Notícia
AIE baixa estimativa da procura mundial de petróleo este ano devido a abrandamento da China
No relatório mensal sobre o mercado petrolífero publicado hoje, a AIE estima que a procura mundial aumentará 900.000 barris por dia em 2024, para 102,99 milhões de barris por dia, quando há um mês calculava um acréscimo de 970.000 milhões de barris por dia.
12 de Setembro de 2024 às 11:03
A Agência Internacional de Energia (AIE) reviu em baixa a previsão para a procura mundial de petróleo este ano, cujo crescimento sofrerá um abrandamento muito acentuado, essencialmente devido à China, que até julho registou quatro meses consecutivos de menor consumo.
No relatório mensal sobre o mercado petrolífero publicado hoje, a AIE estima que a procura mundial aumentará 900.000 barris por dia em 2024, para 102,99 milhões de barris por dia, quando há um mês calculava um acréscimo de 970.000 milhões de barris por dia.
As projeções da AIE para 2025 mantêm-se, com uma progressão de 950.000 para 103,94 milhões de barris por dia. Acima de tudo, verifica-se um forte abrandamento, uma vez que o aumento foi de 2,1 milhões de barris por dia em 2023.
A principal responsável por este abrandamento é a China, onde o consumo em julho caiu 280.000 barris em relação ao mesmo mês do ano passado, sendo já o quarto mês consecutivo.
Este facto contrasta claramente com a tendência dos doze meses anteriores, em que a taxa de aumento foi de um milhão de barris por dia, e ainda mais com a taxa em 2023, de 1,5 milhões.
Para o conjunto do ano de 2024, os especialistas da AIE acreditam agora que o gigante asiático aumentará a procura em apenas 180.000 barris por dia em relação a 2023 por duas razões principais, o abrandamento económico e a substituição em curso dos derivados do petróleo como combustível no tráfego rodoviário pela explosão dos veículos elétricos.
Fora da China, a procura é anémica no mundo desenvolvido, onde será quase dois milhões de barris por dia inferior ao nível pré-pandemia este ano.
Os autores do estudo observam que nos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de petróleo, o consumo de gasolina diminuiu em cinco dos primeiros seis meses do ano.
Tendo em conta todos estes elementos, os autores reforçam as suas expectativas de que o consumo mundial de petróleo atingirá um máximo no final da presente década.
Do lado da oferta, o aspeto mais significativo da análise do mercado efetuada pela AIE é o facto de o aumento da contribuição dos países que não fazem parte do cartel formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) com os seus parceiros (nomeadamente a Rússia) ser superior ao aumento da procura mundial.
Concretamente, este ano, os produtores não membros da OPEP+ fornecerão mais 1,5 milhões de barris por dia do que em 2023.
Partindo do princípio que a estratégia de contenção da OPEP+ e os seus cortes voluntários resultarão numa diminuição de 810.000 barris por dia, a produção mundial aumentará então 660.000 barris por dia, atingindo um recorde de 102,9 milhões de barris por dia.
Para tentar travar a forte queda do preço do barril do petróleo (de 82 dólares no início de agosto para o Brent, para pouco mais de 70 dólares na quarta-feira), a Arábia Saudita e os seus aliados anunciaram o adiamento por dois meses do fim dos cortes voluntários de produção.
É uma forma de se darem tempo para observar o comportamento da procura, bem como o impacto da situação na Líbia, que viu as suas extrações caírem de 1,2 milhões de barris por dia em julho para 500.000 em agosto, e a sua capacidade de restabelecer a produção.
A AIE estima que, mesmo supondo que a OPEP+ mantenha os seus cortes voluntários, a produção mundial aumentaria em 2,1 milhões de barris por dia em 2025, atingindo um novo recorde de 105 milhões de barris por dia.
No relatório mensal sobre o mercado petrolífero publicado hoje, a AIE estima que a procura mundial aumentará 900.000 barris por dia em 2024, para 102,99 milhões de barris por dia, quando há um mês calculava um acréscimo de 970.000 milhões de barris por dia.
A principal responsável por este abrandamento é a China, onde o consumo em julho caiu 280.000 barris em relação ao mesmo mês do ano passado, sendo já o quarto mês consecutivo.
Este facto contrasta claramente com a tendência dos doze meses anteriores, em que a taxa de aumento foi de um milhão de barris por dia, e ainda mais com a taxa em 2023, de 1,5 milhões.
Para o conjunto do ano de 2024, os especialistas da AIE acreditam agora que o gigante asiático aumentará a procura em apenas 180.000 barris por dia em relação a 2023 por duas razões principais, o abrandamento económico e a substituição em curso dos derivados do petróleo como combustível no tráfego rodoviário pela explosão dos veículos elétricos.
Fora da China, a procura é anémica no mundo desenvolvido, onde será quase dois milhões de barris por dia inferior ao nível pré-pandemia este ano.
Os autores do estudo observam que nos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de petróleo, o consumo de gasolina diminuiu em cinco dos primeiros seis meses do ano.
Tendo em conta todos estes elementos, os autores reforçam as suas expectativas de que o consumo mundial de petróleo atingirá um máximo no final da presente década.
Do lado da oferta, o aspeto mais significativo da análise do mercado efetuada pela AIE é o facto de o aumento da contribuição dos países que não fazem parte do cartel formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) com os seus parceiros (nomeadamente a Rússia) ser superior ao aumento da procura mundial.
Concretamente, este ano, os produtores não membros da OPEP+ fornecerão mais 1,5 milhões de barris por dia do que em 2023.
Partindo do princípio que a estratégia de contenção da OPEP+ e os seus cortes voluntários resultarão numa diminuição de 810.000 barris por dia, a produção mundial aumentará então 660.000 barris por dia, atingindo um recorde de 102,9 milhões de barris por dia.
Para tentar travar a forte queda do preço do barril do petróleo (de 82 dólares no início de agosto para o Brent, para pouco mais de 70 dólares na quarta-feira), a Arábia Saudita e os seus aliados anunciaram o adiamento por dois meses do fim dos cortes voluntários de produção.
É uma forma de se darem tempo para observar o comportamento da procura, bem como o impacto da situação na Líbia, que viu as suas extrações caírem de 1,2 milhões de barris por dia em julho para 500.000 em agosto, e a sua capacidade de restabelecer a produção.
A AIE estima que, mesmo supondo que a OPEP+ mantenha os seus cortes voluntários, a produção mundial aumentaria em 2,1 milhões de barris por dia em 2025, atingindo um novo recorde de 105 milhões de barris por dia.