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Abertura dos mercados: Petróleo com maior subida em dois anos e bolsas voltam aos ganhos

A política monetária da Fed e as negociações entre a China e os EUA têm dominado a atenção dos investidores nos últimos meses. Hoje há notícias positivas nas duas frentes, pelo que as bolsas estão a subir.

Reuters
11 de Janeiro de 2019 às 09:29
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Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,74% para 4.959,97 pontos

Stoxx 600 ganha 0,13% para 349,33 pontos

Nikkei valorizou 0,97% para 20.359,7 pontos
Juro da dívida portuguesa a dez anos desce 1,3 pontos base para 1,703%

Euro valoriza 0,24% para 1,1527 dólares

Petróleo em Londres ganha 0,75% para 62,14 dólares

 

Fed e negociações EUA/China impulsiona bolsas

O tom continua positivo nos mercados acionistas, que estão neste início de ano a recuperar parte do desempenho negativo de 2018. Wall Street fechou ontem em alta pela quinta sessão consecutiva, abrindo caminho para uma sessão positiva na Ásia e uma abertura positiva na Europa.

 

A animar a negociação voltou a estar a postura dos membros da Reserva Federal (Fed) dos EUA. Depois de quarta-feira as minutas da última reunião da Fed terem revelado que os responsáveis pela política monetária tinham revelado estar "pacientes" face ao atual contexto económico, ontem foi a vez do presidente da Fed reiterar esta postura.

 

Além da frente da política monetária, o mercado continua otimista com a possibilidade de os Estados Unidos e a China alcançarem um acordo para por fim à guerra comercial. Pequim e Washington divulgaram comunicados curtos que deram poucos detalhes sobre as negociações comerciais, lançando dúvidas sobre o progresso das conversações, mas o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, já veio informar que espera receber altos representantes da China até ao fim do mês para dar continuidade. O vice-presidente chinês, Liu He, estará em Washington a 30 e 31 de Janeiro.

 

O Stoxx600, índice que reúne as principais cotadas europeias, está a ganhar 0,13% para 349,33 pontos. Em Lisboa o PSI-20 consegue um ganho mais expressivo, sobe 0,74% para 4.959,97 pontos, com o índice português a beneficiar com os ganhos das cotadas do setor energético. A Galp Energia soma 0,72% para os 14,60 euros e a EDP avança 0,72% para os 3,08 euros.

 

Paciência de Powell penaliza dólar

A moeda norte-americana está a ter um arranque de ano negativo, devido às perspetivas mais brandas para a subida de juros nos Estados Unidos. O presidente da Fed, Jerome Powell, repetiu ontem que o banco central vai ser paciente no aperto da política monetária, embora tenha também expressado preocupação com a dimensão da dívida dos EUA.

 

O índice do dólar, que mede a evolução da moeda contra as principais divisas mundiais, está a descer 0,3% para mínimo de 15 semanas. O euro valoriza 0,24% para 1,1527 dólares.

 

Juros da dívida prosseguem em queda

As obrigações soberanas estão a subir na Europa e Estados Unidos, pressionando em baixa a "yield" dos títulos, devido às perspetivas mais sombrias para a evolução da economia global, que deverão travar a remoção de estímulos por parte dos bancos centrais.

 

A taxa de juro das obrigações alemãs a 10 anos desce 1,6 pontos base para 0,239% e a "yield" dos títulos portugueses com a mesma maturidade cede 1,3 pontos base para 1,703%. Nos Estados Unidos a taxa das obrigações a 10 anos cai 3 pontos base para 2,72%.

 

Petróleo a caminho da melhor semana em dois anos

O petróleo prossegue a ritmo acelerado a recuperação do tombo do quarto trimestre do ano passado. Em Nova Iorque os preços da matéria-prima avançam mais de 10% em cinco sessões, o que de acordo com a Bloomberg representa o melhor desempenho semanal dos últimos dois anos. Desde o início do ano o WTI em Nova Iorque já valoriza perto de 17%, enquanto o Brent em Londres acumula uma valorização de 15%.

 

O mercado mostra assim uma confiança cada vez maior na capacidade da OPEP cumprir a promessa de eliminar o excesso de petróleo no mercado através dos cortes na produção, o que tem sido repetido nos últimos dias pela Arábia Saudita.

 

O WTI valoriza 0,85% para 53,04 dólares e o Brent ganha 0,75% para 62,14 dólares. Ainda assim as cotações encontram-se cerca de 30% abaixo do pico de outubro do ano passado.

 

Goldman Sachs vê ouro nos 1.425 dólares

O ouro continua a tirar partido da debilidade do dólar, estando esta sexta-feira a subir 0,6% para 1.293,83 dólares a onça, um máximo de seis meses após quatro semanas seguidas de ganhos. O Goldman Sachs elevou a sua perspetiva para o metal precioso, antecipando uma cotação de 1.425 dólares a onça em 12 meses.

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