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Lucros da gigante petrolífera Aramco caem 23% no 3.º trimestre do ano

A empresa registou lucros de 32,58 mil milhões de dólares (30,3 mil milhões de euros), resultados que refletem "o impacto da descida dos preços do petróleo e do volume de venda", afirma a empresa, em comunicado.

Hamad Mohammed / Reuters
07 de Novembro de 2023 às 08:33
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A gigante petrolífera saudita Aramco anunciou esta terça-feira uma queda, no terceiro trimestre, de 23% no lucro líquido relativamente ao período homólogo, acompanhado por um declínio nos preços e na produção de petróleo.

A empresa registou lucros de 32,58 mil milhões de dólares (30,3 mil milhões de euros), comparando com 42,43 mil milhões de dólares (39,5 mil milhões de euros) no período homólogo do ano passado.

Estes resultados refletem "o impacto da descida dos preços do petróleo e do volume de venda", afirma a empresa, em comunicado.

A Aramco tinha visto os seus lucros recuarem 19,25% no primeiro trimestre do ano e 38% no segundo, em comparação com os mesmos períodos do ano passado.

No ano passado, a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro, fez os preços do petróleo dispararem para mais de 130 dólares por barril.

A Aramco registou na altura um lucro recorde de 161,1 mil milhões de dólares (149,9 mil milhões de dólares), permitindo o seu segundo maior excedente anual de ouro em quase uma década.

Este ano, a média de preços deve rondar os 85 dólares por barril, segundo a Jadwa Investment, empresa com sede em Riade.

Os analistas estimam que 80 dólares é o nível de preços médio necessário para manter o equilíbrio do orçamento da Arábia Saudita, um objetivo que pode estar comprometido pela subida da despesa pública e pela redução na produção de petróleo.

O maior exportador mundial de crude anunciou em abril um corte de produção de 500 mil barris por dia, no âmbito de uma ação coordenada com outros países petrolíferos destinada a manter os preços.

Em junho, o Ministério da Energia saudita anunciou um corte adicional de um milhão de barris por dia, que entrou em vigor em julho. Essa redução vai durar até dezembro, confirmou no domingo o ministério.

A produção do reino é agora de cerca de nove milhões de barris por dia, bem abaixo da sua capacidade diária reportada de 12 milhões.
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