Notícia
Abertura dos mercados: Europa sobe 2%, euro e petróleo em queda
Os mercados europeus recuperam esta segunda-feira das fortes quedas registadas na semana passada, com ganhos superiores a 2%. No Japão, as bolsas registaram as maiores subidas desde 2008.
Os mercados em números
PSI-20 ganha 1,94% para 4.622,61 pontos
Stoxx 600 avança 2,33% para 319,68 pontos
Nikkei somou 7,16% para 16.022,58 pontos
Juros da dívida portuguesa a 10 anos descem 10,8 pontos base para 3,626%
Euro desliza 0,48% para 1,1201 dólares
Petróleo perde 0,54% para 33,18 dólares por barril, em Londres
Bolsas europeias em alta
Após as fortes quedas registadas na semana passada, os mercados europeus seguem hoje em forte alta. As maiores subidas registam-se em Milão, Madrid e Paris. Em Lisboa, o PSI-20 ganha 1,94% com 16 cotadas em terreno positivo.
Na Ásia, destaque para as acções japonesas. Os dois principais índices bolsistas japoneses fecharam a sessão desta segunda-feira, 15 de Fevereiro, com ganhos acentuados. O Nikkei avançou 7,16%, enquanto o Topix ganhou 8,02%.
Estas subidas ocorrem após as fortes quedas registadas na semana passada: o Nikkei registou uma perda semanal de 11% e o Topix de 13%; e permitem ao índice MSCI Asia Pacífico registar o maior ganho dos últimos cinco meses. O mercado chinês não acompanhou o sentimento positivo vivido no Japão, tendo perdido 1,4% no dia em que voltou à negociação após as comemorações do Ano Novo.
Esta segunda-feira foi revelado que a economia japonesa contraiu 0,4% nos últimos três meses de 2015, após ter subido 0,3% nos três meses anteriores. Esta queda é explicada por um fraco consumo privado, o que coloca interrogações sobre as políticas do primeiro-ministro Shinzo Abe.
Juros da dívida acima dos 3,5%
Os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário estão a negociar em queda. A dez anos, o prazo considerado de referência, as "yields" perdem 10,8 pontos base para 3,626%.
No caso da dívida alemã, também a dez anos, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida entre si cai 2,8 pontos base para 0,29%.
Este alívio nos juros a dez anos tem lugar depois de várias sessões de agravamento das "yields", com os investidores a manifestarem-se preocupados com as medidas apresentadas pelo Governo no Orçamento do Estado para 2016.
Euro nos 1,12 dólares
A moeda da Zona Euro está a perder terreno face à divisa norte-americana. O euro cede 0,48% para 1,1201 dólares. Este comportamento do dólar tem lugar, segundo a Bloomberg, depois de a China ter fortalecido o yuan – a sua moeda – após os mercados terem voltado a negociar. O mercado chinês teve uma semana de férias devido às comemorações de Ano Novo. Esta evolução da moeda dos Estados Unidos ajuda a aliviar um pouco a turbulência no mercado que tem levado os investidores a apostarem que a Reserva Federal dos EUA vai atrasar uma nova subida das taxas de juro.
Brent em queda
Os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate desce 0,99% para 29,15 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações europeias, recua 0,54% para 33,18 dólares por barril.
A marcar a negociação da matéria-prima está o facto de o primeiro carregamento de petróleo iraniano estar para chegar à Europa desde que as sanções terminaram. Além disso, as importações de crude chinesas, em Janeiro, caíram perto de 20% face ao mês anterior, de acordo com os dados oficiais, citados pela Bloomberg.
Ouro em queda
Os receios do mercado em torno da evolução da economia mundial tinha levado os investidores a procurem activos considerados como de refúgio para investir. A crescente aposta no ouro, um dos activos refúgio, levou mesmo esta matéria-prima a ser uma das que mais somava neste início de ano. Porém, e de acordo com a Bloomberg, esta tendência parece estar a atenuar-se numa altura em que os mercados bolsistas estarão a voltar aos ganhos e em que um yuan mais forte minou um pouco a procura por este tipo de activos. O ouro para entrega imediata recua 2,02% para 1.213,01 dólares por onça.
Destaques do dia
Instabilidade na Europa ameaça banca portuguesa. A instabilidade dos mercados europeus aumenta os desafios dos bancos nacionais. Mais pela desvalorização da dívida pública do que pela queda das acções. Subida do prémio de risco pode dificultar regresso ao mercado para cumprir novas exigências.
Grupos económicos arriscam pagar mais 250 milhões de IRC. Segundo o Fisco, os resultados internos suspensos desde o ano 2000 pelos grupos económicos ascendem a mil milhões de euros. A receita potencial ascende a pelo menos 250 milhões de euros, mas não é de excluir que se abra uma nova frente de batalha nos tribunais.
Subida de 10% dos combustíveis pode tirar um cêntimo ao ISP.O Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) já subiu. E, com ele, os valores de venda dos combustíveis. O Governo admite aliviar a tributação caso os preços acelerem, mas também deixa o alerta de que pode subir mais a fiscalidade com novas quedas.
"É um mito que os McDonald's fiquem cheios com a crise". A McDonald’s terminou 2015 com o melhor exercício de sempre em 25 anos de presença em Portugal, quebrando a barreira dos 300 milhões de vendas. Até 2020, meta é investir mais 100 milhões no país.
Deutsche Bank: quando a rocha alemã começa a abrir buracos."Sólido como uma rocha". É assim que o Deutsche Bank se define aos 146 anos, após décadas de ajuda à economia, mas também de escândalos milionários. Criado como alternativa à banca inglesa e francesa, teve, em 2015, perdas inéditas em seis anos.
O que vai acontecer na segunda-feira
Feriado nos EUA. As bolsas norte-americanas estão encerradas devido ao feriado nacional do Dia do Presidente.
BCE. O presidente da instituição, Mario Draghi, discursa no Parlamento Europeu.
Dados na Zona Euro. É divulgada a balança comercial, em Dezembro [anterior 22,7 mil milhões; estimativa: 22,0 mil milhões].
Números do INE. O instituto apresenta o Índice de Custo do Trabalho, no quarto trimestre de 2015.