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Abertura dos mercados: Subida dos juros e resultados negativos deixam bolsas no vermelho pela quinta sessão

A subida dos juros das obrigações alemãs e norte-americanas continua a contagiar os mercados accionistas, que estão também a ser penalizados pelos resultados desfavoráveis do Deutsche Bank e Alphabet. O petróleo está em alta e a Bitcoin volta a afundar.

Bloomberg
02 de Fevereiro de 2018 às 09:14
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Os mercados em números

PSI-20 cede 0,34% para 5.587,75 pontos

Stoxx 600 0,51% para 391,5 pontos

Nikkei desceu 0,9% para 23.274,53 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,4 pontos base para 1,962%

Euro estável nos 1,2513 dólares

Petróleo em Londres ganha 0,39% para 69,92 dólares 

 

Resultados deixam bolsas no vermelho 

As bolsas europeias estão a descer pela quinta sessão consecutiva, o que corresponde à série de quedas mais prolongada desde Novembro. As acções continuam a ser penalizadas pela alta dos juros das obrigações e também pelos resultados desfavoráveis apresentados por diversas cotadas. É o caso da Alphabet, dona da Google, que apresentou lucros abaixo do esperado, e também da Apple, que apresentou estimativas de receitas que decepcionaram os investidores. Já hoje, na Europa, as notícias são também negativas, já que as acções do Deutsche Bank afundam mais de 6% depois do banco alemão ter apresentado resultados que ficaram abaixo do esperado.

O Stox600 cai 0,51% para 391,5 pontos, depois de também nas praças asiáticas a sessão ter sido de sinal negativo. O MSCI Asia Pacific recuou 0,4% e prepara-se para fechar a semana com o pior desempenho desde 2016.

Em Lisboa o PSI-20 acompanha este sentimento negativo, com uma queda de 0,34% para 5.587,75 pontos, naquela que também é a quinta sessão consecutiva de perdas. O índice português está a ser pressionado sobretudo pelo Banco Comercial Português, que desce 1,13% para 30,67 cêntimos, depois desta manhã o Bank Millennium, banco polaco participado em 50,1% pelo BCP, ter comunicado ao mercado que obteve lucros de 681 milhões de zlotys (160 milhões de euros) em 2017.

 

Juros da dívida em máximos

No mercado de obrigações persiste o sentimento negativo, com as "yields" da Alemanha e dos Estados Unidos a renovarem máximos perante os receios de que a subida da inflação obrigue os bancos centrais a adoptar uma política monetária mais restritiva.

O Banco Central Europeu tem dado sinais de que o programa de compra de activos pode terminar já em Setembro, o que tem tido impacto mais acentuado na dívida alemã. A "yield" das bunds a 10 anos sobe 1,8 pontos base para 0,738%, o que corresponde ao nível mais elevado desde Setembro de 2015. Nos Estados Unidos o juro dos títulos de dívida soberana a 10 anos está nos 2,79%, um máximo desde 2014, sendo que os analistas adiantam que o "bear market" nas obrigações será atingido quando a "yield" das treasuries superar os 3%.

Na dívida portuguesa a "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos avança 1,4 pontos base para 1,962%, sendo que o spread face às bunds segue estável nos 122,4 pontos base.

Euro acima dos 1,25 dólares

O euro segue estável face à moeda norte-americana, negociando acima dos 1,25 dólares e por isso muito perto de máximos de Dezembro de 2014. O mercado cambial será hoje condicionado pela divulgação da taxa de desemprego nos EUA, que deverá ter permanecido em mínimos de quase 17 anos, nos 4,1%, em Janeiro. A maior economia do mundo deverá dar sinais de que o mercado laboral continua a recuperar, com o número de novos postos de trabalho a aumentar no primeiro mês do ano.

 

Petróleo em Londres nos 70 dólares

O petróleo volta a negociar em alta neste final de semana, sustentado pelas previsões dos analistas que apontam para a alta da cotação da matéria-prima. O WTI em Nova Iorque soma 0,61% para 66,20 dólares e o Brent em Londres ganha 0,39% para 69,92 dólares.

 

O Goldman Sachs vê a cotação do Brent nos 75 dólares no espaço de três meses e nos 82,50 dólares em seis meses, bem acima dos 62 dólares estimados anteriormente. "O reequilíbrio do mercado petrolífero deverá ser alcançado seis meses mais depressa do que esperávamos anteriormente", explica o Goldman Sachs, que diz que as condições para investir nas matérias-primas são as mais favoráveis desde 2008.

 

Bitcoin abaixo dos 9 mil dólares

As moedas digitais prosseguem o movimento de forte correcção, com a bitcoin a afundar 3,4% para 8.690 dólares, bem distante do máximo histórico de 19.666 que atingiu em Dezembro. A criptomoeda está a ser penalizada pela decisão do Facebook em banir a publicidade às criptomoedas, bem como à crescente pressão dos reguladores sobre a actividade das bolsas que transaccionam estes activos. 

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