Notícia
Regras do jogo mudaram na indústria dos videojogos
O mau estado da economia não é o que preocupa aos criadores da Lara Croft e do Super Mario. A concorrência dos aplicativos baratos ou gratuitos do iPhone e do iPad e dos jogos no Facebook é bem mais assustador.
22 de Julho de 2010 às 08:40
Em Junho de 1983, a indústria dos videojogos, que até então registava crescimentos anuais recorde, entrou em colapso. O excesso de oferta foi a razão: todos os dias eram lançados novos jogos para as várias consolas que existiam no mercado, por isso, embora se comprassem jogos, as cassetes estavam pouco tempo nas montras. A versão do Pac-Man para a plataforma Atari 2600 foi um desastre exemplar: quase metade da produção não foi vendida e os elevados custos da campanha de Natal representaram um pesado prejuízo para a Atari. Hoje, apesar de o colapso ainda estar longe, a indústria enfrenta um novo desafio que pode deixar os jogos nos escaparates das lojas.
A crise económica nos mercados mais desenvolvidos é uma razão de preocupação mas não o principal motivo porque as cotações das acções caem. "A crise (…) teve um impacto profundo na indústria que se contraiu quase 10% em 2009", disse Yves Guillemot, o presidente executivo da francesa Ubisoft, que está neste momento a desenvolver o jogo "Assassin's Creed: Brotherhood" para ser lançado antes do Natal. Os analistas sabem que, ao contrário do colapso de 1983, a maioria das firmas sobreviverá à situação económica global, porque a situação financeira é sólida. Desde 2004 que a indústria gera mais receitas que Hollywood. Actualmente, estima-se que a facturação anual do negócio seja superior a 50 mil milhões de euros. Não é, por isso, de admirar que países como a França, o Reino Unido e a Coreia do Sul dêem subsídios e benefícios fiscais às companhias envolvidas no sector dos videojogos.
Longe do estado da economia, a causa para os maiores receios dos accionistas dos produtores de consolas e de videojogos é o entretenimento gratuito (ou quase) fornecido pelos jogos na Internet e pelos aplicativos das novas gerações de telemóveis e computadores portáteis, como o iPhone, o Android e o iPad. Os consumidores passam cada vez mais tempo em sítios como o Facebook a gerir quintas virtuais no "FarmVille" e a saltar no "Doodle Jump" no iPhone e cada vez menos agarrados a um comando à frente de um televisor. "Os jogos 'online' casuais e dos telemóveis são oportunidades de elevado crescimento, mas as grandes empresas [de 'software'] não estão estruturadas para esses mercados. As competências dos grandes editores estão focadas na gestão de séries de 20 milhões de dólares [cerca de 17 milhões de euros], de elevado risco, de desenvolvimento, lançamento e comercialização complexos", explica Tim Merel, director do Ibis Capital, um banco de investimento londrino, numa apresentação recente sobre o mercado.
Actualmente, os jogos da Zynga, uma companhia privada de São Francisco, têm mais de 120 milhões de jogadores. As receitas da dona do "FarmVille" e do "Mafia Wars", entre outros, deverão ultrapassar os 375 milhões de euros em 2010, segundo a "BusinessWeek". Embora os jogos sejam gratuitos, a Zynga factura quando os jogadores compram equipamento virtual adicional, como mais terreno de cultivo ou uma metralhadora.
Guerra de consolas
A indústria dos videojogos é dominada por três fabricantes de consolas que continuam a lutar alheadas das ameaças de baixo custo da Internet e dos aplicativos de telemóvel: a japonesa Nintendo, a Microsoft e a Sony.
A Wii da Nintendo é a campeã de vendas: desde que foi lançada em Novembro de 2006 já foram vendidas cerca de 70 milhões. A PlayStation 3 da Sony, que chegou ao mercado pela mesma altura, acumulou cerca de metade de unidades comercializadas. Pelo meio, ficou a Xbox 360 da Microsoft com 40 milhões de consolas desde Maio de 2005. Apesar do sucesso da Wii, é importante não esquecer que a consola mais vendida de sempre é a PlayStation 2 que atingiu o recorde de 140 milhões de unidades vendidas. E ainda são produzidos jogos para esta máquina.
