Notícia
Abertura dos mercados: Divisões na Fed baralham investidores e deixam bolsas e juros sem rumo
As bolsas europeias estão divididas entre ganhos e perdas pouco acentuadas, assim com os juros das obrigações soberanas dos países do euro, depois de ter sido conhecido que há uma divisão entre os membros do FOMC sobre o rumo dos juros nos EUA.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,20% para 4.863,05 pontos
Stoxx 600 perde 0,12% para 375,35 pontos
Nikkei valorizou 0,05% para 20.628,01 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 0,5 pontos para 0,118%
Euro sobe 0,15% para 1,1102 dólares
Petróleo em Londres desce 0,12% para 60,23 dólares o barril
Bolsas europeias sem tendência definida
As bolsas europeias seguem sem um rumo definido esta quinta-feira, 22 de agosto, depois de ter sido revelado que, na reunião em que a Fed decidiu cortar os juros nos Estados Unidos pela primeira vez em mais de dez anos, não houve consenso entre os membros do FOMC para avançar com essa medida. Enquanto alguns membros se opuseram a um corte, outros defenderam uma descida ainda maior.
Esta divisão na Reserva Federal não só abala a convicção do mercado de que o banco central vai prosseguir com o corte dos juros no país, como aumenta a expectativa em relação ao discurso do presidente da instituição, Jerome Powell, esta sexta-feira, em Jackson Hole.
Por outro lado, somam-se os sinais preocupantes sobre a evolução de grandes economias mundiais, como é o caso da Alemanha, onde o PMI dos serviços e da indústria caiu em julho, ainda que tenha superado ligeiramente as expectativas.
Nesta altura, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, perde 0,12% para 375,35 pontos.
Por cá, o PSI-20 sobe 0,20% para 4.863,05 pontos, animado sobretudo pelo BCP, que valoriza 0,88% para 20,59 cêntimos.
Juros da dívida na Europa entre subidas e descidas
À semelhança do que acontece com as ações, também as obrigações soberanas dos países doe euro seguem sem uma tendência definida. Em Portugal, os juros a dez anos descem 0,5 pontos para 0,118%, depois de o IGCP ter conseguido ontem taxas ainda mais negativas para se financiar a curto prazo. Em Espanha, a yield sobe 0,5 pontos para 0,094% e na Alemanha avança 1,3 pontos base para -0,661%.
Em Itália, pelo contrário, os juros das obrigações a dez anos recuam 3,5 pontos para1,292%, numa altura em que cresce a expectativa em torno de uma aliança entre o Movimento 5 Estrelas e o Partido Democrático para formar governo, o que evitaria a realização de eleições antecipadas e a possível ascensão da Liga de Matteo Salvini.
Dólar em queda ligeira
A moeda dos Estados Unidos segue em queda ligeira face às principais congéneres mundiais, com os investidores expectantes em relação às palavras do presidente da Reserva Federal que discursa amanhã no Fórum de Jackson Hole, que contará com a presença de outros responsáveis dos bancos centrais.
O índice que mede o desempenho do dólar face a um cabaz com as principais divisas desliza 0,07%, enquanto o euro ganha 0,15% para 1,1102 dólares.
Petróleo pouco alterado após queda inesperada das reservas
O petróleo segue pouco alterado nos mercados internacionais, depois deter descido mais de 1% na sessão de ontem, a reagir à queda inesperada das reservas de crude nos Estados Unidos.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desce 0,04% para 55,66 dólares, enquanto o Brent, transacionado em Londres, recua 0,12% para 60,23 dólares.
Ouro e prata em queda
O ouro e a prata seguem com sinal vermelho, com os investidores à espera de perceberem que sinais dará o presidente da Fed, Jerome Powell, no seu discurso de amanhã, depois de ter sido conhecido, pelas minutas da última reunião do banco central, que há uma divisão entre os membros sobre o rumo da política monetária no país.
O ouro cai 0,3% para1.498,12 dólares e a prata desliza 0,62% para 17,0150 dólares.