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Petróleo perto dos 40 dólares em Londres com prolongamento dos cortes à vista
Depois de um mês de maio de rally, o petróleo continua a tendência ascendente no mês de junho.
Os preços do petróleo estão a subir mais de 2% num dia em que começa a ser visível o consenso para o prolongamento dos cortes de produção entre os principais exportadores.
O barril de Brent, negociado em Londres e que serve de referência para a Europa, sobe 2,40% para os 39,24 dólares mas já tocou nos 39,55 dólares, numa subida de 3,21%. Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate soma 2,23% para os 36,23 dólares, e já ultrapassou os 36,5 dólares.
A sustentar estão as declarações de vários produtores que anuíram no que toca à manutenção dos cortes nos níveis atuais por mais um mês, uma política que tinha como prazo o mês de julho. Esta informação é dada por alguns delegados da Organização de Países Exportadores de Petróleo, a qual vai reunir com os respetivos aliados esta quinta-feira.
Entre os produtores que concordam com o prolongamento destaca-se a Rússia, um país que até agora era referido como opositor a esta política. Já o maior exportador do grupo, a Arábia Saudita, defende um prolongamento maior, de 3 meses, segundo as mesmas fontes.
As discussões vão decorrer num cenário de grande incerteza no que diz respeito à procura pela matéria-prima. Apesar de as economias asiáticas, em particular a chinesa, estarem aparentemente a recuperar rapidamente, no resto do globo a realidade está menos definida.
Ainda assim, os sinais de recuperação da procura, aliados aos cortes em vigor, permitiram à matéria prima valorizar 88,38% em maio, em Nova Iorque, e 39,81% em Londres, no mesmo mês.