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Os dividendos da bolsa portuguesa

Há taxas de retorno de dividendos elevadas na bolsa portuguesa, algumas à custa de um "payout" elevado.

Bloomberg
24 de Abril de 2017 às 10:05
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Sonae Capital e CTT com o maior retorno
Existem cinco acções do PSI-20 com uma taxa de retorno do dividendo acima de 6%. Quatro dessas cotadas já comunicaram o dividendo que contam pagar relativamente ao exercício de 2016. Para a Navigator a taxa de retorno (6,24%) é baseada nas estimativas indicadas pela Bloomberg, já que a empresa ainda não anunciou a proposta de remuneração. O retorno mais elevado é o da Sonae Capital, com uma taxa de rentabilidade de 12%. Mas a empresa vai distribuir mais dividendos do que os lucros que obteve no ano passado. Os CTT têm uma taxa de 9,58%, mas também vão distribuir mais dinheiro do que o resultado obtido. REN e EDP também têm uma taxa de rentabilidade acima de 6%, com "payouts" em torno de 90% e 70%, respectivamente.

Altri e Sonae com "payouts" abaixo de 70%
Há especialistas que recomendam, genericamente, evitar empresas que reservam uma proporção muito elevada dos lucros ou mais alta que os próprios resultados para dividendos. Isto porque se os resultados caírem perdem margem de manobra para manter a remuneração. No entanto, cada empresa e cada sector podem ser casos diferentes para a avaliação da sustentabilidade do dividendo. No PSI-20, regra geral, os dividendos com retornos mais altos são todos de empresas que destinam mais de 70% do lucro para os accionistas. Abaixo desse patamar a Altri, a Sonae e a Jerónimo Martins são as que têm uma taxa de rentabilidade do dividendo mais elevada. O dividendo da Altri rende 5,97%. Sonae e Jerónimo Martins pagam 4,43% e 3,76%.

Galp, EDP e REN com compromisso de longo prazo
Na bolsa portuguesa existem algumas empresas que tendem a dar uma indicação de qual o dividendo que contam distribuir no médio prazo. A REN definiu pagar até 2018 um dividendo de 17,1 cêntimos por acção. A EDP deu, desde 2014, a indicação de que o valor a pagar aos accionistas corresponderia a entre 55% e 65% do resultado líquido e nunca inferior a 18,5 cêntimos por acção. Já a Galp aponta que irá pagar dividendos de 50 cêntimos por acção até 2021. Apesar de a remuneração relativa a 2017 cumprir com essa indicação, a política comunicada ao mercado durava até final de 2016. Há outras empresas da bolsa nacional que se comprometem a manter uma política estável e crescente na remuneração aos accionistas.

Galp, EDP e REN são algumas das cotadas que dizem qual o dividendo que contam pagar nos próximos anos.


Cronologia

Calendário de dividendos

A Corticeira Amorim arranca esta quarta-feira com a época de dividendos. A maior parte das cotadas, apesar de já terem indicado o valor, ainda não fecharam a data.

26 de Abril
Corticeira Amorim
A Corticeira Amorim paga um dividendo ilíquido de 0,18 euros por acção. À cotação de fecho da passada sexta-feira, a taxa de rentabilidade do dividendo é de 1,74%. Mas os títulos já negoceiam esta segunda-feira sem direito ao dividendo.

4 de Maio
Jerónimo Martins
A Jerónimo Martins distribui um dividendo ilíquido de 0,605 euros por acção, o que confere uma taxa de retorno do dividendo de 3,76%. A partir de 2 de Maio os títulos deixam de negociar com direito ao dividendo.

8 de Maio
EDP renováveis
A eólica paga um dividendo ilíquido de 0,05 euros por acção, o que dá uma taxa de rentabilidade do dividendo de 0,73%. As acções começam a negociar sem direito à remuneração a partir de 4 de Maio.

19 de Maio
CTT
Os CTT pagam um dividendo ilíquido de 0,48 euros, um retorno de 9,58%. As acções deixam de incorporar o direito ao dividendo a 17 de Maio.



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