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Goldman Sachs: Se OPEP não agir petróleo pode recuar para 40 dólares

O banco de investimento diz que para impulsionar os preços, a OPEP tem de realizar mais cortes na produção.  

11 de Julho de 2017 às 09:54
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Os preços do petróleo poderão continuar em queda, recuando até aos 40 dólares por barril, sobretudo se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não avançar com mais cortes de produção.

 

A expectativa é da Goldman Sachs, que num relatório que está a ser citado pela Bloomberg diz que o cartel terá que adoptar uma estratégia de choque caso pretenda impulsionar os preços da matéria-prima.

 

Se a OPEP não agir - elevando os níveis de cortes da produção para travar o excesso de oferta no mercado -, os inventários não derem sinais de redução e as perfurações nos Estados Unidos não baixarem, a cotação do petróleo pode ficar abaixo dos 40 dólares.

 

Em Junho, o banco já tinha reduzido a sua estimativa a três meses para a cotação do WTI em Nova Iorque, de 55 para 47,50 dólares. Na altura o Goldman Sachs reconheceu que tinha interpretado de forma errada o comportamento do mercado de matérias-primas este ano.

 

"Dado que o mercado está a ficar sem paciência para a constituição de grandes stocks e a mostrar uma maior preocupação com os desequilíbrios entre procura e oferta no próximo ano, acreditamos que o potencial de subida dos preços terá que resultar da constatação física de descida dos inventários e abrandamento da actividade da prospecção de petróleo nos EUA ao longo das próximas semanas", escrevem os analistas do Goldman Sachs.   

 

Assinalando que a Líbia e a Nigéria estão com níveis de produção acima do espectável, o Goldman Sachs conclui que a "OPEP tem que responder a este aumento de produção" e acredita que o cartel ainda tem uma oportunidade para aumentar os cortes, sendo que desta vez tem que apanhar o mercado de surpresa, "com poucos anúncios públicos".

 

A OPEP chegou a acordo em Novembro do ano passado para reduzir os níveis de produção, sendo que já este ano decidiu prolongar estes cortes até ao próximo ano, decepcionando alguns investidores, que aguardavam mais cortes, ou pelo menos abertura para tal.  

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