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Goldman e UBS apostam em mais ganhos nas matérias-primas

O forte rally das "commodities" tem sido um aspeto marcante dos mercados globais no contexto de reabertura das economias depois da pandemia e há mais margem para ganhos, segundo o Goldman Sachs e o UBS.

Reuters
02 de Maio de 2021 às 16:00
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Os preços das matérias-primas devem subir 13,5% nos próximos seis meses, de acordo com relatório do Goldman Sachs, que prevê um salto sem precedentes da procura global por petróleo e o cobre em níveis recorde. O UBS, por sua vez, estima ganhos acima de 10% para as "commodities".

 

"A magnitude da esperada variação no volume da procura – uma variação que a oferta não consegue acompanhar – não deve ser subestimada", sublinharam os analistas do Goldman, como Jeffrey Currie e Damien Courvalin, na nota de análise de 28 de abril. Os níveis de atividade têm acelerado, impulsionados pela distribuição de vacinas, e também haverá um aumento sazonal da produção industrial e da construção até junho, disseram.

 

Os preços das matérias-primas, do petróleo aos metais, têm estado a disparar este ano, perante a recuperação da economia global do abalo causado pela pandemia.

 

Os mercados da energia também estão a ser impulsionados pelos limites da oferta impostos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, embora esses cortes da produção sejam gradualmente revertidos a partir do próximo mês. A procura é tão forte que os mercados "olharam além" da atual crise de covid-19 na Índia, de acordo com o Goldman.

 

Haverá uma recuperação sem precedentes da procura global por petróleo, o que apoia a previsão de preços mais altos desta matéria-prima na segunda metade do ano, disse o banco. O consumo mundial deve aumentar em 5,2 milhões de barris por dia nos próximos seis meses, o que poderá levar o Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, para o patamar dos 80 dólares por barril, estima o Goldman.

 

No geral, as cotações das matérias-primas devem subir 13,5%, com a previsão de que o cobre atinja os 11.000 dólares por tonelada, de acordo com o relatório do Goldman. O metal, visto como termómetro da economia mundial, atingiu esta semana os 10.008 dólares por tonelada no Mercado Londrino de Metais (LME), muito perto do seu recorde de 10.190 dólares atingido em fevereiro de 2011.

 

O Goldman destaca que os preços de curto prazo estão a ser negociados acima das cotações para entrega em data futura em metade do complexo das "commodities", um padrão altista e conhecido como "backwardation" que, segundo o banco, "mostra como os mercados das matérias-primas estão cada vez mais apertados".

 

O UBS disse à Bloomberg Television que os ganhos futuros das "commodities" serão sustentados por fortes dados macroeconómicos, aumento da procura por cobre e contínua disciplina na oferta da aliança OPEP+.

 

"Antevejo um aumento de 10% nos preços das ‘commodities’, principalmente impulsionadas pelo lado da energia", disse Dominic Schnider, analista da UBS Global Wealth Management.

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