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Abertura dos mercados: China atira bolsas e petróleo para fortes quedas. Juros da Alemanha em mínimos

"Ano Novo, receios antigos". Este é o título da newsletter que o Commerzbank enviou esta manhã aos clientes e resume da melhor forma o que se passa na abertura dos mercados europeu, com os dados económicos na China a afastarem os investidores dos ativos de maior risco, que procuram abrigo no iene, dívida e ouro.

Reuters
02 de Janeiro de 2019 às 09:18
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Os mercados em números

PSI-20 desce 1,62% para 4.654,76 pontos

Stoxx 600 cai 1,44% para 332,78 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1 ponto base para 1,71%

Euro desvaloriza 0,22% para 1,1439 dólares

Petróleo em Londres cai 1,73% para 52,87 dólares o barril em Londres


Bolsas europeias caem mais de 1%

O ano arrancou negativo nas praças asiáticas depois da China ter divulgado um dado económico negativo, o que está a contagiar a negociação na primeira sessão de 2019 nas praças europeias. A atividade industrial da China contraiu pela primeira vez em 19 meses, reforçando os receios dos investidores sobre o abrandamento pronunciado da economia global e ofuscando os sinais dados por Donald Trump sobre a disponibilidade para um acordo que ponha fim ao "shutdown" do Governo dos EUA. 

 

O arranque de 2019 nos mercados está assim a ser marcado por uma fuga dos ativos de maior risco, com as ações a serem das mais penalizadas. "Os dados fracos da indústria chinesa reforçam os receios com o crescimento global, mantendo em alta a procura por ativos seguros", escreve o Commerzbank na newsletter que enviou esta manhã aos clientes, intitulada "Ano Novo, receios antigos".


"Os sinais preocupantes vindos da economia chinesa deverão pesar sobre o início do ano bolsista europeu", referem os analistas do BPI, no Diário de Bolsa, notando que o ritmo de negociação deve continuar "a ser traçado pela tendência de Wall Street. Este foi, em linhas gerais, um dos padrões que caracterizou o ano de 2018". 

 

Depois de em 2018 ter sofrido a maior queda em 10 anos, o Stoxx600 está a descer 1,44% para 332,78 pontos. A maioria dos índices europeus também marca perdas acima de 1% e em Lisboa o PSI-20 recua 1,62% para 4.654,76 pontos, com a maioria das ações que integram o índice em queda. No ano passado o PSI-20 caiu mais de 12%, no pior desempenho desde 2014.  

Iene sobe para máximo de sete meses 

A moeda japonesa foi em 2018 um dos ativos de refúgio prediletos dos investidores e volta a merecer esse estatuto no arranque do ano. O Iene, que foi das poucas moedas a ganhar face ao dólar no ano passado, atingiu um máximo de sete meses. Está a ganhar 0,4% para 109,27 ienes por dólar, numa sessão em que o índice da moeda norte-americana está a em queda ligeira e ainda penalizado pelas menores perspetivas de subidas de juros nos EUA.

 

Já o euro desce 0,22% para 1,1439 dólares, num dia em que também vão ser revelados dados sobre a evolução da indústria europeia.

 

Juros da Alemanha caem para mínimo de Abril de 2017

As obrigações soberanas mantêm a tendência positiva que registaram no final do ano passado, com os investidores a escolherem os títulos de dívida (sobretudo alemães) para se refugiarem da turbulência nas ações.

 

A "yield" das bunds a 10 anos recua 6 pontos base para 0,186%, o que corresponde ao nível mais baixo desde Abril de 2017. Na dívida alemã as taxas estão todas negativas nos títulos com maturidade abaixo de oito anos. Em Portugal o juro das obrigações a 10 anos desce 1 ponto base para 1,71%, sendo que nas obrigações italianas a tendência também é de queda.

 

Petróleo regressa às quedas

Depois de uma recuperação no final de 2018, o petróleo entrou no novo ano no vermelho, penalizado pelos sinais de abrandamento na economia chinesa, que é a que mais consome esta matéria-prima. O Brent em Londres desce 1,73% para 52,87 dólares e o WTI em Nova Iorque desvaloriza 1,7% para 44,64 dólares.  

 

Em 2018 a matéria-prima desvalorizou pela primeira vez desde 2015, depois de ter registado no quarto trimestre uma queda acima de 20%.

 

Ouro atinge máximo de seis meses 

Além do iene e da dívida soberana, os investidores também se estão a refugiar no ouro. O metal precioso atingiu um novo máximo de seis meses perto dos 1.300 dólares e marca já a quinta sessão seguida de ganhos. Os sinais de abrandamento da economia global e a fraqueza recente do dólar levam o ouro a subir 0,4% para 1.287,45 dólares a onça no mercado à vista em Londres, o que corresponde ao preço mais elevado desde 5 de Junho de 2018.       

    

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