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Abertura dos mercados: China e banca impulsionam bolsas europeias. Petróleo corrige

As bolsas europeias sobem pela quarta semana, copiando a evolução das praças asiáticas, que beneficiaram com dados positivos que foram divulgados na China. O petróleo e as obrigações estão em queda, corrigindo parte dos ganhos conseguidos nas últimas sessões.

Reuters
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Os mercados em números
PSI-20 avança 0,56% para 5.409,77 pontos
Stoxx 600 valoriza 0,04% para 387,69 pontos
Nikkei valorizou 1,37% para 22.169,11 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,1 pontos base para 1,173%
Euro ganha 0,15% para 1,1315 dólares
Petróleo em Londres cede 0,18% para 71,42 dólares o barril

 

Banca impulsiona bolsas europeias 

As bolsas europeias arrancaram a semana em alta, depois de uma sessão de ganhos na Ásia, e de o norte-americano S&P500 ter fechado a última sessão a apenas 1% de um novo recorde.

 

Na quarta sessão em alta, o Stoxx600 valoriza 0,04% para 387,69 pontos e está a ser impulsionado pela banca, com o índice para o setor a marcar ganhos em torno de 1%.

 

Depois de na semana passada o JPMorgan e o Wells Fargo terem apresentado os resultados do primeiro trimestre do ano, esta segunda-feira é a vez do Citi e do Goldman Sachs. E se o episódio de sexta-feira se repetir, os dois bancos preparam-se para reportar lucros superiores ao que os analistas estão a antecipar, o que está a dar ânimo ao setor europeu.

 

Nos mercados asiáticos, as subidas foram impulsionadas pelos dados positivos vindos da China, e que aliviam os receios sobre o crescimento da segunda maior economia do mundo: as exportações registaram em março a maior subida em cinco meses, enquanto as importações desceram pelo quarto mês consecutivo, e os novos créditos recuperaram no mês passado, subindo mais do que o esperado pelos analistas. Este resultado levou o crédito total concedido pelos bancos a atingir 5,81 biliões de yuan nos primeiros três meses deste ano, o montante trimestral mais elevado de sempre.

 

Em Lisboa o PSI-20 ganha 0,56% para 5.409,77 pontos, tendo já alcançado um máximo de 27 de setembro do ano passado. O BCP, a EDP e as cotadas do retalho são as que mais impulsionam o PSI-20. O banco liderado por Miguel Maya avança 1,29% para 24,3 cêntimos, enquanto a EDP valoriza 0,23% para 3,492 euros, no dia em que o HSBC reviu em alta o preço-alvo para as ações para os 4 euros.    

 

Euro valoriza após Trump renovar ataque à Fed 

O dólar arrancou a semana em queda, enfraquecido por mais um ataque do presidente dos Estados Unidos à política monetária seguida pela Reserva Federal (Fed). O índice do dólar (que pede a evolução da moeda frente às principais divisas mundiais) perde 0,1% e o euro ganha 0,15% para 1,1315 dólares.

 

Donald Trump voltou ao Twitter para atacar a Fed, afirmando que se não fosse o travão provocado pelo banco central, as bolsas estariam entre 5.000 e 10.000 pontos mais elevadas e o PIB estaria bem acima dos 4% em vez de 3%.

 

Juros aliviam de mínimos 

Com as ações em alta e os receios com o abrandamento da economia global em baixa, os investidores estão a reduzir a aposta na dívida soberana europeia. Desta forma, os juros das obrigações europeias estão em alta, aliviando dos mínimos fixados na semana passada.

 

A "yield" das obrigações do Tesouro português a 10 anos sobe 1,1 pontos base para 1,173%, sendo que o prémio de risco da dívida portuguesa segue estável pouco acima dos 110 pontos base, já que o juro das bunds com a mesma maturidade aumenta 1,4 pontos base para 0,068%.

 

Petróleo recua após seis semanas de fortes subidas 

O petróleo também está a aliviar da tendência registada nas últimas sessões, com a matéria-prima a ser pressionada pelo aumento das perfurações petrolíferas nos Estados Unidos.

 

O WTI em Nova Iorque desce 0,45% para 63,60 dólares e o Brent em Londres cede 0,18% para 71,42 dólares. Nas últimas seis semanas o petróleo acumulou ganhos de 14%, naquela que foi a série mais prolongada de ganhos em três anos.

 

Subida das bolsas penaliza ouro
O metal precioso está a perder valor, penalizado pela menor atratividade como ativo refúgio, devido à valorização das bolsas e dados que diminuem os receios com o abrandamento da economia global.

 

O ouro está a desvalorizar 0,2% para 1.287,79 dólares a onça no mercado à vista em Londres. É já a terceira sessão de perdas para o ouro, que recuou 0,2% na sexta-feira e 1,2% na quinta-feira.

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