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Abertura dos mercados: Tensão entre EUA e Coreia do Norte condiciona mercados

A tensão geopolítica que envolve a Coreia do Norte e os EUA está a ditar a queda das bolsas. Já o ouro volta a servir de refúgio e sobe.

Reuters
09 de Agosto de 2017 às 09:22
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,87% para 5.231,13 pontos

Stoxx 600 cai 0,41% para 381,09 pontos

Nikkei desvalorizou 1,29% para 19.738,71 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 0,9 pontos base para 2,853%

Euro deprecia 0,14% para 1,1736 dólares

Petróleo desce 0,06% para 52,11 dólares por barril

 

Escalada da tensão EUA/Coreia do Norte pressiona bolsas

As bolsas europeias seguem em queda, a reflectir os receios dos investidores em torno do aumento de tensão entre os EUA e a Coreia do Norte, após Trump ameaçar responder às ameaças de Pyongyang com "fúria e fogo". E a resposta da Coreia voltou a ser de provocação, revelando que está a ponderar atacar a ilha de Guam, que pertence aos EUA, através de um ataque com mísseis balísticos. 

O Stoxx 600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, está a ceder 0,41% para 381,09 pontos. Já na praça lisboeta, a queda é de 0,87%, numa altura em que o BCP cai mais de 2% para 0,2331 euros.

A descida das bolsas na Ásia foi mais pronunciada, com os investidores a reagirem de forma mais pronunciada às provocações dos dois países.

 

Juros descem com redução do apetite pelo risco

As taxas de juro implícitas na dívida nacional estão em queda, a acompanhar a tendência generalizada na Europa. A taxa a 10 anos da dívida portuguesa está a ceder 0,9 pontos base para 2,853%, enquanto os juros da Alemanha estão a descer 1,2 pontos para 0,462%, colocando o prémio de risco nos 239 pontos.

 

A contribuir para a redução dos juros está, essencialmente, a redução do apetite dos investidores pelo risco, numa altura em que preferem ser mais cautelosos devido à tensão que se vive entre os EUA e a Coreia do Norte.

 

Mercado cambial também reage às tensões geopolíticas

O euro está a registar uma queda ligeira frente ao dólar, com os investidores algo expectantes em relação à situação entre os EUA e a Coreia. Além disso, o mercado aguarda pela divulgação de indicadores económicos, como a inflação nos EUA, de forma a saberem se haverá mais pistas sobre o próximo passo da Reserva Federal (Fed). Isto um dia antes de o presidente da Fed de Nova Iorque, William Dudley, discursar, o que poderá também dar algumas indicações ao mercado.

 

Petróleo em queda

O cenário de incerteza e tensão geopolítica está a levar também à queda dos preços do petróleo. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a descer 0,06% para 52,11 dólares, recuando pelo terceiro dia consecutivo essencialmente devido aos receios de que a produção de matéria-prima dos EUA anule o impacto dos cortes realizados pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).


Ouro sobe pelo segundo dia

O ouro está a servir de refúgio para muitos investidores que, perante a incerteza, preferem sair de activos considerados de maior risco. E o ouro é um dos primeiros a beneficiar destes movimentos. Esta matéria está a subir 0,65% para 1.269,11 dólares por onça. 

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