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Petróleo aprofunda queda com produção americana a anular estratégia da OPEP

O preço do petróleo continua a negociar abaixo dos 50 dólares tanto em Londres como em Nova Iorque. O WTI está mesmo abaixo dos 45 dólares por barril pela primeira vez desde que a OPEP acordou, ano Novembro do ano passado, cortar os níveis de produção do cartel.

Bloomberg
05 de Maio de 2017 às 07:51
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Esta sexta-feira, 5 de Maio, o preço do petróleo está uma vez mais em forte desvalorização nos mercados internacionais, estando o Brent do Mar do Norte, transaccionado em Londres, a recuar 1,69% para 47,56 dólares, enquanto em Nova Iorque o West Texas Intermediate (WTI) segue a perder 2% para 44,61 dólares. O Brent segue em mínimos de 30 de Novembro do ano passado e o WTI negoceia no valor mais baixo desde o dia 15 do mesmo mês. 

 

Trata-se mesmo da primeira vez que o WTI transacciona abaixo da marca dos 45 dólares por barril desde que, em Novembro de 2016, a organização dos países exportadores de petróleo (OPEP) chegou a acordo para decretar um corte na produção petrolífera do cartel, tendo como objectivo reduzir a oferta nos mercados e assim promover a revalorização da matéria-prima.

 

Apesar de inicialmente a estratégia da OPEP ter dado frutos, com o corte que entrou em vigor no início deste ano, tendo o petróleo atingido máximos de Julho de 2015 ainda em Janeiro, o crescimento da produção norte-americana tem anulado a estratégia definida pelo cartel petrolífero.

 

A subida do preço do petróleo fez com que as empresas americanas de perfuração de xisto betuminoso elevassem ainda mais os níveis de produção, o que contribuiu decisivamente para que a produção norte-americana tenha aumentado 11 semanas consecutivas, a maior série de ganhos desde 2012.

 

Na semana passada, a produção americana aumentou para 9,29 milhões de barris, o valor mais elevado desde Agosto de 2015 segundo reportou a Administração de Informação de Energia.

 

Nesta altura, os preços do crude continuam mais de 50% abaixo do pico atingido em 2014. Aproxima-se o dia 25 de Maio, data agendada para um novo encontro da OPEP, em Viena, capital austríaca, sendo cada vez maior a convicção de que o cartel irá nessa reunião determinar o prolongamento por mais seis meses dos cortes à produção em vigor. 

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