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Petróleo acentua queda com recuos nas negociações

O petróleo está a desvalorizar 4%, após o Irão reforçar que pretende aumentar a produção em um milhão de barris diários. A Rússia considerou os argumentos do Irão "razoáveis", sugerindo que pode juntar-se ao acordo mais tarde.

Bloomberg
14 de Março de 2016 às 15:28
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O petróleo está a recuar 4%, pressionado pelas declarações do ministro do Petróleo do Irão, que indicou indisponibilidade para negociar um acordo para congelar a produção até retomar os níveis de produção anteriores às sanções internacionais. A reunião entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros grandes exportadores – nomeadamente a Rússia – deverá ser adiada. Contudo, a Rússia demonstrou abertura para aceitar os argumentos do Irão, sugerindo que o país pode juntar-se ao acordo mais tarde.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a cair 4,47% para 36,78 dólares por barril. Já recuou até aos 36,69 dólares, ao desvalorizar 4,7%, durante a sessão. O Brent, negociado em Londres, está a desvalorizar 3,34% para 39,04 dólares por barril.

O ministro do Petróleo do Irão reforçou, esta segunda-feira, que o país pretende continuar a aumentar a produção até recuperar os níveis anteriores às sanções internacionais. O objectivo é aumentar em um milhão de barris diários para quatro milhões de barris. Só depois, o Irão poderá considerar um acordo com outros produtores da matéria-prima para estabilizar os preços.

"Deveriam deixar-nos em paz" até estarmos a produzir quatro milhões de barris por dia, disse Bijan Zanganeh, segundo a agência de notícias iraniana, citada pela Bloomberg. "Depois disso, trabalharemos com eles" para estabilizar os preços, acrescentou, indicando que o preço de 70 dólares por barril seria "adequado".

O ministro da Rússia considerou estes "argumentos razoáveis", considerando que poderá "juntar-se ao acordo para congelar" mais tarde. "Esta é uma posição normal e construtiva dos nossos parceiros iranianos", declarou o ministro da Energia russo, Alexander Novak, esta segunda-feira, citado pela Bloomberg.

Reunião adiada

A Rússia e a Arábia Saudita, juntamente com o Qatar e a Venezuela, iniciaram conversações no início de Fevereiro para congelar a oferta de petróleo nos valores do mês anterior – próximos de máximos históricos. O acordo tem registado avanços e recuos, tendo sido divulgada uma reunião para debater as condições em Março.

É improvável que esta reunião se concretize este mês, revelaram membros da OPEP à Bloomberg, esta segunda-feira, confirmando informações que tinham sido divulgadas pela Reuters, na semana passada. Segundo dois representantes da OPEP é mais provável que o encontro decorra em Abril, indica a Bloomberg.

Queda dos poços activos nos EUA

Os preços invertem assim a tendência da última sessão, afastando-se de máximos de três meses. Na sexta-feira, o petróleo encerrou a valorizar, após a divulgação de uma redução dos poços activos nos Estados Unidos.

O West Texas Intermediate subiu 1,74% para 38,50 dólares por barril, elevando o ganho semanal para 7,18% (a quarta semana consecutiva de ganhos). O Brent avançou 0,85%, terminando a terceira semana de ganhos, com uma valorização acumulada de 4,31%. No ano, avança 6,5%.

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