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Abertura dos mercados: Ações recuam de máximos com pressão da banca. Petróleo com primeira queda semanal desde novembro
As bolsas europeias estão divididas entre ganhos e perdas esta sexta-feira, depois de terem atingido novos recordes na sessão de ontem. O petróleo está a caminho da primeira queda semanal desde novembro e o ouro desce pelo terceiro dia.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,14% para 5.221,63 pontos
Stoxx 600 soma 0,09% para 420,02 pontos
Nikkei valorizou 0,47% para 23.850,57 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 2 pontos base para 0,377%
Euro recua 0,11% para 1,1094 dólares
Petróleo em Londres cai 0,02% para 65,34 dólares o barril
Bolsas europeias recuam de máximos
As bolsas europeias estão divididas entre ganhos e perdas pouco acentuadas esta sexta-feira, 10 de janeiro, depois de terem tocado ontem no valor mais alto de sempre. Os ganhos foram impulsionados pelo alívio das tensões entre os Estados Unidos e o Irão, com os investidores confiantes de que os dois países vão evitar uma escalada do conflito no Médio Oriente.
Apesar desse otimismo, alguns índices europeus, como o espanhol IBEX e o francês CAC40, seguem em terreno negativo nesta última sessão da semana, assim como o português PSI-20 que desliza 0,14% para 5.221,63 pontos. Com o setor da banca a cair mais de 0,5%, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, avança ligeiros 0,09% para 420,02 pontos.
Por cá, a queda está a ser motivada principalmente pelo BCP, que recua 0,98% para 20,25 cêntimos.
Juros voltam às descidas
Depois de a sessão de ontem ter ficado marcada por um forte aumento do apetite pelo risco – com a subida das ações e a queda das obrigações – os juros da dívida da generalidade dos países do euro voltam hoje a deslizar. Em Portugal, a yield associada às obrigações a dez anos desce 2 pontos base para 0,377%, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, a queda é de 2,2 pontos para 0,425%.
Na Alemanha, os juros caem 2 pontos para -0,204% e em Itália afundam 5,3 pontos para 1,321%.
Dólar sobe pela quarta sessão
O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres está a subir pela quarta sessão consecutiva, no dia em que serão revelados os dados do emprego nos Estados Unidos.
O relatório deverá mostrar um crescimento de 172 mil postos de trabalho em dezembro, um valor que fica abaixo da leitura do mês anterior. Ainda assim, os investidores deverão olhar para estes dados como um sinal de que o mercado laboral norte-americano continua robusto.
Já a taxa de desemprego no país deverá ter-se mantido num mínimo de 50 anos, nos 3,5%, segundo a projeção média dos economistas inquiridos pela Bloomberg.
Petróleo com primeira queda semanal desde novembro
Depois das fortes subidas da semana passada, o petróleo segue em queda pela quarta sessão consecutiva, preparando-se para completar a primeira desvalorização semanal desde novembro.
As cotações têm sido penalizadas pelo alívio das tensões entre os Estados Unidos e o Irão, que diminuiu o receio em torno de uma potencial disrupção no fornecimento do Médio Oriente.
A Câmara dos Representantes dos EUA votou na quinta-feira para limitar a autoridade do presidente Donald Trump de atacar o Irão, ao mesmo tempo que os EUA receberam indicações de que a República Islâmica pediu às milícias do Médio Oriente que não realizassem ataques contra os interesses dos EUA, segundo anunciou o vice-presidente Mike Pence em comentários à Fox News.
Nesta altura, o Brent, negociado em Londres, desce 0,02% para 65,34 dólares o barril, e o West Texas Intermediate (WTI), transacionado em Nova Iorque, cai 0,13% para 59,48 dólares.
Ouro cai pelo terceiro dia
Tal como o petróleo, o ouro, que foi beneficiado pelo aumento das preocupações do mercado, está hoje em queda pelo terceiro dia consecutivo, depois de ter tocado em máximos de 2013.
O metal amarelo desliza 0,05% para 1.551,61 dólares, enquanto a prata ganha 0,15% para 17,9291 dólares.