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Petróleo sobe com reafirmação de cortes de oferta de sauditas e russos
Este anúncio aliviou os mercados, depois de na semana passada os receios de uma menor procura mundial por esta matéria-prima terem levado a uma queda de quase 6% dos preços do Brent e WTI.
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta nos principais mercados internacionais, depois de a Arábia Saudita e a Rússia – dois pesos pesados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (o chamado grupo OPEP+) terem reafirmado o seu compromisso para com os cortes adicionais e voluntários da oferta de crude até ao final do ano.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 1,66% para 81,85 dólares por barril.
A Arábia Saudita confirmou no domingo que prosseguirá com o seu corte extra da oferta, na ordem de um milhão de barris por dia, pelo menos até ao final do ano – o que coloca a sua produção em torno de 9 milhões de barris diários.
Já a Rússia manterá a sua redução extra de 300.000 barris/dia em matéria de exportação de crude.
Este anúncio aliviou os mercados, depois de na semana passada os receios de uma menor procura mundial por esta matéria-prima terem levado a uma queda de quase 6% dos preços do Brent e WTI.
"Com a procura por petróleo a diminuir de forma sasonal no primeiro trimestre de todos os anos, e com o desejo da OPEP+ de manter o mercado equilibrado, consideramos que estes cortes da oferta poderão continuar a ser mantidos em janeiro de 2024", sublinha Giovanni Staunovo, analista de matérias-primas do UBS, num relatório a que o Negócios teve acesso.
Por isso mesmo, o banco suíço mantém uma perspetiva positiva para os preços do crude. "Continuamos a recomendar aos investidores que não são avessos ao risco que apostem numa exposição mais prolongada no Brent, através dos contratos a mais longo prazo", refere o estratega do banco suíço.