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Abertura dos mercados: Efeito BCE desvanece e juros voltam aos 4%

Depois do alívio registado na última sessão graças à mensagem do BCE, os juros da dívida nacional estão novamente a negociar nos 4%. As bolsas europeias desvalorizam, um trajectória também registada pelo euro.

Reuters
17 de Fevereiro de 2017 às 09:38
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,39% para 4.610,74 pontos

Stoxx 600 perde 0,37% para 368,72 pontos

Nikkei desvalorizou 0,58% para 19.234,62 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 2,5 pontos para 4,007%

Euro desce 0,24% para 1,0648 dólares

Petróleo em Londres desce 0,14% para 55,57 dólares o barril

Bolsas europeias no vermelho

As principais bolsas europeias estão sobretudo do lado das perdas, numa altura em que a apresentação de resultados de várias empresas europeias prossegue. Além disso, as bolsas do Velho Continente continuam, tal como ontem, a aliviar um pouco dos ganhos recentes.

A liderar as quedas no Velho Continente está o principal índice italiano, que perde 0,71%, seguido pelo francês CAC 40, que desce 0,70%. O Stoxx 600, índice de referência, recua 0,37%. O PSI-20 desvaloriza 0,39%, penalizado pela EDP (cai 0,88% para 2,83 euros) e pela Galp Energia (desce 0,58% para 13,63 euros)

 

Juros voltam aos 4%

O efeito BCE durou pouco tempo. A autoridade monetária do euro revelou ontem que está disposto a flexibilizar a aplicação de algumas regras que condicionam a compra de obrigações, para ajudar a manter a sua política de estímulos sem precedentes. Os relatos da reunião mensal do BCE de Janeiro, citados pela Bloomberg, mostram que a autoridade monetária admite que "desvios limitados e temporários" da chave de capital "são possíveis e inevitáveis" para garantir que o programa de alívio quantitativo pode ser implementado tal como foi anunciado. Esta mensagem levou os juros de vários países periféricos a cair. No caso de Portugal as "yields" a dez anos baixaram dos 4%.


Contudo, esta sexta-feira, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida nacional entre si estão a subir 2,5 pontos base para 4,007%. No caso da dívida espanhola, as "yields" cedem 0,2 pontos base para 1,601% e a italiana crescem 0,7 pontos base para 2,163%. Os juros da Alemanha a dez anos no mercado secundário descem 2,2 pontos base para 0,326%.

O prémio de risco da dívida nacional está nos 362,1 pontos.

Dólar ganha terreno

A moeda norte-americana está a valorizar face ao euro e ao iene. Face à divisa japonesa aproxima-se mesmo da segunda semana de ganhos antes dos comentários da Reserva Federal dos EUA. Os investidores esperam encontrar pistas para perceber se a autoridade monetária pode subir já os juros em Março. Por esta altura, o euro desce 0,24% para 1,0648 dólares.

Petróleo próximo da primeira queda semanal em mais de um mês

Os preços do petróleo aproximam-se da primeira queda semanal em cinco semanas, numa altura em que os inventários de crude nos EUA estão em níveis recorde, o que contraria os cortes levados a cabo pelos Estados-membros da Organização do Países Exportadores de Petróleo.

Ainda assim, por esta altura os preços do petróleo, nos mercados internacionais, registam uma subida ligeira. O barril de Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, desce 0,14% para 55,57 dólares. Enquanto o barril de West Texas Intermediate perde 0,17% para 53,27 dólares.

Ouro brilha há sete semanas

O ouro está próximo de registar a sétima semana de ganhos em oito, numa altura em que as acções caem e os investidores avaliam o impacto da aceleração da inflação. No entanto, por esta altura, o ouro para entrega imediata cede 0,10% para 1.237,86 dólares por onça.

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