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Refinadoras estatais da China evitam novos contratos petrolíferos com a Rússia

As empresas estatais da China não querem ser vistas como apoiando abertamente Moscovo, o que acontecerá se comprarem mais volumes de petróleo, afirmaram algumas fontes à Reuters.

Reuters
06 de Abril de 2022 às 17:10
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As refinadoras públicas chinesas estão a honrar os contratos petrolíferos já existentes com a Rússia, mas estão a evitar comprometer-se com novos contratos, apesar dos fortes descontos, acatando assim o apelo à prudência feito por Pequim numa altura em que crescem as sanções do mundo ocidental contra Moscovo devido à sua invasão da Ucrânia, avançou a Reuters citando várias fontes próximas deste processo.

 

A estatal Sinopec, que é a maior refinadora da Ásia, a CNOOC, a PetroChina e a Sinochem têm-se mantido à margem no que toca a negociar novos carregamentos de petróleo russo para entrega em maio, referiram as mesmas fontes – que pediram anonimato.

 

As empresas estatais da China não querem ser vistas como apoiando abertamente Moscovo, o que acontecerá se comprarem mais volumes de petróleo, segundo duas dessas fontes.

 

Isto depois de Washington ter banido a importação de crude russo no mês passado e de a União Europeia ter imposto sanções às grandes exportadoras russas Rosneft e Gazprom Neft (e estando também a estudar fechar portas ao carvão russo).

 

"As estatais chinesas estão a mostrar-se cautelosas, porque as suas ações podem ser vistas como uma representação do governo chinês e nenhuma delas quer ser apontada como compradora de petróleo russo", sublinhou uma das fontes à Reuters.

 

A China e a Rússia desenvolveram laços cada vez mais estreitos nos últimos anos, tendo anunciado em fevereiro passado uma parceria "sem limitações" – e a China recusou-se a condenar a ação militar da Rússia na Ucrânia ou a chamar-lhe sequer "invasão".

 

Pequim tem criticado as sanções do mundo ocidental contra Moscovo, embora um diplomata chinês de topo tenha dito no sábado que a China não está a contornar deliberadamente as referidas sanções.

 

A China, que é a maior importadora mundial de petróleo, é a principal compradora de crude russo – adquire 1,6 milhões de barris por dia e metade desse volume é obtido através de contratos firmados entre ambos os governos.

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