Notícia
OPEP baixa previsão de crescimento da procura mundial de petróleo para 2,07% em 2024
Além disso, o documento divulgado hoje reduz a anterior estimativa do consumo de petróleo em 2025 em 200.000 barris por dia, para 106,11 milhões de barris por dia.
12 de Agosto de 2024 às 14:49
A OPEP reviu esta segunda-feira em baixa ligeira a previsão de crescimento da procura mundial de petróleo para 2,07% em 2024 e 1,71% em 2025, principalmente devido à desaceleração do consumo do "ouro negro" na China.
Este ano, o planeta vai queimar uma média de 104,32 milhões de barris por dia de petróleo mais 2,1 milhões de barris por dia do que em 2023 e menos 135.000 barris por dia do que o previsto há um mês, afirma a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) no relatório mensal hoje divulgado em Viena.
Além disso, o documento divulgado hoje reduz a anterior estimativa do consumo de petróleo em 2025 em 200.000 barris por dia, para 106,11 milhões de barris por dia.
Estas estimativas baseiam-se num crescimento de 2,9% da economia mundial, a mesma subida este ano como no próximo.
As revisões em baixa do consumo de petróleo refletem "o abrandamento das expetativas de crescimento da procura de petróleo por parte da China em 2024", bem como os ajustamentos relativos a novos dados de mercado nos primeiros seis meses, explica o relatório.
Apesar das revisões em baixa, a OPEP destaca a dinâmica do mercado como "saudável", especialmente este ano, em que o crescimento da procura está "bem acima da média de 1,4 milhões de barris por dia registada antes da pandemia de covid-19".
Admite, no entanto, que "as incertezas relacionadas com as perspetivas económicas da China e a política monetária da Reserva Federal dos EUA, juntamente com o fortalecimento do dólar, limitaram o impulso ascendente" dos preços do petróleo.
Neste contexto, recorda a recuperação entre janeiro e abril, quando os valores do petróleo Brent e do Texas Intermediate Oil (WTI) se valorizaram 12,4% e 14,3%, respetivamente, ganhos que foram depois perdidos entre maio e julho.
O petróleo Brent estava hoje a negociar acima de 80 dólares/barril, enquanto o WTI estava perto dos 78 dólares/barril.
Entre os fatores que pressionam em baixa, a OPEP destaca "as preocupações com o desempenho económico da China".
"O sentimento do mercado também foi afetado pela incerteza em torno das políticas monetárias dos bancos centrais, em particular a perspetiva de taxas de juro elevadas prolongadas nos EUA como forma de lidar com a inflação em curso", acrescenta.
No que respeita à oferta de petróleo, o relatório prevê, tal como no mês passado, que a oferta não-OPEP+ (OPEP e aliados, incluindo a Rússia) aumente 1,2 milhões de barris e 1,1 milhões de barris por dia em 2024 e 2025, respetivamente, para 53 milhões de barris.
Os Estados Unidos, o Brasil, o Canadá e a Noruega serão os produtores que mais aumentarão as suas extrações de petróleo bruto.
Por outro lado, a aliança OPEP+ mantém os fornecimentos fortemente reduzidos, em conformidade com os acordos existentes.
No entanto, de acordo com os dados de institutos independentes publicados no documento, a extração combinada do grupo aumentou no mês passado para cerca de 41 milhões de barris, mais 117.000 barris por dia do que em junho.
A Arábia Saudita (+97.000 barris por dia d), o Iraque (+57.000 barris por dia) e o Irão (+20.000 barris por dia foram os países que mais contribuíram para este aumento, superando assim as reduções do Cazaquistão, Rússia e Líbia.
MC // MSF
Lusa/Fim
Este ano, o planeta vai queimar uma média de 104,32 milhões de barris por dia de petróleo mais 2,1 milhões de barris por dia do que em 2023 e menos 135.000 barris por dia do que o previsto há um mês, afirma a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) no relatório mensal hoje divulgado em Viena.
Estas estimativas baseiam-se num crescimento de 2,9% da economia mundial, a mesma subida este ano como no próximo.
As revisões em baixa do consumo de petróleo refletem "o abrandamento das expetativas de crescimento da procura de petróleo por parte da China em 2024", bem como os ajustamentos relativos a novos dados de mercado nos primeiros seis meses, explica o relatório.
Apesar das revisões em baixa, a OPEP destaca a dinâmica do mercado como "saudável", especialmente este ano, em que o crescimento da procura está "bem acima da média de 1,4 milhões de barris por dia registada antes da pandemia de covid-19".
Admite, no entanto, que "as incertezas relacionadas com as perspetivas económicas da China e a política monetária da Reserva Federal dos EUA, juntamente com o fortalecimento do dólar, limitaram o impulso ascendente" dos preços do petróleo.
Neste contexto, recorda a recuperação entre janeiro e abril, quando os valores do petróleo Brent e do Texas Intermediate Oil (WTI) se valorizaram 12,4% e 14,3%, respetivamente, ganhos que foram depois perdidos entre maio e julho.
O petróleo Brent estava hoje a negociar acima de 80 dólares/barril, enquanto o WTI estava perto dos 78 dólares/barril.
Entre os fatores que pressionam em baixa, a OPEP destaca "as preocupações com o desempenho económico da China".
"O sentimento do mercado também foi afetado pela incerteza em torno das políticas monetárias dos bancos centrais, em particular a perspetiva de taxas de juro elevadas prolongadas nos EUA como forma de lidar com a inflação em curso", acrescenta.
No que respeita à oferta de petróleo, o relatório prevê, tal como no mês passado, que a oferta não-OPEP+ (OPEP e aliados, incluindo a Rússia) aumente 1,2 milhões de barris e 1,1 milhões de barris por dia em 2024 e 2025, respetivamente, para 53 milhões de barris.
Os Estados Unidos, o Brasil, o Canadá e a Noruega serão os produtores que mais aumentarão as suas extrações de petróleo bruto.
Por outro lado, a aliança OPEP+ mantém os fornecimentos fortemente reduzidos, em conformidade com os acordos existentes.
No entanto, de acordo com os dados de institutos independentes publicados no documento, a extração combinada do grupo aumentou no mês passado para cerca de 41 milhões de barris, mais 117.000 barris por dia do que em junho.
A Arábia Saudita (+97.000 barris por dia d), o Iraque (+57.000 barris por dia) e o Irão (+20.000 barris por dia foram os países que mais contribuíram para este aumento, superando assim as reduções do Cazaquistão, Rússia e Líbia.
MC // MSF
Lusa/Fim