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Venezuela quer petróleo no "preço justo" de 70 dólares
O ministro venezuelano do Petróleo, Eulógio del Pino, vai visitar a Rússia, o Qatar, o Irão e a Arábia Saudita, para promover "preços justos" do petróleo, que, segundo a Venezuela deverá ser de 70 dólares o barril.
"São quatro países chave com os quais nos reuniremos, como parte da proposta formal que fez a Venezuela às nações da OPEP e não OPEP", anunciou o próprio.
O anúncio da visita foi feito durante uma conferência de imprensa na sede da estatal Petróleos da Venezuela SA (Pdvsa), em La Campiña, Caracas, durante a qual vincou que nos últimos dias o preço do petróleo subiu entre quatro e cinco dólares.
"O consenso implicou a recuperação do crude na ordem de quatro a cinco dólares, (mas) o preço do petróleo está muito abaixo do equilíbrio económico para produtores e consumidores", disse.
Eulógio del Pino, que também é presidente da Pdvsa, explicou que a Venezuela está a fazer uma "importante chamada de atenção" aos países membros e não membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para elaborar "um mecanismo de conciliação, necessário entre todos os produtores".
Por outro lado, precisou que no dia 4 de fevereiro se reunirá com o homólogo russo Alexander Novak e que no dia 05 de fevereiro terá um encontro com os principais produtores de petróleo da Rússia.
Durante a visita, Eulógio del Pino prevê reunir-se ainda com Mohammed al-Sada, presidente da OPEP e ministro de Energia do Qatar, antes de visitar o Irão e a Arábia Saudita.
Segundo o Presidente Nicolás Maduro, o petróleo venezuelano cotou-se na sexta-feira em 24,60 dólares, o valor "mais alto do ano".
O petróleo é a principal fonte de receitas da Venezuela, país onde foi declarada uma "emergência económica".