O petróleo está a negociar em queda nos mercados internacionais esta quarta-feira, 25 de Novembro, devido à especulação de que as subidas recentes não são justificáveis pelas condições de mercado, já que o excesso de oferta persiste.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desce 1,35% para 42,29 dólares, depois de ter atingido ontem o valor mais alto das últimas duas semanas. Já o Brent, transaccionado em Londres, cai 1,26% para 45,54 dólares, após cinco sessões consecutivas de ganhos.

A matéria-prima valorizou mais de 2% na sessão desta terça-feira, depois de a Turquia ter abatido um avião militar russo junto à fronteira com a Síria, um incidente que aumentou os receios de uma escalada da tensão naquela região.

A contribuir para a descida dos preços, esta quarta-feira, está a expectativa de que as reservas de crude dos Estados Unidos tenham subido pela nona semana consecutiva. Dados recolhidos pela Bloomberg mostram que as reservas deverão ter aumentado em um milhão de barris. Os números oficiais da Administração de Informação de Energia serão conhecidos esta quarta-feira.

Os preços da matéria-prima desceram mais de 40% no último ano, devido à especulação de que o excesso de oferta no mercado vai persistir, com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) a produzir acima da sua quota colectiva.

O maior produtor do cartel, a Arábia Saudita, já garantiu, contudo, que está disposta a colaborar com os países dentro e fora da OPEP com vista à estabilização dos preços no mercado.

A Arábia Saudita esforça-se para "cooperar com os produtores e exportadores de petróleo, dentro e fora da  OPEP, para preservar a estabilidade do mercado e dos preços", afirmou o Governo, citado pela agência de notícias estatal, esta segunda-feira, 23 de Novembro.