde, discursam na reunião anual do Bretton Woods Committee.

 

Banco de Inglaterra. Divulgação das minutas relativas à mais recente reunião de política monetária, realizada a 11 de Maio. 

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