Paralela à guerra das consolas, há ainda a luta pelo mercado dos sistemas portáteis. Mais uma vez é a Nintendo, a oitava maior companhia do Japão, que domina: já há 125 milhões de Nintendo DS e 80 milhões de Game Boy Advance pelo mundo. A PlayStation Portable conta com pouco mais de 50 milhões de consolas.
É sobre estes equipamentos que as empresas que programam e distribuem os jogos trabalham. A concorrência é renhida, embora a Activision Blizzard e a Electronic Arts sejam claramente as maiores firmas independentes, graças a sucessivas aquisições de empresas mais pequenas. Por elas passam jogos internacionalmente conhecidos como "Guitar Hero", "Call of Duty", "Need for Speed" e "The Sims".
Trunfos para facturar mais
A reacção à concorrência de jogos gratuitos não se fez esperar do lado das companhias de "software" de entretenimento. Em Novembro de 2009, a Electronic Arts comprou a Playfish, que gere jogos de redes sociais como o "Pet Society", por cerca de 250 milhões de euros. Em Maio, a companhia californiana deu mais uma passo no mundo virtual: o FIFA Online, um jogo em rede gratuito obtido através de descarga da Internet, foi estreado.
Embora esteja mais confortável com o sucesso de vendas "Call of Duty", a Activision Blizzard também não está parada no mundo da Internet. No primeiro trimestre do ano, o grupo controlado pela francesa Vivendi duplicou os lucros em resultado do aumento da facturação de conteúdos descarregáveis da Internet para o "Call of Duty", bem como subscrições para o jogo "online" "World of Warcraft". O "World of Wacraft" é o jogo com gráficos a três dimensões mais popular na Internet chinesa, segundo um relatório do Morgan Stanley. A Activision licenciou-o à Netease.com por cerca de 20 milhões de euros, segundo a imprensa local.
Os fortes resultados e os novos avanços nas redes sociais - o próximo jogo a sair, "Blur", permitirá 20 jogadores através da Internet e ligações automáticas ao Twitter - justificam que a Activision Blizzard seja a companhia mais recomendada pelos analistas. O preço-alvo mediano atribui um potencial de valorização de 40% às acções da empresa cotada no Nasdaq.
A sétima geração de consolas - Wii, Xbox 360 e PlayStation 3 - deverão continuar a ser vendidas durante alguns anos (até 2015, segundo Shane Kim, vice-presidente da Microsoft), por isso os fabricantes também precisam de trunfos. Para manter os jogadores entusiasmados, os construtores estão a lançar novos periféricos de controlo. A Sony lançará o PlayStation Move que usará a câmara PlayStation Eye para seguir à distância a posição do controlador.
A Microsoft, que retira 11% da facturação da divisão de entretenimento e dispositivos, tem um plano mais avançado: o Projecto Natal. Steve Ballmer, presidente da empresa, já se referiu a esse projecto como "a nova Xbox". Graças a um sensor, os jogadores poderão controlar a Xbox 360 sem ter de tocar num controlador, bastando fazer gestos, emitir comandos por voz e interagir com objectos.
Face às incertezas próprias do sector - dificuldade em prever o sucesso dos próximos jogos - alguns investidores elegem a GameStop como métrica para toda a indústria. Esta companhia norte-americana controla quase 6500 lojas de compra e venda de jogos novos e usados, incluindo 14 estabelecimentos em Portugal. Apesar de a GameStop enfrentar grandes ameaças de longo prazo (entretenimento "online" e no telemóvel e a descarga de jogos completos da Internet), os analistas acreditam que a taxa de crescimento de longo prazo é superior a 20%. Além disso, o preço-alvo mediano atribuído por 15 especialistas indica que as acções podem subir 23% nos próximos 12 meses. Será uma boa jogada para a sua carteira?
As cinco séries de maior sucesso
Estas são as séries de videojogos mais populares entre os jogadores, segundo o livro "Guinness World Records Gamer's Edition".
"Halo"
O sucesso da Xbox deve-se, em larga medida, à trilogia "Halo". A Microsoft comprou a Bungie em 2000 de propósito para desenvolver o primeiro jogo, "Halo: Combat Evolved", publicado em Novembro do ano seguinte. Três anos depois chegou o "Halo 2", o jogo mais vendido para a primeira geração da Xbox. O "Halo 3" veio em Setembro de 2007 e bateu recorde de estreia: na primeira semana, facturou 250 milhões de euros. Um ano depois, a Microsoft alienou a Bungie. A trilogia centra-se no supersoldado Master Chief que ajuda a humanidade a combater uma aliança de extraterrestres. Graças ao sucesso dos três primeiros jogos, criaram-se alguns "spin-offs" e novos jogos. O próximo, "Halo: Reach", será lançado em Setembro. Mais de 2,7 milhões de jogadores participaram na versão de teste em Maio. Segundo os dados mais recentes, a série "Halo" facturou cerca de 1,5 mil milhões de euros em resultado da venda de 27 milhões de cópias e de "merchandise".
