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Lucros da Alphabet abaixo das previsões

A gigante tecnológica Alphabet, que detém a Google e Youtube, registou no quarto trimestre de 2017 lucros abaixo do esperado pelos analistas, devido nomeadamente a um aumento dos pagamentos aos parceiros de buscas na web e a maiores despesas de marketing.

Bloomberg
01 de Fevereiro de 2018 às 23:57
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A Alphabet – que substituiu a Google em bolsa e que a detém a 100% – reportou esta quinta-feira à noite os resultados do seu quarto trimestre fiscal, tendo os lucros ficado aquém das estimativas do consenso de mercado.

 

A contribuir para este desempenho inferior ao esperado estiveram vários factores, como um aumento dos pagamentos aos parceiros de buscas na web, maiores despesas de marketing e problemas no YouTube que pesaram no negócio publicitário durante a época natalícia, informou a empresa liderada por Larry Page.

 

A tecnológica referiu ainda que a provisão para impostos relacionada com a nova reforma fiscal da Administração Trump, aprovada em Dezembro, também pesou nos lucros.

 

Este aprovisionamento, no valor de 9,9 mil milhões de dólares [a título dos impostos que a empresa terá de pagar para repatriar capitais que tem fora dos EUA], resultou num prejuízo de 3,02 mil milhões de dólares (ou 4,35 dólares por acção) para a Alphabet entre Outubro e Dezembro.

 

Excluindo este custo extra, a empresa registou lucros de 9,70 dólares por acção – ficando abaxo da projecção média dos analistas inquiridos pela Bloomberg, que apontavam para 10,04 dólares.

 

Os custos de aquisição de tráfego, pagamentos a fabricantes de telemóveis e browsers da web aumentaram em 6,45 mil milhões de dólares,ou 24% da receita total da Google com a publicidade. A Google atribui este aumento das despesas ao crescente número de anúncios que gere no YouTube, telemóveis e sistemas automatizados, que requerem que partilhe mais dinheiro com os seus parceiros.

 

As receitas da Alphabet subiram para 25,9 mil milhões de dólares, já excluindo os custos de aquisição de tráfego. O consenso dos analistas auscultados pela Bloomberg era de 25,6 mil milhões.

O mercado não gostou destes números. Na negociação fora do horário regular em Wall Street, os títulos da tecnológica seguem a cair 2,42%, para 1.153 dólares, isto depois de terem encerrado a sessão formal desta quinta-feira a recuar 0,05% para 1.181,59 dólares.

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