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Arábia Saudita sobe preços do crude em contexto da corte na oferta

A Aramco aumentou os preços do crude vendido à região do Mediterrâneo, Europa, EUA e Ásia. A empresa pública saudita já tinha subido os preços para o continente asiático, que ocupa 60% da procura pelo crude produzido pelo reino.

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A Arábia Saudita aumentou de forma significativa os preços do barril de petróleo para o EUA, Europa, Mediterrâneo e, inesperadamente, para a Ásia, o que pode levar ao asfixiamento da procura pelo ouro negro produzido pelo reino.

A petrolífera pública saudita Aramco aumentou os preços de todas as categorias de crude, de acordo com a lista a que a Bloomberg teve acesso.

A empresa subiu, nomeadamente, os preços do barril Arab Light para a Ásia, o principal importador de ouro negro saudita, contrariando as expectativas do mercado expressas na sondagem da Bloomberg.

Em concreto, o preço do barril de crude que tem como destino a Europa aumentou 80 cêntimos, bastante abaixo dos aumentos decididos para o crude exportado para os EUA e Ásia.

Entretanto, o petróleo Arab Medium para o Mediterrâneo foi incrementado para um preço recorde de 3,20 dólares por barril, enquanto o Arab Light subiu para máximos de setembro, para 3,50 dólares.

Já para a Ásia, o Arab Light subiu apenas 20 cêntimos, para um preço de 3,20 dólares por barril.

A Aramco vende cerca de 60% do seu crude à Ásia. Os maiores compradores são a China, o Japão, a Coreia do Sul e a Índia.

A Aramco já tinha aumentado este ano os preços, para a Ásia, do contrato de julho de todos os tipos de petróleo.

Esta decisão do reino ocorre depois de, no início deste mês, além do renovado corte da oferta por parte dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+), a Arábia Saudita ter fechado a torneira a mais um milhão de barris por dia tendo já avisado esta semana que renovará esse corte adicional, e unilateral, no mês de agosto – tendo a Rússia anunciado também uma redução diária extra de 500.000 barris e a Argélia de 20.000 barris.

 

Ainda assim, uma sondagem levada a cabo pela Bloomberg junto de "traders" e refinarias não apontava para uma subida dos preços do crude, apesar do corte na produção de ouro negro.

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