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Abertura dos mercados: Bolsas e petróleo recuperam de mínimos após "segunda-feira negra"

As bolsas europeias estão a recuperar dos mínimos atingidos na sessão de ontem, marcada por fortes desvalorizações nos mercados mundiais. Também o petróleo está em alta, enquanto o euro, que escapou às perdas, cai mais de 0,5%.

Bloomberg
25 de Agosto de 2015 às 08:42
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,94% para 5.028,14 pontos

Stoxx 600 ganha 1,71% para 347,85 pontos

Nikkei desvalorizou 3,96% para 17.806,70 pontos

Juros da dívida portuguesa a 10 anos descem 1,5 pontos para 2,674%

Euro recua 0,62% para 1,1548 dólares

Petróleo em Londres sobe 1,26% para 43,23 dólares

Bolsas europeias em alta

Depois da pior sessão desde 2008, as bolsas europeias negoceiam em alta esta terça-feira. Apesar de a bolsa chinesa ter voltado a desvalorizar mais de 6%, os ânimos acalmaram-se na Europa. O índice de referência Stoxx600 sobe 1,71% para 347,85 pontos, após ter recuado mais de 5% na segunda-feira.

Na bolsa nacional, o PSI-20 avança 0,94% para 5.028,14 pontos, impulsionado, sobretudo, pela Jerónimo Martins e pelas cotadas do sector da energia. A retalhista avança 1,15% para 11,86 euros, a EDP ganha 1,41% para 3,017 euros e a Galp Energia soma 1,01% para 8,698 euros.

Juros da dívida na Europa pouco alterados
Os juros da dívida da generalidade dos países europeus negoceiam sem grandes oscilações esta terça-feira. Em Portugal, a ‘yield’ associada à dívida a dois anos desce 0,2 pontos para 0,461% enquanto os juros das obrigações a dez anos aliviam 1,5 pontos para 2,674%.


Além dos juros, também a percepção de risco de Portugal está a cair esta terça-feira.O prémio de risco que os investidores estão a exigir para comprar dívida portuguesa em detrimento da alemã (o chamado "spread") está a recuar 2,4 pontos para 204,7 pontos depois de ter atingido ontem o valor mais elevado desde o dia 9 de Julho.


Euro cai mais de 0,5% depois de fortes subidas
A moeda única europeia está a negociar em queda face ao dólar, depois de ter chegado a subir mais de 2,8% na sessão de ontem, superando os 1,17 dólares pela primeira vez desde 15 de Janeiro. Tanto o euro como iene subiram numa sessão marcada por fortes desvalorizações das moedas dos emergentes, beneficiando da expectativa de que a crise chinesa vai levar a Fed a adiar a subida dos juros nos Estados Unidos.


O euro recua 0,62% para 1,1548 dólares.

Petróleo recupera de mínimos

O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais esta terça-feira, após ter atingido mínimos de seis anos na sessão de ontem. O West Texas Intermediate (WTI), que chegou a perder mais de 6% na segunda-feira, valoriza 1,60% para 38,85 dólares, enquanto o Brent, que caiu para a casa dos 42 dólares com uma descida superior a 7%, sobe 1,26% para 43,23 dólares. 


No entanto, a matéria-prima continua sob pressão, devido aos sinais de que o excesso de oferta se deverá manter. Na quarta-feira serão conhecidos os dados do governo norte-americano sobre as reservas de crude que, segundo estimativas recolhidas pela Bloomberg, deverão ter aumentado em dois milhões de barris na semana passada para 458,2 milhões.

 

Cobre em alta, ouro em queda
O cobre está a valorizar 0,7% para 4.987 dólares por tonelada, depois de ter atingido ontem o valor mais baixo desde 2009, acompanhando as fortes desvalorizações dos metais industrias, penalizados pela expectativa de abrandamento da economia chinesa.


O ouro, considerado um activo de refúgio, escapou às quedas acentuadas nas matérias-primas, somando mais de 4% em duas semanas, desde que a China desvalorizou a sua moeda.

O metal precioso desliza 0,23% para 1.152,46 pontos, enquanto a prata sobe 0,17% para 14,7925 dólares.  

Destaques do dia 

Bolsa da China volta a descer mais de 6%. As acções chinesas continuam em forte queda, registando a descida em quatro dias mais pronunciada desde 1996. Em causa estão as preocupações em torno da economia, numa altura em que se especula que o Governo está a suspender a ajuda aos mercados bolsistas.

Como é que a crise na China afecta Portugal? A crise na China pode parecer longínqua, mas poderá ser rápida a chegar a Portugal. E não são só à bolsa. Há efeitos macroeconómicos a considerar. E podem ser graves.

O que acontece quando 16% da economia mundial treme. O gigante chinês é o principal destino das exportações de 43 países, absorve 10% das vendas da UE e é o maior mercado extra-comunitário para os produtos da Alemanha, motor da economia europeia. Portugal não escapará às ondas de choque.

Investidores em pânico com a incerteza chinesa. Desde o pico da crise financeira que as bolsas mundiais não registavam uma sessão tão "negra". Os índices accionistas afundaram, num dia em que as quedas se estenderam a todos os activos, perante a ameaça de uma aterragem brusca na China.

Os maiores colapsos da história da bolsa. As acções chinesas registaram a maior queda em oito anos na segunda-feira, 24 de Agosto, abalando os mercados de todo o mundo. O colapso é candidato a figurar na lista dos maiores "crashes" de sempre.

Portucel recompra dívida com nova emissão mais barata. A papeleira pretende recomprar 200 milhões de euros em dívida que atingia a maturidade em 2020. Vai fazê-lo com recurso a uma nova emissão, com juros mais baixos, poupando 7,4 milhões de euros.

Jerónimo Martins paga 9,5 milhões de comissões com cartões no semestre. O grupo Jerónimo Martins registou um aumento de 45,5% nos custos com meios de pagamento electrónico. O investimento em publicidade cresceu 23,7% até Junho.

BCE nunca gastou tão pouco com as compras de activos. A instituição monetária travou a fundo nas compras, na última semana. O objectivo mensal é agora quase impossível já que o BCE terá de investir 22,5 mil milhões em apenas seis sessões.

O que vai acontecer hoje

Alemanha. PIB, no segundo trimestre.

  1. Estados Unidos. Índice de preços na habitação, no segundo trimestre; Venda de casas novas, em Julho; Confiança do consumidor, em Agosto. 
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