"Call of Duty"
Embora a colecção "Halo" seja mais popular, o sucesso comercial da série "Call of Duty" é superior. As vendas dos 6 videojogos que foram lançados desde 2003 ultrapassaram as 55 milhões de unidades, no valor global de mais de 2,5 mil milhões de euros.
O sétimo jogo, "Call of Duty: Black Ops", desenvolvida pela Treyarch, uma subsidiária da Activision, será posto à venda em Novembro. Entretanto já se sabe que a Activision, que detém a marca, já está a desenvolver mais dois jogos, um dos quais para o início de 2011.
A II Guerra Mundial é o palco da maior parte das versões da série "Call of Duty".
"The Legend of Zelda"
A Nintendo é uma máquina de fazer sucessos. A colecção "Mario" é o melhor exemplo: já vendeu mais de 210 milhões de jogos. Porém, actualmente a série "The Legend of Zelda" é mais popular.
Os 15 jogos lançados desde 1986 venderam cerca de 60 milhões de cópias. Regra geral, o jogador controla o personagem Link que luta contra Ganon para salvar a princesa Zelda. A próxima edição deverá ser distribuída antes do próximo Natal e terá a consola
Wii como destino.
"Guitar Hero"
Uma vez por ano desde 2005, a Activision tem lançado para o mercado mais uma versão do "Guitar Hero", acumulando vendas nesta série. Até hoje, a facturação ultrapassou 1,6 mil milhões de euros. Trata-se de um jogo de música em que o controlador é uma guitarra.
A sexta publicação será "Guitar Hero: Warriors of Rock" em Setembro, apesar da Activision negociar com algumas bandas para desenvolverem versões temáticas. Até hoje saíram jogos sobre os Aerosmith, Metallica e Van Halen. Os Red Hot Chili Peppers podem ser os próximos.
"Metal Gear"
O grande sucesso da japonesa Konami é a série "Metal Gear": mais de 26,5 milhões de unidades foram vendidas desde 1987. Já foram criados mais de duas dezenas de jogos para as mais variadas plataformas. A linha de jogo é semelhante em todas elas: o jogador encarna um agente das forças especiais que tem de enfrentar o Metal Gear, um tanque nuclear bípede. A próxima edição será "Metal Gear Solid: Rising", mas ainda não tem data marcada para chegar às lojas.
Jogo a sério
A Nintendo, que desenvolve "software" e "hardware", é a maior companhia de videojogos do mundo, apesar da divisão de produtos e serviços de a rede da Sony facturar mais. Entre as que apenas desenvolvem e comercializam jogos, a Activision Blizzard é a mais valiosa: o seu valor de mercado é superior a qualquer firma portuguesa.
A crise económica nos mercados mais desenvolvidos é uma razão de preocupação mas não o principal motivo porque as cotações das acções caem. "A crise (…) teve um impacto profundo na indústria que se contraiu quase 10% em 2009", disse Yves Guillemot, o presidente executivo da francesa Ubisoft, que está neste momento a desenvolver o jogo "Assassin's Creed: Brotherhood" para ser lançado antes do Natal. Os analistas sabem que, ao contrário do colapso de 1983, a maioria das firmas sobreviverá à situação económica global, porque a situação financeira é sólida. Desde 2004 que a indústria gera mais receitas que Hollywood. Actualmente, estima-se que a facturação anual do negócio seja superior a 50 mil milhões de euros. Não é, por isso, de admirar que países como a França, o Reino Unido e a Coreia do Sul dêem subsídios e benefícios fiscais às companhias envolvidas no sector dos videojogos.
Actualmente, os jogos da Zynga, uma companhia privada de São Francisco, têm mais de 120 milhões de jogadores. As receitas da dona do "FarmVille" e do "Mafia Wars", entre outros, deverão ultrapassar os 375 milhões de euros em 2010, segundo a "BusinessWeek". Embora os jogos sejam gratuitos, a Zynga factura quando os jogadores compram equipamento virtual adicional, como mais terreno de cultivo ou uma metralhadora.
