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Fecho dos mercados: Tréguas entre EUA e China elevam bolsas e euro. Juros cedem para mínimos e petróleo dispara

As bolsas europeias fecharam com ganhos acentuados, animadas pelo acordo entre EUA e China que suspende a guerra comercial. O petróleo disparou, os juros deslizaram e o euro reforçou-se, tal como o ouro, uma vez que os investidores deixaram de sentir necessidade de se refugiar no dólar.

Reuters
03 de Dezembro de 2018 às 17:20
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 1,52% para 4.989,02 pontos

Stoxx 600 avançou 1,03% para 361,18 pontos

S&P 500 valoriza 0,51% para 2.774,37 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 2,3 pontos base para 1,804%

Euro aprecia 0,34% para 1,1356 dólares

Petróleo sobe 2,14% para 60,73 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias sobem após suspensão da guerra comercial

O acordo alcançado entre EUA e China, que suspende a guerra comercial durante 90 dias, animou os investidores. Os líderes dos dois países, Donald Trump e Xi Jinping, acordaram uma trégua durante três meses para que as negociações decorram num contexto mais tranquilo. 

Este acordo animou a negociação um pouco por todo o mundo e a Europa seguiu os mesmos passos. O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, fechou a subir 1,03%, num dia em que o sector automóvel se destacou. Também devido a Trump. O presidente dos EUA anunciou que a China vai "reduzir e eliminar" as tarifas aplicadas sobre os automóveis importados por Pequim. O que animou o sector.

Na bolsa nacional, o PSI-20 ganhou mais de 1,5%, registando mesmo a subida mais pronunciada desde Junho
 

Juros portugueses em mínimos de Agosto

As taxas de juros estão a descer na generalidade dos países, e Portugal não é excepção. A taxa implícita na dívida a 10 anos nacional está a recuar 2,3 pontos base para 1,804%, pressionando os juros do país para mínimos de Agosto.

 

Este desempenho é partilhado também pela Alemanha e Itália. A "yield" da dívida a 10 anos de Itália está a descer 6,8 pontos base para 3,145%, o que corresponde ao valor mais baixo desde Outubro. A contribuir para este desempenho está também a expectativa em torno de um acordo entre Roma e Bruxelas sobre as metas do orçamento de 2019. Já a taxa alemã está a recuar 0,7 pontos para 0,306%.

 

Taxas Euribor sobem a seis e 12 meses

A taxas Euribor estabilizou no prazo a três meses, mantendo-se nos -0,316% pela 18.ª sessão consecutiva. Já nos prazos a seis e 12 meses verificou-se uma subida, que colocou estas duas taxas em níveis idênticos aos observados em Junho. Assim, a Euribor a seis meses subiu para -0,248%, mais 0,003 pontos do que na última sessão. E a taxa a 12 meses avançou para -0,143%, uma subida idêntica à da Euribor a seis meses.

 

Trégua na guerra comercial pressiona dólar…

O dólar tem sido usado pelos investidores como um refúgio perante a incerteza em torno da guerra comercial entre os EUA e a China. A "suspensão" desta disputa acalmou os receios dos investidores, que assim acabam por se expor a activos mais arriscados.

 

… e anima ouro

Já o ouro, que tem visto o seu estatuto de activo de refúgio trocado pela moeda americana, acaba por beneficiar deste contexto. Este metal precioso está a subir mais de 1% para 1.232,87 dólares por onça.

 

Petróleo dispara

Os preços do petróleo disparam esta sessão a beneficiar, por um lado, do alívio de pressão que se tem feito sentir devido à guerra comercial. Os desenvolvimentos recentes aumentam a expectativa em relação a um acordo entre os dois países e diminui a especulação em torno de uma queda da procura.

 

Por outro lado, há notícias que apontam para que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) votem favoravelmente sobre um corte de produção em Dezembro, com o objectivo de estabilizar os preços, depois de a Rússia e a Arábia Saudita terem chegado a um acordo sobre esta questão. A reunião do cartel está agendada para dia 6 de Dezembro.

 

O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a subir 2,14% para 60,73 dólares. Na parte da manhã chegou a disparar mais de 4%.

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