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Abertura dos mercados: Barcelona penaliza bolsas e juros. Ouro ganha como refúgio

O ataque terrorista que teve lugar nas Ramblas, em Barcelona, que vitimou mortalmente 13 pessoas, está a mexer nos mercados. Os activos de refúgio sobem, as bolsas caem.

Reuters
18 de Agosto de 2017 às 08:40
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Os mercados em números

PSI-20  desce 0,63% para 5.210,08 pontos

Stoxx 600 cai 0,92% para 373,40 pontos

Nikkei desvalorizou 1,18% para 19.470,41 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal inalterada nos 2,775%

Euro soma 0,21% para 1,1748 dólares

Petróleo sobe 0,33% para 51,20 dólares por barril

 

Trump e Barcelona prejudicam bolsas

As bolsas europeias amanheceram com quedas esta sexta-feira, na primeira vez que negociaram após o ataque terrorista que decorreu em Barcelona. O atentado reivindicado pelo Daesh matou 13 pessoas e fez mais de 100 feridos. Nos mercados bolsistas, estes acontecimentos tendem a penalizar o valor das empresas com o pessimismo dos investidores.

 

A bolsa de Madrid segue a cair 1,42%, com as restantes praças europeias a recuarem em torno de 1%. O português PSI-20 também amanheceu em baixa, ainda que com uma queda de magnitude mais reduzida: 0,63%. Na Ásia, o dia já tinha sido negativo, com o japonês Nikkei a resvalar 1,18%.

 

Wall Street já tinha encerrado em baixo ontem, com a polémica em torno da administração de Donald Trump que se intensificou esta semana, devido à controvérsia sobre a posição do presidente Donald Trump em torno dos eventos em Charlottesville.

 

Juros espanhóis somam terreno

Os juros da dívida espanhóis estão esta sexta-feira a agravar-se, o que reflecte o receio dos investidores face ao risco da dívida do país – quanto maiores as rendibilidades exigidas, maior o risco atribuído pelos investidores.

 

A taxa de juro implícita das obrigações espanholas a dez anos estão a somar 12,4 pontos base para 1,563%, segundo as taxas genéricas do terminal da Bloomberg. Há avanços acima de 10 pontos base (0,1 pontos percentuais) em grande parte dos prazos.

 

Em Portugal, Espanha e Itália, os comportamentos são mistos, com subidas e descidas nos vários prazos, sem uma tendência definida. Já Alemanha e França registam uma queda. As maiores economias da Zona Euro são vistas como refúgio, pelo que são procuradas pelos investidores em momentos de percepção de maior risco. A dez anos, a "yield" das obrigações germânicas recuam 1,7 pontos base.

 

Dólar cai com Trump

O dólar está a perder terreno, caindo pelo terceiro dia face ao iene. A moeda americana também recua hoje em relação ao euro. A moeda única europeia negoceia em alta, somando 0,21% para 1,1748 dólares.

 

A desvalorização da moeda americana é atribuída à controvérsia gerada pelas declarações de Trump em relação à violência em Charlottesville.

 

Petróleo soma

Os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais, ainda que tivessem começado o dia estáveis, sem grandes novidades no sector.

 

O barril de Brent do Mar do Norte ganha 0,33% para 51,20 dólares em Londres. Já em Nova Iorque, os contratos futuros de West Texas Intermediate valorizam 0,40% para 47,28 dólares por barril.

 

Ouro ganha como refúgio

O ouro está a avançar pelo terceiro dia consecutivo, ganhando como activo de refúgio no pós-atentado terrorista. É um movimento normal que ocorre em situações em que a percepção é de risco – são activos procurados pelos investidores para o caso de quedas generalizadas nos mercados.

 

O metal precioso está a valer 1.293,19 dólares por onça, o que representa um ganho de 0,39% em relação ao fecho de ontem. É o terceiro dia de ganhos.

 

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