Guerra de consolas
A indústria dos videojogos é dominada por três fabricantes de consolas que continuam a lutar alheadas das ameaças de baixo custo da Internet e dos aplicativos de telemóvel: a japonesa Nintendo, a Microsoft e a Sony.
A Wii da Nintendo é a campeã de vendas: desde que foi lançada em Novembro de 2006 já foram vendidas cerca de 70 milhões. A PlayStation 3 da Sony, que chegou ao mercado pela mesma altura, acumulou cerca de metade de unidades comercializadas. Pelo meio, ficou a Xbox 360 da Microsoft com 40 milhões de consolas desde Maio de 2005. Apesar do sucesso da Wii, é importante não esquecer que a consola mais vendida de sempre é a PlayStation 2 que atingiu o recorde de 140 milhões de unidades vendidas. E ainda são produzidos jogos para esta máquina.
Paralela à guerra das consolas, há ainda a luta pelo mercado dos sistemas portáteis. Mais uma vez é a Nintendo, a oitava maior companhia do Japão, que domina: já há 125 milhões de Nintendo DS e 80 milhões de Game Boy Advance pelo mundo. A PlayStation Portable conta com pouco mais de 50 milhões de consolas.
É sobre estes equipamentos que as empresas que programam e distribuem os jogos trabalham. A concorrência é renhida, embora a Activision Blizzard e a Electronic Arts sejam claramente as maiores firmas independentes, graças a sucessivas aquisições de empresas mais pequenas. Por elas passam jogos internacionalmente conhecidos como "Guitar Hero", "Call of Duty", "Need for Speed" e "The Sims".
Trunfos para facturar mais
A reacção à concorrência de jogos gratuitos não se fez esperar do lado das companhias de "software" de entretenimento. Em Novembro de 2009, a Electronic Arts comprou a Playfish, que gere jogos de redes sociais como o "Pet Society", por cerca de 250 milhões de euros. Em Maio, a companhia californiana deu mais uma passo no mundo virtual: o FIFA Online, um jogo em rede gratuito obtido através de descarga da Internet, foi estreado.
Embora esteja mais confortável com o sucesso de vendas "Call of Duty", a Activision Blizzard também não está parada no mundo da Internet. No primeiro trimestre do ano, o grupo controlado pela francesa Vivendi duplicou os lucros em resultado do aumento da facturação de conteúdos descarregáveis da Internet para o "Call of Duty", bem como subscrições para o jogo "online" "World of Warcraft". O "World of Wacraft" é o jogo com gráficos a três dimensões mais popular na Internet chinesa, segundo um relatório do Morgan Stanley. A Activision licenciou-o à Netease.com por cerca de 20 milhões de euros, segundo a imprensa local.
Os fortes resultados e os novos avanços nas redes sociais - o próximo jogo a sair, "Blur", permitirá 20 jogadores através da Internet e ligações automáticas ao Twitter - justificam que a Activision Blizzard seja a companhia mais recomendada pelos analistas. O preço-alvo mediano atribui um potencial de valorização de 40% às acções da empresa cotada no Nasdaq.
A sétima geração de consolas - Wii, Xbox 360 e PlayStation 3 - deverão continuar a ser vendidas durante alguns anos (até 2015, segundo Shane Kim, vice-presidente da Microsoft), por isso os fabricantes também precisam de trunfos. Para manter os jogadores entusiasmados, os construtores estão a lançar novos periféricos de controlo. A Sony lançará o PlayStation Move que usará a câmara PlayStation Eye para seguir à distância a posição do controlador.
A Microsoft, que retira 11% da facturação da divisão de entretenimento e dispositivos, tem um plano mais avançado: o Projecto Natal. Steve Ballmer, presidente da empresa, já se referiu a esse projecto como "a nova Xbox". Graças a um sensor, os jogadores poderão controlar a Xbox 360 sem ter de tocar num controlador, bastando fazer gestos, emitir comandos por voz e interagir com objectos.
