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Crise nas construtoras chinesas volta a pesar sobre o minério de ferro

A atividade de construção na China está a encolher, num contexto de repressão do governo e de cautela dos compradores de imóveis à espera das próximas medidas.

Bloomberg
13 de Novembro de 2021 às 12:00
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O preço do minério de ferro caiu esta semana para o mais baixo nível em 18 meses, e outros metais também estão a recuar perante da preocupação de investidores com a crise no mercado da construção imobiliária na China.

 

Uma onda de vendas de títulos está a atingir o setor imobiliário na China, enquanto o governo de Pequim continua a pressionar o setor, mergulhado em dívidas. Na segunda-feira, a Reserva Federal norte-americana alertou para o facto de a turbulência no setor imobiliário chinês poder impactar os mercados financeiros e afetar o crescimento global.

 

A atividade de construção na China está a encolher, num contexto de repressão do governo e de cautela dos compradores de imóveis à espera das próximas medidas. Embora a gigante do imobiliário Evergrande tenha dominado a atenção de investidores, a ameaça mais generalizada para as "commodities" é o fim de décadas de expansão das construtoras – que foi o que mais impulsionou a procura.

 

"Vemos riscos crescentes para o mercado imobiliário chinês e, consequentemente, para a procura de minério de ferro no setor de construção, devido às dificuldades financeiras da Evergrande", escreveu a Fitch Solutions em nota por e-mail. Outras regulamentações para o crédito e sobre os gastos dos governos locais "reduzirão as perspectivas para a procura na construção e metais nos próximos três a cinco anos", sublinhou o relatório da Fitch.

 

O minério de ferro perdeu mais da metade do valor desde os máximos de maio deste ano, em reação à queda da procura por aço na China devido a uma série de restrições de produção por parte do Governo no sentido de controlar as emissões poluentes. Os stocks portuários da matéria-prima têm crescido, enquanto no mês passado as importações do país caíram para o nível mais baixo desde julho.

 

O alumínio também tem estado a perder terreno, após os máximos de 13 anos no mês passado, penalizado agora pelos sinais de alívio da escassez de energia na China.

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