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Iraque: OPEP vai ponderar novos cortes de produção
O ministro do petróleo iraquiano afirmou que a OPEP e os seus aliados vão ponderar alargar os cortes de produção. O que contraria a ideia que se gerou após ter sido apresentado um estudo na semana passada.
O ministro do Petróleo do Iraque, Thamir Ghadhban, afirmou que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os seus aliados (o grupo conhecido como OPEP+) vão ponderar um corte de produção de cerca de 400 mil barris diários, de acordo com declarações feitas este domingo aos jornalistas, citado pela Bloomberg.
Estes comentários surgem depois de no final da semana passada se ter gerado a ideia de que a OPEP não deverá alargar os cortes de produção já implementados. Isto porque se prevê que o mercado de petróleo se mantenha equilibrado em 2020 no caso de se continuarem com os níveis de produção (e cortes) atuais, de acordo com um estudo publicado.
O ministro iraquiano realçou hoje que o país cumpriu com o compromisso assumido com os membros da OPEP+ em novembro.
"Este número tem sido discutido" no seio da OPEP com base em "análises cuidadosas", salientou o ministro. "Há quem defenda que a OPEP+ deve implementar mais cortes, mas não tão grandes como 1,2 milhões de barris por dia", acrescentou Thamir Ghadhban. Estes cortes, adiantou, "vão levar a uma estabilização do mercado, à manutenção do fornecimento para os consumidores."
Os membros do cartel petrolífero vão reunir-se na próxima semana em Viena. Primeiro encontram-se os representantes da OPEP, no dia 5 de dezembro, e no dia seguinte é a vez da reunião se alargar e haver discussão com os aliados.
A expectativa gerada na semana passada, de manutenção da produção de petróleo nos níveis atuais, provocou a queda dos preços do petróleo, com a sexta-feira a evidenciar uma queda maior. No acumulado da semana, o preço do barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, caiu 1,5%, o que representa a maior descida desde a semana terminada a 18 de outubro.