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Irão leva petróleo a cair 2%
O petróleo está a cair 2%, após o ministro do Irão reiterar que o país irá aumentar a produção até aos níveis anteriores às sanções e só depois estará disposto a participar num acordo para estabilizar o mercado.
O ministro do Petróleo do Irão reforçou que o país pretende continuar a aumentar a produção até recuperar os níveis anteriores às sanções internacionais. Só depois poderá considerar um acordo com outros produtores da matéria-prima para estabilizar os preços. Com a perspectiva da continuação do excedente de oferta, os preços estão a cair 2% nos mercados internacionais.
"Deveriam deixar-nos em paz" até estarmos a produzir 4 milhões de barris por dia, disse Bijan Zanganeh, segundo uma agência de notícias iraniana, citada pela Bloomberg. "Depois disso, trabalharemos com eles" para estabilizar os preços acrescentou, indicando que o preço de 70 dólares por barril seria "adequado".
O Brent, negociado em Londres, está a desvalorizar 1,63% para 39,73 dólares por barril. Já recuou 2,18% para 39,51 dólares durante a sessão. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cai 2,05% para 37,71 dólares por barril.
Os preços invertem assim a tendência da última sessão, em que o petróleo encerrou a valorizar, após a divulgação de uma redução dos poços activos nos Estados Unidos. O West Texas Intermediate, subiu 1,74% para 38,50 dólares por barril, elevando o ganho semanal para 7,18% (a quarta semana consecutiva de ganhos). O Brent avançou 0,85%, terminando a terceira semana de ganhos, com uma valorização acumulada de 4,31%. No ano, avança 6,5%.
Os poços activos nos Estados Unidos caíram para 386, o nível mais baixo desde Dezembro de 2009, de acordo com os dados da Baker Hughes, revelados na sexta-feira. Foram encerrados seis poços.
As apostas na subida dos preços também aumentaram. O saldo líquido das apostas longas cresceu em 40 mil para 175 mil contratos, indica a Bloomberg. Este é o maior crescimento desde Abril e o valor mais elevado desde Outubro. As apostas curtas registaram a maior queda desde Junho de 2006.