O petróleo registou uma forte queda no rescaldo da reunião entre os maiores exportadores de petróleo a nível mundial que acabou por terminar sem acordo para congelar a oferta. Mas está a corrigir. Está novamente acima da fasquia dos 40 dólares, impulsionado pelo corte na produção do Kuwait.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, segue a valorizar 1,73% para os 40,47 dólares por barril. Esteve em queda nas quatro sessões anteriores, período em que baixou da fasquia dos 40 dólares, mas está novamente acima desse patamar onde se mantém o Brent. Em Londres, o petróleo avança 2,03% para os 43,75 dólares perante o potencial impacto da greve no Kuwait na oferta da matéria-prima.

Os trabalhadores estão em greve, situação que se mantém há três dias. Há, por isso, uma paragem na produção que está a tirar 1,7 milhões de barris de petróleo por dia do mercado, ajudando na correcção em alta das cotações. Esta greve, diz a consultora FGE, tem um "impacto substancial" na produção do Kuwait e fez aumentar "significativamente" os cortes na oferta mundial.

"Esta é uma quebra substancial na produção" por parte do Kuwait, diz Ric Spooner, analista da CMC Markets, à Bloomberg. "A recente recuperação nos preços não tem sido principalmente por causa da reunião de Doha, no Qatar, tem sido por causa da melhoria dos fundamentais", acrescenta. Ou seja, está a haver uma quebra na oferta, mas também um crescimento da procura por petróleo.