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Abertura dos mercados: Mercados festejam vitória de Boris e acordo EUA/China. Bolsas, libra e petróleo em máximos

A semana está a fechar da melhor forma para as bolsas, com os investidores a festejarem a diminuição de dois dos riscos que têm pressionado os mercados. São vários os índices acionistas em máximos, a libra disparou e o petróleo está em máximos de três meses.

Reuters
13 de Dezembro de 2019 às 09:25
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Os mercados em números

PSI-20 avança 0,49% para 5.221,23 pontos

Stoxx 600 valoriza 1,49% para 413,65 pontos

Nikkei valorizou 2,55% para os 24.023,10 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,5 pontos para 0,409%

Euro valoriza 0,44% para 1,1179 dólares

Petróleo em Londres valoriza 0,78% para 64,7 dólares o barril 

 

Bolsas disparam para máximos em todo o mundo

O Natal chegou mais cedo aos mercados. De uma só vez, diminuíram de forma acentuada dois dos riscos que têm pressionado os mercados financeiros nos últimos meses. O acordo comercial entre os Estados Unidos e a China já é oficial e a saída do Reino Unido da União Europeia está agora muito perto de se concretizar.

 

O otimismo inunda os mercados depois de um dia de progressos significativos nestas duas frentes da guerra comercial e do Brexit. O presidente dos Estados Unidos aprovou ontem, já depois do fecho da sessão, os termos de um acordo comercial parcial (chamado de "fase um") e que vai permitir travar a entrada em vigor de uma nova fornada de tarifas aduaneiras a partir de 15 de dezembro. 

 

Na mesma noite, os britânicos voltaram das urnas e souberam que o candidato eleito para primeiro-ministro foi Boris Johnson, que ganhou uma maioria bem confortável no Parlamento Britânico para concretizar o Brexit a 31 de janeiro.

 

O FTSE 100, principal índice da Bolsa de Londres, soma 1% para 7.346,17 pontos, sendo que o ganho não é maior porque a forte subida da libra está a penalizar as exportadoras. O mais abrangente FTSE 250 dispara mais de 4% para máximos históricos, com o índice a ser impulsionado sobretudo pelo setor financeiro, com as ações do RBS a dispararem 14% e os do Lloyds a ganharem 15%.

 

Mas os ganhos não se resumem a Londres. Ontem Wall Street atingiu novos máximos históricos e MSCI All-Country, que mede o desempenho das bolsas mundiais, também tocou em valores nunca antes vistos.

 

Já hoje os ganhos foram bastante acentuados nas praças asiáticas, com o nipónico Nikkei a disparar mais de 2%. As praças europeias estão também a ser contagiadas, com o Stoxx600 a ganhar 1,49% para 413,65 pontos. O índice que agrupa as 600 maiores empresas europeias atingiu máximos de abril de 2015 e está a escassos pontos de negociar em máximos históricos.

 

Em Lisboa o desempenho do PSI-20 é bem mais modesto, com o índice português a subir 0,49% para 5.221,23 pontos, um máximo de apenas um mês. Entre as maiores cotadas, Apenas o BCP consegue marcar ganhos expressivos.

 

Libra dispara e euro ganha ao dólar 

A libra disparou assim que saíram as primeiras projeções que davam como garantida a vitória de Boris Johnson nas eleições no Reino Unido. Com a maioria absoluta confirmada, a tendência positiva prossegue esta sexta-feira, com a moeda britânica a conseguir a maior valorização em três anos e a atingir máximos contra o euro e dólar.

 

A libra valoriza 1,9% para 1,344 dólares, o que corresponde ao nível mais elevado desde maio de 2018. A moeda britânica ganha 1,46% para 1,2001 euros, um máximo desde junho de 2016.

 

No par cambial mais relevante, o euro ganha ao dólar, beneficiando com a maior propensão dos investidores para ativos de risco, o que penaliza a divisa norte-americana. O euro ganha 0,44% para 1,1179 dólares na quinta sessão seguida em terreno positivo.

 

Juros das obrigações sobem

A aposta dos investidores no risco também está a penalizar a dívida soberana europeia, que é vista como ativo refúgio. A "yield" das obrigações portuguesas a 10 anos sobe 1,5 pontos para 0,409%, sendo que nas bunds o agravamento é mais expressivo (3,1 pontos base para -0,24%), o que permite uma descida do "spread" da dívida portuguesa para 65 pontos base.  

 

Petróleo sobe para máximos de três meses

Nas matérias-primas é sobretudo o acordo comercial parcial entre a China e os Estados Unidos que está a ter o impacto mais relevante, pois ficou afastado para já a introdução de novas tarifas que poderiam agravar o abrandamento da economia chinesa.

 

O WTI em Nova Iorque valoriza 0,61% para 59,54 dólares, o que representa um máximo de três meses. O Brent, que negoceia em Londres, valoriza 0,78% para 64,7 dólares.

 

Ouro ganho com dólar em queda

Apesar dos investidores estarem a desloca-se para ativos de maior risco, o ouro negoceia em alta, a aproveitar a debilidade do dólar, que desvaloriza pela quinta sessão consecutiva. O metal precioso ganha 0,08% para 1.470,59 dólares no mercado à vista em Londres.

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