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Petróleo dispara 11% após mínimos de quase 13 anos
A matéria-prima está a ser impulsionada pela especulação em torno da disponibilidade dos países da OPEP para colaborarem entre si no sentido de travar a queda dos preços.
O petróleo está a disparar nos mercados internacionais esta sexta-feira, 12 de Fevereiro, depois de ter atingido mínimos de quase 13 anos, em Nova Iorque, na sessão de ontem.
A subida dos preços está a ser suportada pela especulação em torno da disponibilidade da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para cooperar com outros produtores, no sentido de travar a desvalorização da matéria-prima.
Depois das fortes perdas das últimas sessões, o Brent do Mar do Norte, transaccionado em Londres, sobe 8,02% para 32,47 euros, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, dispara 10,64% para 29 dólares. O crude norte-americano já ganhou um máximo de 11,71% para 29,28 dólares, após ter atingido ontem o valor mais baixo desde Maio de 2003.
Em entrevista à Sky News Arabia, o ministro do Petróleo dos Emirados Árabes Unidos, Suhail Al Mazrouei, garantiu que os países da OPEP estão dispostos a trabalhar em conjunto, mas não farão cortes na produção até que haja uma cooperação completa.
"Os preços não estão apropriados. E não direi apenas para a maioria, mas para todos os produtores", afirmou o ministro, citado pela Bloomberg. "Os que gastaram dinheiro e fizeram investimentos, é natural que não façam cortes sozinhos, a menos que haja uma cooperação total".
A Venezuela afirmou recentemente que seis países da organização e outros fora do cartel, incluindo a Rússia, estavam disponíveis para negociar um corte na produção. Contudo, a Arábia Saudita continua sem dar sinais de cedência.