Face às incertezas próprias do sector - dificuldade em prever o sucesso dos próximos jogos - alguns investidores elegem a GameStop como métrica para toda a indústria. Esta companhia norte-americana controla quase 6500 lojas de compra e venda de jogos novos e usados, incluindo 14 estabelecimentos em Portugal. Apesar de a GameStop enfrentar grandes ameaças de longo prazo (entretenimento "online" e no telemóvel e a descarga de jogos completos da Internet), os analistas acreditam que a taxa de crescimento de longo prazo é superior a 20%. Além disso, o preço-alvo mediano atribuído por 15 especialistas indica que as acções podem subir 23% nos próximos 12 meses. Será uma boa jogada para a sua carteira?
As cinco séries de maior sucesso
Estas são as séries de videojogos mais populares entre os jogadores, segundo o livro "Guinness World Records Gamer's Edition".
"Halo"
O sucesso da Xbox deve-se, em larga medida, à trilogia "Halo". A Microsoft comprou a Bungie em 2000 de propósito para desenvolver o primeiro jogo, "Halo: Combat Evolved", publicado em Novembro do ano seguinte. Três anos depois chegou o "Halo 2", o jogo mais vendido para a primeira geração da Xbox. O "Halo 3" veio em Setembro de 2007 e bateu recorde de estreia: na primeira semana, facturou 250 milhões de euros. Um ano depois, a Microsoft alienou a Bungie. A trilogia centra-se no supersoldado Master Chief que ajuda a humanidade a combater uma aliança de extraterrestres. Graças ao sucesso dos três primeiros jogos, criaram-se alguns "spin-offs" e novos jogos. O próximo, "Halo: Reach", será lançado em Setembro. Mais de 2,7 milhões de jogadores participaram na versão de teste em Maio. Segundo os dados mais recentes, a série "Halo" facturou cerca de 1,5 mil milhões de euros em resultado da venda de 27 milhões de cópias e de "merchandise".
"Call of Duty"
Embora a colecção "Halo" seja mais popular, o sucesso comercial da série "Call of Duty" é superior. As vendas dos 6 videojogos que foram lançados desde 2003 ultrapassaram as 55 milhões de unidades, no valor global de mais de 2,5 mil milhões de euros.
O sétimo jogo, "Call of Duty: Black Ops", desenvolvida pela Treyarch, uma subsidiária da Activision, será posto à venda em Novembro. Entretanto já se sabe que a Activision, que detém a marca, já está a desenvolver mais dois jogos, um dos quais para o início de 2011.
A II Guerra Mundial é o palco da maior parte das versões da série "Call of Duty".
"The Legend of Zelda"
A Nintendo é uma máquina de fazer sucessos. A colecção "Mario" é o melhor exemplo: já vendeu mais de 210 milhões de jogos. Porém, actualmente a série "The Legend of Zelda" é mais popular.
Os 15 jogos lançados desde 1986 venderam cerca de 60 milhões de cópias. Regra geral, o jogador controla o personagem Link que luta contra Ganon para salvar a princesa Zelda. A próxima edição deverá ser distribuída antes do próximo Natal e terá a consola
Wii como destino.
"Guitar Hero"
Uma vez por ano desde 2005, a Activision tem lançado para o mercado mais uma versão do "Guitar Hero", acumulando vendas nesta série. Até hoje, a facturação ultrapassou 1,6 mil milhões de euros. Trata-se de um jogo de música em que o controlador é uma guitarra.
A sexta publicação será "Guitar Hero: Warriors of Rock" em Setembro, apesar da Activision negociar com algumas bandas para desenvolverem versões temáticas. Até hoje saíram jogos sobre os Aerosmith, Metallica e Van Halen. Os Red Hot Chili Peppers podem ser os próximos.
"Metal Gear"
O grande sucesso da japonesa Konami é a série "Metal Gear": mais de 26,5 milhões de unidades foram vendidas desde 1987. Já foram criados mais de duas dezenas de jogos para as mais variadas plataformas. A linha de jogo é semelhante em todas elas: o jogador encarna um agente das forças especiais que tem de enfrentar o Metal Gear, um tanque nuclear bípede. A próxima edição será "Metal Gear Solid: Rising", mas ainda não tem data marcada para chegar às lojas.
Jogo a sério
A Nintendo, que desenvolve "software" e "hardware", é a maior companhia de videojogos do mundo, apesar da divisão de produtos e serviços de a rede da Sony facturar mais. Entre as que apenas desenvolvem e comercializam jogos, a Activision Blizzard é a mais valiosa: o seu valor de mercado é superior a qualquer firma portuguesa.