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Abertura dos mercados: Powell provoca quedas nas bolsas e eleva juros dos EUA para máximos de 2008

O vermelho é a cor dominante esta manhã nas bolsas europeias. O discurso de Powell aumentou os receios dos investidores e isso está a ser reflectido na negociação. Fevereiro deverá ficar marcado como o pior mês em mais de um ano. Já os juros dos EUA está a negociar em máximos de 2008.

EPA
28 de Fevereiro de 2018 às 09:24
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Os mercados em números

PSI-20 recua 0,86% para 5.421,18 pontos

Stoxx 600 desce 0,35% para 381,03 pontos

Nikkei desvalorizou 1,44% para 22.068,24 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal cai 1,6 pontos base para 1,998%

Euro recua 0,24% para 1,2204 dólares

Petróleo deprecia 0,45% para 66,33 dólares por barril

 

Bolsas europeias preparam-se para o pior mês desde Junho de 2016
As bolsas europeias seguem em queda esta quarta-feira, acompanhando a evolução das bolsas americanas já na última sessão. A penalizar a negociação estão as declarações do presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, que ontem abriram a porta a "mais aumentos graduais" das taxas de juro nos EUA, o que está a penalizar a confiança dos investidores. 

O mês de Fevereiro vai acabar marcado por quedas acentuadas nas bolsas europeias. O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas na Europa, acumula uma descida superior a 3,5%, o que, a confirmar-se no fecho da sessão será a mais acentuada desde Junho de 2016.

O PSI-20 segue a mesma tendência. Tanto na sessão, ao perder 0,86%, como no acumulado do mês (4,29%). O principal índice da bolsa nacional deverá assim registar o pior mês desde Janeiro de 2017.

 

Juros caem na Europa. "Yields" dos EUA em máximos de 2008

As taxas de juro associadas à dívida europeia estão a cair na generalidade dos países. No caso de Portugal, a "yield" das obrigações a 10 anos está a recuar 1,6 pontos base para 1,998%. Na Alemanha, a taxa de juro das obrigações com a mesma maturidade também desce 0,1 pontos para 0,669%.

Já o comportamento dos juros dos EUA é oposto. Depois de o presidente dos EUA ter indicado que os juros poderão subir mais este ano, a "yield" da dívida a um ano está a subir 5,18 pontos para 2,0564%, o que corresponde ao valor mais elevado desde Setembro de 2008, período marcado pela falência do Lehman Brothers e consequente contágio internacional, que levou a descidas das taxas de juro por parte dos bancos centrais em todo o mundo.

 

Euro com o pior mês em mais de um ano

A moeda única europeia está a prolongar a queda face ao dólar, devido à expectativa de mais subidas de juros nos EUA, o que a confirmar-se aumentará o diferencial das taxas entre os dois lados do Atlântico. E este cenário é animador para o dólar, já que o retorno dos investimentos realizados nesta moeda são superiores, quando comparado com os investimentos em euros. No acumulado do mês, a moeda única europeia desce 1,7%, o que representa a maior queda mensal desde Janeiro de 2017. 

 

Produção dos EUA continua a pressionar o petróleo

Os preços do petróleo estão novamente em queda, depois de ter sido divulgado um novo relatório que revela que as reservas dos EUA voltaram a aumentar na semana passada. Este dado reforçou os receios de que o impacto dos cortes realizados pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) esteja a ser contrariado pela produção americana. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, cede 0,45%. Já o West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque, está a descer 0,4% elevando para mais de 3% a queda acumulada em Fevereiro. Este será o primeiro mês, desde Agosto, em que se regista uma descida mensal do petróleo. 

 

Ouro cai com fortalecimento do dólar
A subida do dólar contra as principais divisas acaba por ditar a descida do ouro, que recua 0,07% para 1.317,40 dólares por onça.

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