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Petróleo em alta em semana de encontro da OPEP
No início da manhã os preços do petróleo estavam a cair nos mercados internacionais. A tendência, porém, já inverteu e a cotação da matéria-prima segue agora em alta. A marcar a negociação do “ouro negro” está o encontro de dia 4 da OPEP.
No início da sessão, os preços do petróleo nos mercados internacionais estavam a cair. Porém, por esta altura, verifica-se uma inversão desta tendência estando a cotação a avançar. O West Texas Intermediate soma 0,82% para 42,05 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações europeias, sobe 1,03% para 45,32 dólares por barril. Ainda assim, os preços do petróleo estão próximos da maior queda desde Julho.
Este comportamento tem lugar numa semana em que se realiza um encontro dos Estados-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). O Irão já sinalizou que a organização não pretende reduzir a sua meta de produção. O ministro iraniano do Petróleo, Bijan Namdar Zanganeh, revelou este sábado em Teerão, citado pela Bloomberg, que o país não espera decisões que provoquem alterações nas metas estabelecidas pela OPEP.
O governante indicou ainda que o Irão deverá divulgar, ainda esta semana, os planos de expansão da sua produção. O país pretende aumentar a sua produção diária em torno de 500 mil barris assim que as sanções económicas sejam levantadas.
"A Arábia Saudita e outros membros da OPEP já disseram repetidamente que deviam ser os produtores que têm elevados custos a diminuir a sua produção quando o mercado está inundado com petróleo e não os produtores que têm baixos custos", defendeu à Bloomberg por email, Torbjoern kjus, analista da norueguesa DNB ASA.
Na semana passada, a negociação do petróleo ficou marcada pelas palavras do ministro do Petróleo da Venezuela. Eulogio Del Pino afirmou, a 22 de Novembro, que os preços do "ouro negro" podem recuar até um mínimo pouco acima dos 20 dólares por barril caso a OPEP não tome medidas para estabilizar o mercado.
A Venezuela, um dos Estados-membros da OPEP, já pediu ao cartel que adopte uma política de "equilíbrio de preços", que inclua os custos com os novos investimentos na capacidade produtiva. "Não podemos permitir que o mercado continue a controlar o preço", afirmou Eulogio Del Pino.