Os preços do ouro negro estão esta terça-feira a negociar em queda, próximos de mínimos de seis semanas, depois da Nigéria ter restabelecido a oferta de petróleo, depois de ter consertado três oleodutos que foram vandalizados. As reservas de petróleo nos Estados Unidos provavelmente caíram para mínimos de 18 meses, com as refinarias a manterem as operações a mais de 90% da sua capacidade, segundo a informação recolhida pela Bloomberg, antes da divulgação dos dados oficiais.

Os contratos futuros de crude West Texas Intermediate (WTI), negociados em Nova Iorque, estão na sessão desta terça-feira a cair 0,26% para 103,32 dólares por barril, depois de ontem, segunda-feira, terem fechado no nível mais baixo desde 8 de Agosto, numa altura em que o Conselho de Segurança está a trabalhar para formalizar um acordo para o desarmamento da Síria. É a quarta queda consecutiva do WTI e a sétima nas últimas oito sessões.

Em Londres, onde são negociados os contratos futuros de Brent do Mar do Norte, referência para as importações nacionais, o barril está a ceder 0,18% para os 107,97 dólares, uma queda que vai já na segunda sessão consecutiva.

“Estamos um bocado mais descontraídos com os riscos que podem vir do Médio Oriente”, afirmou Ric Spooner, analista de mercado da CMC Markets. Com “o aumento da oferta na Líbia e na Nigéria, os preços do crude estão sob pressão. Poderemos voltar a ver o WTI ficar abaixo dos 100 dólares”.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai negociar esta semana uma resolução para a Síria, cujo Governo é acusado de estar por detrás do ataque com armas químicas ocorrido no passado dia 21 de Agosto, que vitimou 1.400 pessoas.