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Abertura dos mercados: Itália “escapa” ao “lixo” e anima bolsas e alivia pressão sobre juros

As bolsas europeias estão a subir, animadas pelo facto de a agência Moody's ter mantido o "rating" de Itália acima do patamar de "lixo". Mas também pelas medidas que a China anunciou para sustentar o crescimento económico.

Reuters
22 de Outubro de 2018 às 09:03
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,65% para 5.058,60 pontos

Stoxx 600 ganha 0,38% para 362,63 pontos

Nikkei valorizou 0,37% para 22.614,82 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 5,7 pontos base para 1,962%

Euro aprecia 0,26% para 1,1543 dólares

Petróleo sobe 0,53% para 80,20 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias sobem animadas pela China e por Itália

Um corte de "rating" nunca é bom. A não ser que a expectativa fosse tão baixa que o resultado acaba por ser menos negativo. Foi o que aconteceu com a Moody’s e Itália. A agência de notação financeira cortou o "rating" de Itália, mas manteve a nota acima do patamar considerado de "lixo". Além disso, a perspectiva foi colocada em "estável", o que sugere que nos próximos tempos não haverá alterações. Este contexto está a animar os investidores, que temiam que o "rating" de Itália fosse colocado na categoria de investimento especulativo (o chamado "lixo").

 

Além desta questão relacionada com Itália, os investidores estão também a reflectir na negociação as medidas implementadas pela China para impulsionar o crescimento da economia, numa altura em que são vários os sinais de abrandamento. Assim, a China vai reduzir o IRS e já deixou claro que apoiará o sector privado num período de menor expansão económica.

 

Este contexto está a elevar o Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, em 0,38%.

 

Na bolsa nacional, o sentimento é semelhante, com o PSI-20 a crescer 0,65%, com o BCP a destacar-se nas subidas, assim como a Altri, a Galp Energia e a Jerónimo Martins. 

 

Juros caem e voltam a negociar abaixo dos 2%

As taxas de juro associadas às obrigações europeias seguem em queda na generalidade dos prazos e dos países. A justificação é semelhante à das bolsas europeias, com os investidores a reflectirem um alívio de pressão em relação a Itália.

 

A taxa de juro implícita na dívida a 10 anos de Portugal está a descer 5,7 pontos base, voltando a descer o patamar dos 2%. Já em Itália, a descida é de quase 12 pontos, assim como Espanha.

 

Em sentido contrário está a Alemanha, cujas "yields" sobem 1,3 pontos, depois de terem beneficiado dos receios dos investidores nos últimos tempos.

 

Euro sobe

A moeda única europeia está a subir 0,26% para 1,1543 dólares a reflectir o alívio dos receios em torno de Itália. Além da Moody’s ter deixado o "rating" acima de "lixo", o Governo italiano diz estar preparado para discutir com a Comissão Europeia as metas orçamentais, depois de na semana passada ter entregue metas que superam os compromissos que tinham sido assumidos por Roma perante Bruxelas.

 

Petróleo sobe e regressa aos 80 dólares

Os preços do petróleo estão de volta aos 80 dólares por barril no mercado londrino. Os investidores voltam a recear problemas de fornecimento. A subida é travada pelo aumento de extracção revelada pelos EUA. Ainda assim, o barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a 0,53% para 80,20 dólares.

 

Ouro beneficia da queda do dólar

A queda do dólar face a um cabaz de moedas está a animar a negociação do ouro, que sobe 0,01% para 1.226,60 dólares por onça.

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