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Tomada de mais-valias pressiona petróleo. Médio Oriente e Mar Vermelho continuam no radar

Os investidores aproveitaram as subidas de preço da semana passada para procederem à tomada de mais-valias. Conflito no Médio Oriente está a ter um impacto limitado, mas continua no radar, bem como os ataques no Mar Vermelho.

Reuters
15 de Janeiro de 2024 às 16:49
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Os preços do "ouro negro"seguem em baixa nos principais mercados internacionais, numa altura em que os fundamentais de mercado continuam fracos.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, perde 1,28% para 71,75 dólares por barril. Já em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a recuar 1,14% para 77,40 dólares por barril.

 

O conflito no Médio Oriente está a ter um impacto limitado na produção de petróleo, o que levou à tomada de mais-valias depois da subida de 2% dos preços na semana passada.

"A perceção de que a oferta de crude não tem sido adversamente impactada levou a que os investidores que apostaram no petróleo na semana passada estejam agora a proceder à tomada de mais-valias, com o movimento a ser de alguma forma exacerbado pela ligeira valorização do dólar", comentou à Reuters o analista Tamas Varga, da corretora petrolífera PVM.

O petróleo é denominado na nota verde e, por isso mesmo, quando o dólar valoriza, fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas.

Várias empresas proprietárias de petroleiros têm evitado o Mar Vermelho e muitas embarcações de transporte de crude mudaram de rota na passada sexta-feira, depois de os EUA e o Reino Unido terem lançado ataques contra alvos houthis no Iémen – isto após os ataques deste grupo (apoiado pelo Irão) a embarcações que passagem naquela região, em resposta à guerra de Israel contra o Hamas em Gaza.

 

As empresas que faziam transporte marítimo por esta região não deixam de carregar os produtos - deixam, sim, de navegar no Mar Vermelho e de usar o Canal do Suez para atravessar para o Mediterrâneo, ou seja para irem da Ásia à Europa. 

A alternativa é longa e dispendiosa, o que faz subir os preços: os barcos passam a ter de fazer milhares de milhas para contornar todo o continente africano, e assim chegarem à Europa. Como consequência, os navios ficam indisponíveis para outras entregas por mais tempo, demoram mais a chegar ao destino, e também se atrasam a entregar as mercadorias que trazem de volta. 

 

Enviar uma embarcação da Ásia para a Europa com passagem pelo Cabo da Boa Esperança na África do Sul, em vez do canal do Suez, pode aumentar o tempo de viagem em até duas semanas, pelas recentes contas do Citigroup. Se todo o comércio que passa pelo Suez for alvo de novas rotas, haverá uma redução efetiva de cerca de 6% dos contentores disponíveis, numa base anualizada, segundo os analistas do banco norte-americano, citados pela Reuters.

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